A aquisição inclui três unidades produtivas e um centro de pesquisa e desenvolvimento da Vivera. Entenda por que chamou a atenção da JBS.
Vivera (Foto: Divulgação Facebook Vivera)
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4 min
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19 abr 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Sabrina Bezerra
O mercado de plant-based — produtos à base de alimentos vegetais — deve crescer 28% até 2030, movimentando cerca de US$ 85 bilhões, de acordo com o banco suíço UBS. A tendência desse mercado chamou atenção de uma das maiores indústrias de alimentos do mundo: a JBS. A empresa anunciou nesta segunda-feira (19/04) por meio de fato relevante, um acordo para comprar a Vivera na Europa — terceira maior produtora de produtos plant-based na Europa — por € 341 milhões.
Com o negócio, a JBS vai ampliar o portfólio de itens “reforçando o foco da Companhia em produtos de valor agregado”, disse em comunicado Guilherme Perboyre Cavalcanti, diretor de Relações com Investidores da JBS.
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Empresa brasileira, fundada em Goiás, no ano de 1953, a JBS se tornou uma das maiores indústrias de alimentos do mundo. Atualmente, os produtos da companhia são carnes bovina, suína, ovina, de frango — e agora, se aprovado pelos órgãos reguladores, entrará no mercado de plant-based.
A Vivera é a terceira maior produtora de produtos plant-based na Europa — ficando atrás da Nestlé e Monde Nissin. Está presente em cerca de 25 países, com mais relevância nos mercados da Holanda, Reino Unido e Alemanha. Em 2020, a companhia faturou € 86 milhões.
A aquisição inclui três unidades produtivas e um centro de pesquisa e desenvolvimento da Vivera. “A aquisição da Vivera fortalece e impulsiona a plataforma global de produtos plant-based da JBS e agrega conhecimento técnico e capacidade de inovação. A tendência global é de forte crescimento no consumo dessa categoria”, disse em nota Guilherme.
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O mercado de plant-based é promissor e tem chamado a atenção de consumidores, grandes empresas e startups. No Brasil, a fooftech Fazenda Futuro ganha destaque, com a produção de carne vegetal — sem origem animal. Os ingredientes são proteína isolada de soja, proteína de ervilha e de grão de bico. Além de beterraba para similar a cor e o sangue do alimento.
Mas não para por aí. A NotCo, foodtech chilena, também vem ganhando destaque nesse mercado. A companhia oferece além de carne de hambúrguer vegetal, tem em seu portfólio leite e maionese à base de plant-based.
As gigantes como Marfrig e BRF já oferecem opções vegetarianas.
Quando falamos de consumidor, o número também é significativo: segundo Ibope, já são cerca de 30 milhões de vegetarianos no Brasil. Além disso, de acordo com a pesquisa o consumidor brasileiro e o mercado plant-based, realizada pelo Good Food Institute Brasil em parceria com o Ibope, quase 47% dos brasileiros reduziram o consumo de carne em 2020. Os entrevistados disseram que o que mais os influenciam na hora de comprar proteínas alternativas é o fato de “ter menos gordura, seguido por conter apenas ingredientes naturais e depois pela quantidade de proteína. A combinação desses três fatores é condizente com o mercado brasileiro: o país é o 4º maior mercado de alimentos e bebidas saudáveis do mundo”, diz o estudo.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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