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5 maneiras de investir em startups

Conheça as diferentes maneiras de investir em startups, para quem são e quais os riscos.

5 maneiras de investir em startups

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, Head de Conteúdo na Captable

6 min

10 mai 2021

Atualizado: 19 mai 2023

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Por Paulo Deitos

Existem diferentes maneiras de investir em startups: investimento anjo, seed, séries A, B, C… e plataformas de investimento. Mas escolher o melhor para você depende de alguns fatores.

Você precisa entender qual o risco que está disposto a tomar, qual o tamanho do portfólio que pretende montar, qual o valor que consegue investir em cada startup e qual o tempo de retorno esperado.

O risco que vai tomar é inversamente proporcional ao estágio da empresa. Quando mais no início, maior é o risco. Assim como o tempo de retorno, quanto mais no início, maior será o tempo para retorno. Só que também maior será o retorno sobre o investimento, caso o projeto dê certo.

Montar um portfólio é uma boa forma de controlar os riscos do investimento. Na CapTable, acreditamos que com algo entre 5 e 10 empresas investidas você começa a montar um portfólio que realmente reduza o risco, visto que, se algumas derem errado, as que derem certo irão compensar o prejuízo e geram uma margem de ganho.

Por isso é sempre importante pensar qual o valor total disponível, pois isso vai definir o valor que você poderá investir em cada startup do seu portfólio. Para facilitar a sua análise, veja abaixo as diferentes modalidades de investimento em startups, sendo que quatro delas são para pessoas físicas.

Via Aceleradora. Aceleradoras de startups são um tipo moderno de incubadoras de empresas. Investir via aceleradora é uma oportunidade para pessoas físicas. As startups que você irá acessar por essa via estão geralmente em fase inicial. Como as startups estão em fase inicial, o risco do investimento é alto. O caminho para investir é via aceleradora. Ou seja, o seu investimento é feito na aceleradora, e a aceleradora montará o portfólio para você. Os valores investidos por startups podem variar muito, mas o total do portfólio deve ficar entre R$ 50 e R$ 100 mil. E o retorno do investimento geralmente é superior a quatro anos. A maioria das aceleradoras utiliza de comitês com os investidores para escolher as empresas que serão investidas.

Via Investimento Anjo. Essa é também uma oportunidade para pessoas físicas. As startups que você irá acessar por essa via também estão em fase inicial e, portanto, oferecem alto risco de investimento. Os valores por startup podem variar de R$ 50 a R$ 250 mil para um portfolio total cujo valor fica entre R$ 250 mil a R$ 2,5 milhões. O tempo de investimento é de mais de quatro anos.

Via Investimento Semente ou Seed. Essa é a primeira camada de investimento acima do investidor anjo, indo normalmente de R$ 500 mil a R$ 2 milhões no Brasil. A modalidade serve para a pessoa física com alto perfil de renda ou family offices (fundo de investimento controlado por família). Normalmente, para diluir seu risco (de nível médio) e diversificar sua carteira, os investidores de capital semente montam fundos que captam de vários investidores, e assim conseguem aportar capital em mais empresas e maximizarem suas chances de acertarem em cheio. As startups alvo para investimento semente já possuem clientes, produtos definidos, mas ainda dependem de capital para expandirem o consumo e se estabelecerem no mercado. Retorno para o investidor pode vir a partir de dois anos.

Via séries A, B, C…Série A se refere a primeira rodada de investimentos feita junto à fundos de venture capital. Ou seja, é a primeira rodada significativa de investimentos junto à investidores profissionais. As séries B, C, D…são as rodadas que se seguem à primeira. Esse é um caminho para investidores institucionais, feito em startups que já estão crescendo de forma acelerada, com valor a partir de R$ 10 milhões por startup, com expectativa de retorno de a partir de dois anos.

Via Plataforma de Investimentos. Essa é uma nova modalidade no Brasil, mas que rapidamente ganha novos investidores (pessoas físicas). No total, quase 9 mil investidores usaram as plataformas digitais para investir em startups em 2018, segundo dados da CVM. As startups geralmente já validaram os seus produtos no mercado e começam a decolar. Por isso, o investimento apresenta nível médio de risco. O valor investido por startup pode variar conforme a plataforma de investimento. Na CapTable, esse valor é a partir de R$ 1000 para um retorno sobre o investimento a partir de dois anos. O portfólio recomendado aqui tem valor total de R$ 5 mil.

Empreender é uma corrida de revezamento

Você já deve ter visto que algumas startups estão sempre captando mais investimento. Isso é comemorado como se elas tivessem ganhado um campeonato. Parece contraditório, não é? Costuma-se pensar que, se ela está captando dinheiro, é porque não está conseguindo gerar caixa para poder crescer, e isso não seria um bom sinal, certo? Incorreto. Captar recursos para uma startup é, sim, como ganhar um campeonato: deve ser muito comemorado.

Pense que, nos modelos da velha economia, para poder expandir uma fábrica, você precisa fazer grandes investimentos em maquinário e em distribuição. Na área comercial, você precisa ampliar a sua rede de lojas e, consequentemente, o estoque. E é provável que, justamente por estar acostumado com esses modelos, você tenha um pouco de dificuldade de relacionar a ideia de que captar investimentos seguidos, um atrás do outro, é algo positivo para uma startup. Porque, caso fosse uma empresa da velha economia, os empreendedores estariam abrindo mão de uma parte significativa da sua participação para poder viabilizar esse crescimento.

No caso das empresas da nova economia, o investimento para que expandir para novos mercados e conquistar novos clientes é cada vez menor, fazendo com que o gráfico de faturamento versos custo por cliente seja o famoso ‘boca de jacaré’. Por isso, afirmamos que empreender na nova economia é uma corrida de revezamento. Porque, geralmente, se inicia com um investimento próprio, ou de algum anjo, mas logo em seguida se necessita de mais capital para crescer.

Aí vem o investimento seed, depois começam as rodadas: séries A, B, C… que podem ir ao longo de todo o alfabeto. Até chegar ao IPO (sigla, em inglês, para Oferta Pública de Ações), que é quando a empresa entra na bolsa de valores e se consolida como uma grande empresa.

Além disso, é uma corrida de revezamento porque um investidor passa para outro. Não apenas como maneira de possibilitar ou concretizar a sua saída (vendendo a participação comprada em uma rodada anterior e embolsando o lucro dessa operação), mas principalmente porque este era o objetivo. A lógica é esperar outro player com um ticket muito maior que o seu entrar na empresa, o que vai ajudar na valorização dela, bem como dos próprios investimentos efetuados.

E isso eleva o valor da sua participação societária. É difícil que um investidor das primeiras rodadas tenha fôlego para não ser diluído a ponto de ter uma participação insignificante. Mesmo que essa participação insignificante represente centenas de vezes o valor investido, é natural que os novos investidores também queiram eliminar os menores componentes do quadro societário, como uma forma de diminuir riscos.

E você já pensou em começar a investir?

Se tiver interesse de entrar neste mundo, acredito que a melhor maneira de começar a experimentar seja com a nossa plataforma, a CapTable, a plataforma da StartSe para investimento em startups. Cadastre-se e comece a conhecer as informações disponíveis sobre as startups para começar a montar seu portfólio. Afinal, basta uma startup dar certo para você ter ganhos exponenciais.

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Imagem de perfil do redator

Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

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