Fintechzação. Criptomoeda. ESG. Esses e outros temas foram destaques do SVWC na última terça-feira (26/10). Confira o resumo dos melhores momentos.
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9 min
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27 out 2021
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Atualizado: 19 mai 2023
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Por Sabrina Bezerra
O Brasil é o maior polo de fintechs da América Latina. É o que mostra a pesquisa “2021 Global Fintech Rankings”, feita pela Findexable em parceria com a Mambu.
Não à toa as vagas no setor cresceram 466% no primeiro semestre deste ano em comparação com 2020. Tecnologia foi a que gerou mais oportunidades, seguida da comercial e da inovação. Os dados são da Gupy, plataforma de vagas de emprego.
O crescimento vai ao encontro das mudanças no mercado financeiro brasileiro, como Pix, Open Banking e avanço das criptomoedas.
Para explicar a revolução que está acontecendo no setor, especialistas e fundadores de startups participaram do SVWC na última terça-feira (26/10). Confira abaixo o resumo do que rolou:
As mais diversas empresas ― de startups a grandes empresas ― têm apostado na fintechzação. Ou seja, na oferta de serviços financeiros. O motivo? “O Banco Central criou um mercado mais competitivo e favoreceu esse negócio”, conta Guilherme Telles, CMO do PicPay e sócio na Atlantico VC, durante o SVWC.
Como assim? Se antes, os chamados bancões dominavam o mercado financeiro, hoje não mais. “O Banco Central trouxe uma atitude positiva [com as mudanças], a de trazer mais concorrentes para o setor”, diz Telles.
Mas isso não significa que as fintechs trouxeram produtos revolucionários. Ao contrário. “Pegaram produtos e serviços que já existiam ― e muito bem no mercado ― e melhoraram a forma de chegar ao cliente, com bom atendimento. E fazer isso não é fácil”, afirma o executivo.
Desafios… “Se por um lado favoreceu o mercado de fintech, por outro, as empresas precisam oferecer coisas melhores o tempo todo. Isso porque, o custo de mudar de banco é baixo”, conta ele. Contudo, uma forma de se destacar é usando a tecnologia a seu favor. “Dados abre a porta para a gente ter grandes inovações”, completa.
E por fim, “se você está focado no consumidor, você consegue ser customer centric e o resto vem de executar muito bem, o que não é uma parte fácil, mas mostra um pouco da receita que é a receita que a gente tem visto”, finaliza.
“Pix é uma inovação que não volta”, diz Everton Arantes, CEO da Prime Control durante o SVWC. E o mesmo vale para o Open Finance. As duas novas modalidades do setor financeiro estão fazendo barulho.
Veja só: o Pix já supera boleto, TED e DOC juntos. Segundo o Banco Central, apenas no mês de maio deste ano, cerca de 649,1 milhões de transações foram feitas por meio do Pix. Já o boleto bancário atingiu o marco de 342 milhões. As transações feitas por meio de DOC, TED e TEC tiveram queda de 41% — entre novembro de 2020 e maio de 2021 — e o Pix teve um aumento de 1.733%.
Já o Open Finance — também chamado de “Sistema Financeiro Aberto” — permite o compartilhamento seguro de dados entre instituições financeiras. O que traz melhores ofertas de produtos e serviços ― o que pode ser bom para o cliente e para as instituições bancárias.
Dica: não basta apenas oferecer as funcionalidades para o cliente. “É preciso facilitar o clique para melhorar a jornada. Além disso, vale usar dados para antecipar a necessidade do consumidor”, afirma Renato Mansur, diretor de canais digitais no Itaú.
O dinheiro do futuro está chegando ― e fazendo barulho. Para Marcelo Sampaio, CEO da Hashdex, as criptomoedas serão a próxima tendência no setor. “As criptos vão entrar na vida das pessoas, não só em forma de investimento, mas de uso. Usar em e-mail, browser, e-commerce... Essa tendência está logo ali”, conta ele durante o SVWC.
Blockchain: “A gente vai depender não apenas do uso de tecnologia em si, do avanço da blockchain, mas várias empresas vão começar a construir soluções usando as blockchains (…) para melhorar a vida das pessoas, criar eficiência, produtividade e por aí vai”, finaliza o executivo.
Foi-se o tempo em que as companhias pensavam apenas no lucro. Agora, “a gente sai de uma doutrina em que a responsabilidade das empresas era de maximizar retorno exclusivo para os acionistas, olhando só para lucro ― o que gerou riqueza, mas principalmente desigualdade social e impacto ambiental ―, e entra na fase de expansão da agenda ESG”, conta Andrea Kestenbaum, CEO da Positive Ventures, durante o SVWC.
No quesito meio ambiente, crédito de carbono pode ser uma alternativa para as empresas? “Vejo a compensação com bons olhos, mas não devemos parar por aí. É preciso repensar a forma que a gente faz desde o princípio e entender como a tecnologia pode colaborar para isso”, diz a executiva.
Quer ficar por dentro de outras inovações do mundo dos negócios? Participe do SVWC, festival de inovação e empreendedorismo da StartSe. Vai até o dia 28 de outubro. Faça a sua inscrição!
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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