Confira algumas dicas de obras para trazer ideias e conhecer mais sobre as transformações que estão acontecendo agora no mundo
(Foto: Pexels)
, Chief Innovation Officer
38 min
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10 jan 2022
•
Atualizado: 26 abr 2024
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Uma narrativa que vai tentando conectar os pontos do passado, investigando os comportamentos, as metodologias e as tecnologias - e a história da desconhecida Simulmatics Corporation (e como ela pode ter influenciado a eleição de John F. Kennedy) - para nos ajudar a entender nos dias de hoje o poder de influência das redes sociais e dos algoritmos de recomendação.
“As melhores mentes da minha geração estão pensando em como fazer as pessoas clicarem em anúncios”, alertou um dos primeiros funcionários do Facebook em 2011. “Isso é uma merda.” De fato, era uma merda. Mas esta merda já acontecia antes. As melhores mentes da geração anterior tentaram simular o funcionamento da mente humana para vender xampu e ração para cachorro, e até conquistar os corações e mentes dos camponeses produtores de arroz no Vietnã.”
“f + h = p, fear plus hate equals power.”
(medo mais ódio é igual a poder).
Uma jornada profunda e intrigante que exige um pensamento mais profundo para entendermos Inteligência Artificial. Uma conversa menos de blá blá blá e nhém nhém nhém, e que nos leva a entender e reflerir de Information Theory até Quantum Computing.
“Existe uma diferença crítica entre máquinas programáveis e os programadores. As máquinas são determinísticas e os programadores são criativos... Portanto, o movimento da IA, longe de substituir os cérebros humanos, vai se descobrir imitando-os.”
“Com a ajuda da IA, uma pessoa poderá fazer o trabalho que é feito por 10 pessoas hoje. Isso significa que o Canadá seria equivalente a uma nação industrial com 300 milhões de habitantes, a Suíça a 80 milhões de habitantes e a Alemanha a 800 milhões de habitantes ... No futuro, mesmo um pequeno grupo de pessoas provavelmente poderá gerar grandes quantidades de riqueza.”
Definitivamente uma ótima maneira para você entender a origem do TikTok e aumentar seu repertório sobre esta nova cultura empreendedora digital da China.
“As formas tradicionais de mídia na China, como a publicação de livros, jornais, rádio e televisão, eram fortemente regulamentadas e, na maioria dos casos, diretamente controladas pelo estado. Em comparação, a internet era um “oeste selvagem” de disseminação de informações, evoluindo com complexidade e velocidade de tal forma que a regulamentação não conseguia acompanhar.”
“A beleza de confiar em recomendações para melhorar o engajamento é que isso cria um ciclo virtuoso de melhoria contínua ao longo do tempo, muitas vezes referido como "data network effect”. Quanto mais tempo gasto usando o aplicativo, mais enriquecido se torna o perfil do usuário, o que leva a melhores matches com conteúdo e melhor experiência do usuário. Isso naturalmente leva a mais tempo gasto no aplicativo, o que enriquece ainda mais o perfil do usuário e assim por diante.”
Muitas referências profundas se você deseja aumentar o seu repertório para melhor refletir e debater sobre o futuro do trabalho e das profissões.
“A utilidade dos escravos não difere muito da dos animais”, explicou ele, uma vez que ambos forneciam “serviço braçal para atender as necessidades da vida”. E porque Aristóteles considerava a escravidão natural e moral, as únicas circunstâncias que ele imaginou onde a escravidão não deveria existir seriam se não houvesse trabalho, nem para os escravos fazerem.”
“Durante os quatro séculos entre 200 AC e 200 DC, acredita-se que entre um quarto e um terço da população de Roma e da Grande Itália era formada por escravos.”
“(a diferença) entre empregos que são genuinamente úteis, como ensino, medicina, agricultura e pesquisa científica, e a aparente eflorescência de outros empregos que não serviam a nenhum propósito óbvio a não ser dar a alguém algo para fazer.”
