Novo processador deve ser lançado em fevereiro e já tem Jack Dorsey, ex-CEO do Twitter, como um dos primeiros clientes
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3 min
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16 fev 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Camila Petry Feiler
O impacto da mineração de criptomoedas se tornou uma grande preocupação em termos sustentáveis. Pensando nisso, a Intel, multinacional de tecnologia sediada no Vale do Silício, está investindo na tecnologia blockchain com um novo chip projetado para minerar criptomoedas com consumo energético otimizado.
De acordo com o anúncio oficial, “a Intel envolverá e promoverá um ecossistema blockchain aberto e seguro e ajudará a avançar essa tecnologia de maneira responsável e sustentável.” Ainda no texto, que é assinado por Raja M. Koduri, vice-presidente e gerente geral do Accelerated Computing Systems and Graphics, são anunciados os primeiros clientes do sistema: Argo Blockchain, BLOCK (anteriormente conhecida como Square) e GRIID Infrastructure.
O anúncio oficial deve ocorrer na ISSCC Conference, que acontece entre os dias 20 e 28 de fevereiro, mas o processador é chamado de Bonanza Mine nas informações do evento e é descrito como um “ASIC de hiper baixa voltagem e eficiente energeticamente”.
Segundo a Intel, a arquitetura do novo chip é implementada em um pequeno pedaço de silício para que tenha um impacto mínimo no fornecimento dos produtos atuais.
ASIC, em inglês, remete a “circuito integrado de ação específica”, que normalmente é usado na mineração de bitcoins. Nesse caso, o ASIC vai ser um chip ao invés de um computador utilizado somente para uma tarefa, sendo mais eficiente que CPUs convencionais.
E quando se trata de mineração de bitcoin, o processo envolve adicionar e validar registros de transações em blockchain, garantindo segurança e legitimidade ao processo. Para isso, computadores competem entre si para solucionar problemas matemáticos e, aquele que o fizer antes dos outros, recebe as taxas geradas por aquela transação. Imagina a quantidade de computadores para fazer isso.
Assim como a blockchain, que tem ganhado destaque principalmente com o metaverso, a web 3.0 e é o principal segmento de atuação das primeiras empresas a apostarem no chip da Intel, as criptomoedas também andam em alta e ganharam destaque até na programação do Super Bowl.
A Intel surge com o “acelerador blockchain” na crista da onda, onde o impacto ambiental da mineração de criptomoedas vem sendo questionado inclusive no Congresso americano, já que normalmente o consumo de energia é oriundo de fontes de gás e carvão, extremamente poluentes.
Mas por ser um setor lucrativo, que movimenta grandes empresas e investidores, a mineração segue com alta dos preços e crescente demanda do mercado. A Intel pode garantir um bom lugar nessa corrida.
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Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.
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