Entenda como a segurança digital deve ser uma preocupação das fintechs e grandes bancos
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O PIX e o Open Banking são as mais recentes novidades do mercado financeiro no Brasil – e possuem o potencial de transformá-lo completamente. No entanto, em cada um deles há o desafio de educar a população sobre seus funcionamentos e fins.
A adoção do PIX para pessoas físicas tem acontecido em larga escala. O pagamento instantâneo nasceu de forma descomplicada – até mesmo no nome em forma de sigla – e é similar aos já existentes TEDs e DOCs, com vantagens que o diferenciam: funcionamento 24/7, sem custo para pessoas físicas, transação completada em segundos.
Não por acaso, em janeiro de 2021, o número de transações através de PIX já ultrapassava os de TED e DOCs. Este movimento foi muito impulsionado pelos próprios bancos e fintechs, que lançaram campanhas e até incentivos para que os clientes cadastrassem suas chaves e começassem a usar. A maioria das campanhas foi educativa, justamente para facilitar o conhecimento daquilo que ainda era novidade.
A adoção, no entanto, não tem acontecido com a mesma velocidade por pessoas jurídicas. “Existem diversos fatores. O primeiro foi o período de freeze das empresas – o PIX foi implementado em novembro de 2020, próximo à Black Friday e final de ano”, explica Marcos Cavagnoli, diretor de Cash Management e Open Banking do Itaú BBA, em entrevista à StartSe.
Outro fator citado por Cavagnoli é que a adoção varia de acordo com as regras de cada negócio. Para utilização do PIX por empresas – inclusive pelo varejo, em que possui grande potencial – são necessárias mudanças de procedimentos, aprovações e transformações internas. Além de entenderem como funciona a tecnologia, os departamentos financeiros têm que estudar para planejar como serão as adaptações.
“Ao mesmo tempo, há uma interseccionalidade entre pessoas físicas e jurídicas. As grandes empresas vão ser grandes indutoras do PIX para pessoas físicas e vice-versa”, afirma Cavagnoli. Ele cita que, em e-commerces, já é possível ver empresas que oferecem o PIX quando o cliente escolhe a opção de boleto bancário.
A primeira fase do Open Banking teve início no Brasil em fevereiro deste ano. A iniciativa consiste no compartilhamento de dados entre instituições financeiras através de APIs (interfaces de aplicações de programação), que garantem a segurança.
O Open Banking traz novas oportunidades ao mercado financeiro no país. Aos clientes, permitirá que o histórico bancário seja compartilhado com outras instituições, facilitando o acesso ao crédito; possibilitará a realização de transações de diversas contas bancárias em um só app, entre outros.
No primeiro momento, além da implementação da tecnologia, o desafio é de que a novidade faça parte da vida dos brasileiros. Isso porque o compartilhamento de informações depende da aprovação de cada usuário – e é necessário que eles entendam o processo e para o que os dados estão sendo usados.
“Vejo um grande desafio no Open Banking, até pelo termo, que é em inglês. Apenas 3,4% dos brasileiros se declaram fluentes na língua. É necessário que compreendam o conceito, o valor que envolve compartilhar dados e com quem fazê-lo”, explica o diretor.
Diferente do PIX, a expectativa é que as grandes empresas tenham mais facilidade de adesão, pois estão se preparando para isso há algum tempo. O cenário geral, no entanto, é positivo. “O brasileiro é um bom adopter, apto a se envolver com a digitalização. Se for bem lançado, o Open Banking terá benefícios tangíveis”, espera Cavagnoli. “Acredito que, em 2022 e 2023, o Brasil poderá se tornar um case mundial de Open Banking”.
O próprio Itaú está se preparando para aderir ao Open Banking – que é obrigatório para os grandes bancos – há algum tempo. Entre as iniciativas, há o investimento em uma fintech especialista na tecnologia, a Quanto.
A facilidade na transferência de dinheiro e compartilhamento de dados é, sem dúvidas, positiva. No entanto, esses avanços tecnológicos também têm sido, historicamente, utilizados para aprimorar as fraudes. “Os golpes existem desde a assinatura de papel. Por isso, é importante que haja também o investimento em segurança, privacidade, utilizando as melhores ferramentas. É um jogo que, se pararmos de aprender, perdemos”, aconselha o diretor.
Atualmente, o banco possui cerca de 700 pessoas trabalhando apenas em melhorias de privacidade e segurança. Essa não é, no entanto, uma luta que se trava sozinho. “Há uma parcela que depende do usuário, que é o elo mais fraco e deve ser munido de muita educação e informação”, explica Cavagnoli.
Uma pesquisa de 2020 do Ibope constatou que apenas 21% dos brasileiros tiveram educação financeira até os 12 anos. Embora essa preocupação continue existindo, à medida que os serviços financeiros evoluem, ela deixou de ser a única. Agora, é preciso aprender também sobre segurança digital.
Neste caso, a preocupação com segurança digital deve existir seja para pessoas físicas ou jurídicas. No PIX, Open Banking e até com a nova Lei Geral de Proteção de Dados, a expectativa é que as pessoas estejam amparadas e que possam aprender a tirar o melhor das inovações que estão surgindo no mercado financeiro.
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