O empreendedor nerd que criou a Palm Computing, como seu computador de mão (handheld), passou as últimas décadas dedicado a estudar o enigma do cérebro e os impactos em IA. Neste livro ele conta a sua “grande descoberta” sobre o funcionamento do cérebro.
“... se você perguntar aos neurocientistas, quase todos eles irão admitir que ainda estamos no escuro. Aprendemos uma quantidade enorme de coisas sobre o cérebro, mas temos pouca compreensão de como ele funciona como um todo.”
“O cérebro cria um modelo preditivo. Isso significa apenas que o cérebro prevê continuamente quais serão suas entradas. A previsão não é algo que o cérebro faz de vez em quando; é uma propriedade intrínseca que nunca para de fazer e desempenha um papel essencial na aprendizagem. Quando as previsões do cérebro são verificadas, isso significa que o modelo do mundo do cérebro é preciso. Uma previsão incorreta faz com que você perceba o erro e atualize o modelo.”
“Não sei quais serão as futuras aplicações da IA. Mas, como assim como vimos a mudança na computação pessoal para dispositivos portáteis, vejo inevitável que as mudanças na IA serão baseados nos princípios de funcionamento do cérebro.”
“Se quisermos entender quem somos, temos que entender como o cérebro cria inteligência. A engenharia reversa do cérebro e a compreensão da inteligência são, em minha opinião, a busca científica mais importante que os humanos jamais conquistarão.”
Através da provocativa frase “Pergunte ao seu desenvolvedor” (que chegou a ser até um outdoor no Vale do Silício), o fundador da Twillio nos ajuda entender a verdadeira transformação digital, aquilo que precede a inovação e a necessidade de todos entenderem o mindset dos desenvolvedores de software.
“Para realmente prosperar na era digital - seja como um disruptor ou enfrentando os disruptores - você precisa pensar como uma Software Person (“pessoa com cabeça de software). Uma Software Person não é necessariamente um desenvolvedor - mas qualquer pessoa que, ao se deparar com um problema, faz a pergunta: "Como o software pode resolver esse problema?". Isso porque ser uma pessoa de software é uma mentalidade (mindset), não um conjunto de habilidades (skills).
“Experimentação é o pré-requisito da Inovação... Em teoria, pode um dia ser possível para uma empresa de software produzir um aplicativo sem escrever nenhum código próprio, apenas montando um monte de micros-serviços criados por outras empresas.” (O unicórnio de uma pessoa).
“Em vez de forçar as pessoas a virem uma vez por ano e fazerem um orçamento enorme, criamos um fórum onde qualquer pessoa pode apresentar uma ideia sempre que quiser. Se a ideia for aprovada, financiamos uma equipe exploratória muito pequena, talvez tão pequena quanto uma fração do tempo de uma pessoa. A equipe obtém dinheiro apenas o suficiente para realizar um pequeno experimento.”
Eu não sei mais dizer quantos livros eu li sobre Jeff Bezos e a poderosa Amazon. Mas me parece que nunca será o suficiente. Apesar das eventuais “propagandas” e histórias exageradas, este livro nos força repensar e questionar com mais coragem os velhos digmas, as “velhas” boas práticas de gestão que eventualmente se mostram cada vez manos eficientes.
“O processo Working Backwards consiste em começar a partir da perspectiva do cliente e seguir um processo passo a passo em que você questiona as suposições incansavelmente até ter um entendimento completo do que deseja construir. É sobre buscar a verdade.”
“Em 2015, Jeff Bezos escreveu: Queremos ser uma grande empresa que também seja uma máquina de invenção. Queremos combinar as extraordinárias capacidades de atendimento ao cliente que são proporcionadas pelo tamanho, com a velocidade de movimento, agilidade e mentalidade de aceitação de risco normalmente associadas às startups.”
