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Vida eterna? Legathum quer eternizar pessoas no metaverso

Você poderá receber mentoria com Ayrton Senna, Albert Einsten e mais, além de criar seu próprio legado no metaverso; entenda

Vida eterna? Legathum quer eternizar pessoas no metaverso

Metaverso da Legathum (foto: divulgação/Legathum)

, jornalista da StartSe

4 min

21 jul 2022

Atualizado: 19 mai 2023

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Por Tainá Freitas

Já pensou em treinar uma inteligência artificial para que sua versão online passe seu legado para as futuras gerações? Sim, isso é muito Black Mirror, mas já está acontecendo. Essa é a proposta da Legathum, fundada por um brasileiro no Vale do Silício.

Com o advento das redes sociais, as grandes empresas de tecnologia passaram a se questionar o que fazer com os perfis das pessoas que faleceram. No Facebook, já existe a possibilidade de designar uma pessoa para cuidar do seu perfil, caso isso aconteça, e até mesmo de colocar “in memoriam”.

Agora, a expectativa é que as pessoas possam construir, aos poucos, o legado que deixarão na internet. “Eu sempre quis que meus filhos tivessem a oportunidade de interagir com a minha avó, que me criou e contou histórias que ajudaram a moldar meu caráter e personalidade”, conta Deibson Silva, neurocientista e fundador da Legathum, em entrevista à StartSe.

Deibson no metaverso da Legathum (foto: divulgação/Legathum)

Ele conta que já existem pessoas que têm suas consciências eternizadas, mas não no metaverso. “Nos países asiáticos, as pessoas conhecem suas gerações anteriores, a própria árvore genealógica, porque as histórias passam de pai para filho”, explica. Agora, a expectativa é que cada pessoa o faça virtualmente, através de seu avatar-legado.

O PONTO DE PARTIDA

Em 2020, Deibson visitou o Vale do Silício em uma imersão com a StartSe – e estendeu a viagem por mais um mês. Ali, no ecossistema mais inovador do mundo, ele se conectou com pesquisadores da Universidade de Berkeley e compartilhou seu desejo de possibilitar a criação do legado da humanidade no metaverso.

“Eles me responderam que em cinco anos a gente provavelmente teria alguma tecnologia próxima disso. Eu continuei trabalhando no projeto, vendi minha casa e duas empresas no Brasil. Um ano depois, recebi a ligação de que tinham dois cientistas com a ideia muito parecida com a minha e se eu gostaria de ser patrocinador. Eu não tive dúvida”, explicou.

Quatro pesquisadores são responsáveis pela metodologia da Legathum: o próprio Deibson Silva, André Ribeiro, Alice Hua e Tim Chen. Atualmente, a startup possui cerca de 30 colaboradores.

A Legathum está lançando o primeiro “Museu do Legado Humano”, com personalidades históricas como Albert Einsten, Pelé, Steve Jobs, Stephen Hawking, Madre Teresa de Calcutá, entre outros.

Para as personalidades em que não existem registros digitais da voz, a inteligência artificial gera de acordo com idade, local de nascimento, sexo, sotaque, entre outros. “O objetivo é ver o avatar do Albert Einsten e ter uma ‘mentoria’ com ele, perguntar questões relativas à experiência dele. Não adianta falar de blockchain ou metaverso porque este não é o legado dele”, explica o fundador da Legathum.

 

COMO FUNCIONA?

Para construir o próprio legado online, o usuário responde às perguntas de um chatbot, que foram elaboradas com base nas pesquisas e validadas por cientistas de Berkeley. “Nós mapeamos a personalidade, valores, padrão de intenção, tomada de decisão, conhecimentos etc. O intuito é fazer com que o avatar interaja com outras pessoas no futuro, mas primeiro ele irá interagir com o usuário, para que possa ser treinado”, conta Deibson.

A Legathum está lançando inicialmente o museu e avatares de grandes personalidades com quem já assinou contratos. O próximo passo é disponibilizar, em 2023, o aplicativo da marca, para que as pessoas possam criar seus próprios avatares com o auxílio do assistente virtual.

METAVERSO TOKENIZADO

Enquanto isso, a Legathum também está criando e venderá os próprios óculos de realidade virtual. Essa será uma das fontes de receita da startup, que também criará um token para ser usado no metaverso da Legathum.

“As pessoas terão a possibilidade de experimentar o serviço como freemium, mas teremos conteúdos, eventos, mentorias, palestras e até shows pagos com o nosso token”, contou o fundador da companhia.

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Imagem de perfil do redator

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.

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