Em parceria com a Room Copenhagem, a empresa lançou cabides de parede, estantes de livros e gaveteiros. Saiba o que está por trás da estratégia!
Itens de madeira, da LEGO (Foto: Divulgação site Room Copenhagen)
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6 min
•
8 dez 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Sabrina Bezerra
Se reinventar, convenhamos, não é uma tarefa tão simples. E a marca dinamarquesa LEGO — que quase faliu há alguns anos — sabe disso. Foi preciso investir em comunicação, sustentabilidade, tecnologia e, acima de tudo, criatividade para dar a volta por cima. Deu certo. Lucro e vendas históricas têm sido registradas.
Agora, a novidade da vez é a aposta no nicho de decoração e móveis. Em parceria com a Room Copenhagem, a empresa lançou cabides de parede, estantes de livros e gaveteiros.
Mas não pense que não tem semelhança com os famosos “lego de montar”. Tem muita. O design é o de tijolinho que se encaixa um no outro. A ideia, aqui, faz todo sentido porque mantém a identidade da marca.
O material escolhido — com foco em sustentabilidade — foi a madeira de carvalho vermelho, certificada pela organização sem fins lucrativos Forest Stewardship Council.
Madeira? Sim. Talvez você não saiba, mas apesar da LEGO ser conhecida pelos itens feitos de material plástico, os primeiros tijolinhos lançados pela marca — nos anos 1940 — eram de madeira.
Os blocos de inovação da empresa une comunicação, sustentabilidade e tecnologia.
A empresa lançou uma rede social chamada Lego Life para crianças. Por lá, a criançada cria seu próprio avatar, compartilha as criações feitas com os tijolinhos e consomem conteúdo sobre o tema. A ideia é estimular a criatividade. Contudo, só podem participar após a autorização dos responsáveis.
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Não é segredo: o plástico é um dos maiores vilões do meio ambiente. Também não é novidade que as peças feitas desse material são o core business da LEGO.
E como a empresa lida com isso? Apostando em sustentabilidade. Em 2018, blocos feitos a partir de cana de açúcar começaram a ser produzidos. O objetivo é que até 2030 a maioria dos itens sejam sustentáveis.
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A companhia também aposta em jogos, realidade aumentada e realidade virtual. Por meio dos aplicativos, as crianças montam as peças e interagem com elas. Os jogos são educacionais na linha de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. O objetivo é incentivar o aprendizado nessas áreas, com foco em programação.
“Esses produtos usam peças, ferramentas de programação e planos de aula de apoio para ajudar as crianças a desenvolver comunicação, criatividade e habilidades de pensamento crítico de uma maneira divertida e emocionante”, diz a empresa.
Não foi do nada que a LEGO lançou os itens domésticos. Afinal, a novidade atrai a clientela adulta e profissionais da área de arquitetura e decoração. Se vai fazer sucesso mundial como os brinquedos, só o tempo vai dizer.
Mas o fato é que a empresa — que estava há alguns anos à beira da falência — sabe muito bem recriar (algo que falamos muito sobre as Organizações Infinitas). E isso tem feito a companhia alcançar bons números: no primeiro semestre deste ano, por exemplo, registrou lucro de US$ 989 milhões.
Outro ponto que vale observar é o investimento em tecnologia no segmento infantil. A lógica vai ao encontro do comportamento da nova geração de crianças, que já nascem num ambiente tech. Já o pilar de sustentabilidade conversa com a Agenda ESG.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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