Assinatura eletrônica, controle das obras por QR Code e robótica são algumas das tendências para o próximo ano
Construção civil, construtech (Foto de Margo Schmiederer no Pexels)
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8 min
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29 out 2021
•
Atualizado: 8 ago 2023
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Por Sabrina Bezerra e Tainá Freitas
Não é segredo que as startups do mercado de construção civil e imobiliário estão ajudando no desenvolvimento tecnológico do setor. Mas o Brasil chama atenção. Veja: em 2020 — mesmo marcado pela pandemia de coronavírus — o mercado de construtechs e proptechs cresceu 23% em comparação com 2019.
Mas o que é construtech? São startups que oferecem soluções e produtos para o setor da construção civil dentro e fora do canteiro de obras.
E o que é proptech? São startups que atuam no mercado imobiliário. Ou seja, usam tecnologias para melhorar o modelo de negócio do setor.
Confira alguns destaques:
A assinatura eletrônica é a nova tendência do mercado imobiliário e da construção civil. Isso porque facilita a jornada dos negócios, reduz tempo e dinheiro. É o que afirma Beatriz Nogueira, Account Executive na DocuSign.
“Como cada projeto acontece em um lugar, a questão do deslocamento para a assinatura do contrato se torna desafiadora”, diz ela. Logo, a assinatura digital chega para facilitar .
O que é uma assinatura eletrônica? Trata-se de uma assinatura online feita por uma pessoa com a intenção de registrar autorizações, cartas de ofertas, contratos, entre outros. “Elas são juridicamente aceitas na maioria das transações comerciais e pessoais em quase todos os países do mundo”, diz a DocuSign.
+ Saiba mais sobre tecnologia de assinatura eletrônica como segurança na jornada do consumidor
“A filtragem de imóveis é uma das inovações mais impactantes e transformadoras no setor imobiliário — apesar de não ser tão emocionante”, diz Florian Hagenbuch, fundador e co-CEO da Loft.
Como assim? Por meio das tecnologias das proptechs — como a que a Loft oferece — é possível visitar o imóvel de forma online e selecionar apenas os que têm as características que o comprador busca. “É algo simples, mas inovador e importante para o mercado”, afirma o executivo.
E a inovação faz sentido. Afinal, segundo ele, pesquisas internas da proptech mostraram que as pessoas visitavam até 80 imóveis antes de fechar negócio. “E isso, com certeza, não é muito eficiente para ninguém. Nem para a compradora, nem para os corretores”, afirma.
+ Loft: conheça a estratégia de sucesso por trás da startup de imóveis
A ConstruCode criou uma plataforma de inteligência de comunicação entre o canteiro de obras e o escritório por meio de códigos QR. “Os grandes ganhos são os indicadores observados. Isso porque, você consegue mapear [e analisar as informações] e entender o comportamento dentro do canteiro”, diz Diego Mendes, co-fundador da ConstruCode & Trutec. O que torna a tomada de decisão muito mais estratégica. “O canteiro é um lugar de tecnologia. Podemos extrair boas lições dos dados consumidos em campo para nortear novas decisões”, finaliza o empreendedor.
A construção modular — que usa a metodologia de construção por etapas (como se fosse lego) — começa a ganhar espaço. O motivo? É mais rápida, mais sustentável e pode utilizar madeira, vidro, aço e concreto. Segundo pesquisa da MarketsAndMarkets, o segmento pode alcançar o valor de mercado de US$ 108,8 bilhões em 2025.
“A forma que a gente constrói é a mesma há quase 100 anos, e é um método muito poluente. (…) Acredito que a construção modular será a próxima tendência do mercado”, diz Rafael Steinbruch, co-fundador da Yuca.
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De modo geral, a construção modular começa antes de chegar ao canteiro de obras, o que economiza tempo. Ela é feita por blocos padronizados em fábricas, que são transportados até o local onde devem ser instalados. A ideia já é utilizada em várias partes do mundo, é um sucesso nos Estados Unidos e começa a ganhar força no Brasil.
Por ser uma construção em série, há uma melhor previsão de tempo e custo da obra. E os benefícios também existem na "demolição": a maioria das construções modulares podem ser movidas após instalação, o que permite o reaproveitamento daquela obra em um outro local. A iniciativa auxilia na diminuição de entulhos e outros resíduos.
Tem robô na construção. E não, você não leu errado. Alguns exemplos: “Na Holanda, o pessoal está construindo a primeira ponte com equipamento de solda robótica", conta Lucio Soibelman, professor da Universidade da Califórnia.
“Aqui, na Universidade [da Califórnia] temos uma impressora que imprime concreto. É possível fazer parede em qualquer formato, curva, reta. [No futuro próximo], a ideia é ter um sistema híbrido: de um lado, a impressão; do outro, o sistema de mãos robóticas finaliza o trabalho”, diz Soibelman.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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