O S do ESG ganha mais força e relevância com selo que vai criar base para empresas organizarem suas práticas e terem indicadores mais claros
Diversidade e inclusão no ambiente de trabalho (Foto: Pexels)
, Jornalista
6 min
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6 jul 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Camila Petry Feiler
Cumprir com os requisitos do ESG pode parecer uma barreira quando não se sabe exatamente quais diretrizes seguir. Quando a gente fala do S, então, fica tudo mais nebuloso.
Segundo a sexta edição da Pesquisa Global com Investidores Institucionais da consultoria internacional EY, a maior parte deles alega sérias dificuldades em obter informações relevantes para uma avaliação precisa das ações ESG das empresas. Isso impacta nos investimentos, mas não só: o público também está de olho e cobrando das empresas.
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Para monitorar as ações de organizações e a eficácia nas práticas ESG, o Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural conquistou o reconhecimento do Inmetro para o seu programa de acreditação de certificação da Escala Cidadã Olga Kos (Ecok).
Depois de 10 anos trabalhando no desenvolvimento desta métrica, Natália Monaco, coordenadora do departamento de pesquisa do Instituto, explica que “a Escala Cidadã Olga Kos é um instrumento que objetiva mensurar, a partir da identificação, monitoramento e avaliação, como a inclusão é praticada no mercado de trabalho a partir das principais barreiras que impedem a inclusão laboral em empresas e/ou instituições.”
A partir da certificação e do selo, a proposta é que as empresas tenham base para medir práticas diversas internamente. “A partir de cinco variáveis, 20 indicadores e 37 requisitos avalia-se o quanto uma empresa é inclusiva e a qualidade destes ambientes para todas as diferenças, sejam elas por gênero, idade, deficiência, etnia, religião, nacionalidade, orientação sexual ou qualquer outro fator de exclusão”, explica a coordenadora.
O reconhecimento, além de gerar valor, cria movimentos para que as práticas sejam replicadas. Natália diz que a ideia é que “valorizar as empresas que reforçam seus valores e dar visibilidade para tais, de maneira a gerar casos de sucesso e exemplo a ser seguido por demais empresas.”
Natália elencou os fatores de relevância e diferenciais para as empresas que apostarem na busca do selo:
E isso já foi atestado na prática: de acordo com levantamento feito pela consultoria McKinsey em 15 países, incluindo o Brasil, as empresas que enxergam a diversidade como parte da estratégia têm mais chances de lucrar acima da média. Os dados indicam que as negócios com maior diversidade étnica, em suas equipes executivas, têm 33% mais propensão à rentabilidade.
“É importante destacar que as certificadoras que desejarem creditar-se para oferecer este serviço às organizações interessadas em demonstrar seu nível de inclusão e receber o selo Olga Kos, poderão formalizar sua solicitação junto à Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro (CGCRE). Para isto, basta que acessem o portal do Inmetro. Já as empresas devem entrar em contato com as certificadoras.”
As políticas de diversidade e inclusão garantem novas perspectivas e maiores campos de inovação para as empresas. Hoje algumas barreiras nem são tão claras para quem contrata, mas sim para quem vive e isso deve ficar mais evidente com o selo, como afirmou Natalia.
Para isso, o ESG abre todo um potencial competitivo, mas deve ser vivido na cultura e ir além do marketing. A proposta é que as empresas comecem a se movimentar o quanto antes e preparem terreno para garantir acessibilidade e lugar para o crescimento desses talentos, com condições justas.
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Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.
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