De olho no digital, JP Morgan compra fintech Nutmeg

O JP Morgan anunciou a compra da Nutmeg, plataforma de investimento britânica. O objetivo é lançar — até o final deste ano — um banco digital independente no Reino Unido. O valor do negócio não foi divulgado. “Estamos construindo o Chase no Reino Unido do zero, usando a tecnologia mais recente e colocando a experiência do cliente no centro de nossa oferta, princípios que a Nutmeg compartilha conosco”, disse em comunicado Sanoke Viswanathan, CEO de consumidor internacional da JPMorgan. A aquisição depende da aprovação regulatória.

A movimentação, no entanto, pode ter sido motivada por causa das aquisições feitas pelo concorrente Morgan Stanley, que nos últimos anos investiu cerca de US$ 20 bilhões na compra da E-Trade — plataforma de negociação eletrônica — e da Eaton Vanc — empresa americana de gestão de investimentos.

Esta não é a primeira vez que o JPMorgan aposta em uma fintech. Em dezembro do ano passado, o banco norte-americano, comprou a 55ip após fechar uma parceria inicial. A startup ajuda consultores financeiros a automatizar a construção de carteiras com eficiência tributária.

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NUTMEG

Antes da aquisição, a startup recebeu a injeção de mais de US$ 150 milhões de investidores, incluindo o Goldman Sachs. E atualmente conta com cerca de 140 mil clientes e administra mais de £ 3,5 bilhões em ativos, de acordo com o comunicado do banco. Segundo a Bloomberg, de acordo com fontes ligada ao assunto, o negócio avalia a Nutmeg em £ 700 milhões.

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POR QUE IMPORTA? 

O mercado de fintech tem feito barulho em todo o mundo. Mas por que o JP Morgan tem apostado no Reino Unido? A resposta é clara: o mercado de fintech no Reino Unido é considerado um dos maiores do mundo. Somente no ano passado, atraiu mais de US$ 4,1 bilhões em investimento de capital de risco no ano passado, de acordo com Innovate Finance. 

Quando o assunto é Brasil, o cenário não é diferente. Nas últimas semanas, contamos que Warren Buffett investiu no Nubank, e em um relatório recente do Crunchbase, as fintechs da América Latina estão atraindo cada vez mais aportes. Somente neste ano, o setor recebeu US$ 2 bilhões — número igual ao ano de 2020 inteiro.

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