Os autores fazem uma reflexão madura sobre um dos buzzwords do mundo dos negócios: A Mentalidade e os Métodos Ágeis. Mas ao final eu vejo que eles acabam debatendo o maior desafio da gestão moderna, que é a nossa baixa capacidade de lidar com a ambiguidade e, portanto, a nossa habilidade de exercer a “ambidestria”.
“Uma burocracia funciona quando suas tarefas organizacionais - o que entregar e como entregar - são claras, estáveis e previsíveis. Mas a inovação, por definição, não atende a nenhum desses critérios.”
“O foco insuficiente na inovação leva a uma empresa estática que não conseguirá se adaptar às mudanças nas condições. A ênfase insuficiente nas operações cria caos - baixa qualidade, custos altos e riscos perigosos para os clientes e os negócios.”
“Os praticantes do Agile veem os planos mais como hipóteses testáveis, a serem adaptadas com o tempo... Os métodos ágeis são projetados para desenvolver soluções inovadoras onde o que entregar e como entregar são vagos e imprevisíveis. Não é a melhor maneira de gerenciar operações de rotina, que exigem adesão estrita aos procedimentos operacionais padronizados.”
São muitas histórias e opiniões sobre como criar uma startup bilionária. Então, o autor deste livro diz ter montado um banco de dados com informações de muitas startups (as bilionárias, as falharam e as que quase chegaram lá) e relata as correlações, ou as “novas verdades” – que ele interpretou.
“Os CEOs fundadores de startups de bilhões de dólares estão divididos bem ao meio: 50,5% tinham um histórico de negócios e 49,5% um histórico técnico ... quando o CEO fundador não era técnico, havia uma chance maior de que o segundo fundador não era técnico também.”
“Ter fundado uma empresa, mesmo uma que não se torne muito bem-sucedida, aumenta a probabilidade de fundar outra no valor de um bilhão de dólares ou mais.
“É importante observar que as tendências que criaram empresas de bilhões de dólares no passado não serão necessariamente as mesmas para empresas de bilhões de dólares no futuro.”
Este é um livro interessante para aqueles que entendem que precisamos todos termos uma mentalidade mais global. Cada vez mais eu acredito que independente da profissão, função ou indústria, todos precisamos de mais “agilidade cultural”. A forma de pensar destas culturas ás vezes é explicada até pelo idioma, que muitas vezes não possui determinadas palavras. Um livro bom para entendermos também como pensam os brasileiros, portugueses... pessoas de crenças e vivencias diferentes.
“Como eles resolvem problemas e tomam decisões? A forma de pensar deles é linear, lateral ou intuitiva?” (E a sua?)
“Eles tendem a interpretar o mundo de forma literal ou abstrata, ou algo entre as duas?” (E você?)
“Eles entendem a verdade como relativa ou absoluta? Isto está conectado com suas crenças filosóficas sobre o tempo: é linear e constantemente movendo para a frente; ou é circular e sem fim?” (E como você entende a verdade e o tempo?)
Para aqueles que gostam de aprender muito, não apenas lendo livros, mas também as diversas outras fontes e formatos, a tendência é se sentir um pouco ansioso. A vontade de anotar, guardar, lembrar das coisas que leu e aprendeu, ou gostaria de investigar mais a fundo surgem a todo o momento. Então aqui um livro para tentar ajudar nisto.
“O método Zettelkasten é uma forma de organizar o papel de forma não hierárquica. Em vez de ficar restrito a manter uma nota apenas em uma categoria, ou ter que fazer várias cópias da mesma nota para colocá-la em vários lugares, as notas são organizadas de forma que você possa chegar a uma nota individual por meio de vários caminhos, e essa nota pode levar a várias outras notas - muito parecido com a Internet de hoje, mas em papel.”
“Ao contrário de um catálogo de fichas em uma biblioteca antiga, o propósito de um Zettelkasten não é encontrar uma nota específica, mas sim explorar as conexões entre as diversas notas.”
“Às vezes, a ignorância é mais confortável do que aprender, porque aprender significa que temos que passar pelo trabalho de mudança.”
