A inteligência artificial pode ser usada para trazer mais eficiência e inovação inclusive nas áreas mais "humanas" das companhias; entenda o case do iFood em RH
iFood
, jornalista da StartSe
5 min
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15 set 2023
•
Atualizado: 15 set 2023
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Como funciona o agendamento de férias? Qual é o processo de pagamento de salário? Já pensou se essas perguntas básicas do mundo de RH fossem respondidas por inteligência artificial?
Isso já está acontecendo no iFood. A companhia possui uma área especializada em “futuro do trabalho” e está usando a tecnologia para tornar esses processos ainda mais eficientes.
Apenas em 2023, a Alli, o bot de I.A criado pelo iFood respondeu a mais de 130 mil diferentes chamados. Alguns foram resolvidos apelas pela I.A, outros evoluíram para o contato humano entre os funcionários.
O case da companhia foi apresentado por Eduardo Corazzin, head de People Future no iFood, em um encontro da nossa comunidade de especialistas em RH, a First Movers.
RH movido à inovação
A área de “People Future” é dividida em três diferentes setores: People Tech / People Innovation / People Analytics. O objetivo é tornar o RH atual mais inovador, com o auxílio de dados, ao passo que continua olhando para o futuro.
E para colocar todo o setor de RH na mesma página, a área de People Future organizou uma “(AI)RENA” – como o evento foi chamado.
O objetivo foi explicar o que é a I.A, como ela está mudando o mundo e a própria área de RH. Antes do encontro, 52% das pessoas sentiam que tinham um conhecimento regular em inteligência artificial. Depois dele, 52% acredita que tem um conhecimento bom e 39% se encaixou no “ótimo”.
Além disso, depois da AIRENA, surgiram 31 diferentes ideias de como trazer a I.A para o RH. Iniciativas como essa ajudam a perpetuar uma cultura de inovação dentro da própria companhia.
Mas além da Alli, como o iFood está trazendo a I.A para o RH? O próprio Corrazin nos explica:
"“A gente fez um resumo de feedbacks utilizando inteligência artificial para dar para as pessoas quais seriam os pontos principais de atenção delas. E com isso a gente pode usar uma arquitetura que a gente tem, interna, para fazer esse resumo de feedbacks sem expor esses dados de maneira externa. Outra coisa que a gente fez, que foi bem legal também, foi a construção do PDI das pessoas com o apoio da inteligência artificial. Então a pessoa tinha os pontos de desenvolvimento dela, que também vieram de um resumo de inteligência artificial. A I.A conseguiu ler bem os feedbacks e oferecia, por exemplo, três pontos de melhoria. Ele [o funcionário] perguntava para a nossa inteligência artificial: "tem esses três pontos de melhoria, o que você me sugere de plano de ação?'. Funcionou em mais ou menos em 75 % dos casos” "
E perguntar questões sensíveis para a inteligência artificial no iFood está liberado porque a companhia possui a própria LLM, ou seja, o seu próprio ChatGPT. Ela é chamada de “PlusOne”.
E não acaba por aqui. A união de dados + algoritmos também é usada na sugestão de pessoas avaliadoras na Avaliação 360º, por exemplo. A empresa analisa quais são os contatos mais próximos entre os funcionários (através do número de mensagens enviadas, por exemplo, sem que o conteúdo seja revelado) e traz as sugestões com base nisso e nas reuniões realizadas.
POR QUE IMPORTA?
Não importa o porte da companhia: a I.A possui um efeito transformador em qualquer setor de gestão de pessoas. Para os profissionais da área, é mais importante do que nunca entender o impacto da tecnologia no dia a dia – seja na própria profissão ou para o descritivo de vagas de emprego.
Para entender como trazer a I.A para o seu dia a dia, seja na carreira ou negócio, confira a nossa Imersão I.A e aprenda com especialistas.
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, jornalista da StartSe
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.
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