De acordo com In Hsieh, cofundador da Chinnovation, o mercado brasileiro está prestes a incluir o live commerce como um novo padrão de consumo dentro do comércio eletrônico. Confira!
Influenciadora (Fonte: Getty Images)
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5 min
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19 abr 2023
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Na China, o e-commerce ao vivo – o chamado live commerce – é mais do que uma mania. O modelo de vender em lives se tornou a fatia dominante do comércio eletrônico do país, movimentando cerca de US$ 500 bilhões. No Brasil, apesar de diversas tentativas e alguns cases de sucesso, o modelo ainda não emplacou, o que traz a pergunta: o live commerce vai “virar a chave” e crescer no Brasil?
“Estamos no ano um do live commerce no Brasil”, disparou In Hsieh, cofundador da Chinnovation e especialista em mercado chinês, durante palestra no Gramado Summit.
Na visão de Hsieh, o mercado brasileiro está prestes a incluir o live commerce como um novo padrão de consumo dentro do comércio eletrônico. Para o especialista, isso acontecerá a partir do impulso de grandes plataformas como o Tik Tok, que anunciou para 2023 o lançamento de funcionalidades de venda dentro do aplicativo, como já faz em outros mercados no mundo.
“O Kwai e Tik Tok, empresas que desenvolveram e popularizaram o formato lá na China, vão entrar com força para emplacar o modelo por aqui. Com a escala e a audiência que eles possuem, eles vão puxar a frente para esta mudança”, pontua Hsieh.
Os primeiros sinais desta mudança já estão aparecendo. Influencers de maquiagem, como Virgínia Fonseca, já estão faturando milhões em poucas horas a partir de suas lives, exemplo que pode ditar o que vem por aí – e impulsionar novos modelos de negócio que podem surgir a partir de um novo tipo de consumo.
“Tem gente que acha que o live commerce é algo como um canal de vendas, tipo Shoptime, o que não é verdade. É algo bem mais baseado na interação com o usuário, tanto que na China existem cursos para formar apresentadores de lives de vendas”, explica o cofundador da Chinnovation.
Segundo pesquisa feita pelo Grupo Bittencourt, consultoria especializada no desenvolvimento, gestão e expansão do e-commerce, a taxa de conversão do live commerce é de 16%, enquanto a do e-commerce tradicional é de 2%.
Para a 4Show, startup gaúcha que desenvolveu uma plataforma proprietária que veicula as lives e vende produtos no mesmo lugar, tanto empresas quanto influencers vão se adaptar a um novo modelo de live commerce, e isso pode ser o “pulo do gato” para a popularização.
“Atualmente, muitos clientes ainda acreditam que uma live de venda precisa ter uma grande produção, quando na verdade ela pode ser feita de qualquer lugar. O foco é na interação e na conquista do cliente”, destaca Rogério, cuja empresa começou na pandemia atendendo empresas de calçado da região onde a companhia é sediada. “Foi um momento em que as lives estavam em alta e as marcas precisavam vender”, avalia Rogério Correa, CEO da 4Show, para o Startups.
Perguntado se 2023 será o ano da virada para o live commerce, Rogério acredita que a mudança está a caminho, mas pode ser que ela demore mais um pouco. “Teremos mais cases de sucesso este ano, mas acredito que a mudança mesmo começará a partir do ano que vem”, avalia.
Entretanto, segundo o CEO, o plano da startup é estar bem posicionada, incluindo integrações com plataformas maiores como o já citado Tik Tok, a fim de estar à frente da curva quando a mania bater. “O mercado já tem cerca de meia dúzia de players, mas quando o live commerce realmente ‘pegar’, o ecossistema vai se expandir rápido. Nossa meta é estar bem preparado”, finaliza o executivo.
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