Todas as empresas tem um desafio em comum: que é conquistar clientes e usuários. Mas a propaganda como conhecemos está realmente morta? Este é o tema central deste livro que tende a deixar os marqueteiros tradicionais irritados.
“Os anunciantes agora enfrentam um mundo em que mais de cem milhões de pessoas decidiram pagar por assinaturas de conteúdo premium simplesmente porque estão cansadas de anúncios. É difícil imaginar qualquer outro produto ou serviço na história em que as pessoas paguem todos os meses para evitar ter o produto em suas vidas.”
“A Geração Z ... abandonou o Facebook em favor do TikTok e Snapchat, muito menos intrusivos e menos dominados por anúncios. Um estudo de julho de 2019 da Business Insider descobriu que 30% dos usuários de mídia social da Geração Z "costumavam usar o Facebook, mas não usam mais."
Um livro sobre um tema que eu acredito veremos muitos debates ainda. Neste contexto de tantas mudanças nos mercados e nas empresas, não basta uma discussão sobre uma reinvenção da gestão, mas também das práticas de governança.
“(Sobre TSR) ... queremos dizer primeiro atrair o talento certo - as pessoas que você deseja que permaneçam, cresçam e evoluam com você; em seguida, criar uma estratégia que alinhe sua empresa não com as expectativas de Wall Street, mas com os interesses de seus investidores de mais longo prazo; e, por fim, assumir no nível do conselho todos os riscos que podem atrapalhar sua estratégia.”
“O talento é importante não apenas dentro da empresa, mas também na sala do conselho.”
“O CEO faz mais do que dirigir o negócio. O CEO é seu visionário de longo prazo.”
“Quando você vê que conselheiros tomaram uma decisão errada, é tipicamente porque eles pensaram que estavam fazendo uma ‘escolha segura’.” (Elena Botelho)
“A maioria dos conselhos tem usado ‘planejamentos estratégicos’ de 3 a 5 anos para monitorar a estratégia... Esta ferramenta pode ser útil, mas não é mais suficiente. Hoje, as empresas devem ser capazes de responder rapidamente à volatilidade do mercado, à incerteza estrutural e às tendências da economia global ao nível de ameaça existencial.”
O autor insiste que não é um livro de autoajuda, mas para nos ajudar entender como tomar melhores decisões. Um guia para aqueles com sede de conhecimento e seu fortalecimento. E no centro disto tudo o Estoicismo.
“O estoicismo não é a busca do conhecimento pelo conhecimento. O objetivo principal do estoicismo é ajudar as pessoas a viver uma vida melhor. Ele ensina a pessoa como perceber o mundo com mais precisão usando uma nova estrutura mental. Além disso, arma a pessoa com padrões de pensamento que ajudam a governar suas ações. O estoicismo incentiva a pessoa a treinar sua mente para que não precise pensar em ser boa, porque ela é boa.”
“A mente humana anseia por certezas e faz o possível para prever um único futuro possível. No entanto, a teoria da probabilidade ensina que prever um futuro possível é o mesmo que estar errado. É mais preciso considerar muitos futuros possíveis em vez de um único futuro possível. Não faz sentido tentar prever um único resultado ao lançar um dado de seis lados. Em vez disso, devemos prever que cada resultado é igualmente provável. Pensando no futuro desta forma, não apenas fazemos melhores previsões, mas também não ficamos surpresos ou desapontados quando os eventos não se desenrolam como poderíamos ter preferido.”
Um livro que faz um apanhado geral sobre o novo contexto que desafia as empresas estabelecidas. Cheio de exemplos, conceitos e imagens, nos faz entender que “imaginação” não é uma palavrinha engraçadinha, mas uma necessidade dramática para qualquer organização se manter competitiva.
“Definimos imaginação como ‘a capacidade de criar um modelo mental de algo que ainda não existe’. Isso também é conhecido como ‘pensamento contrafactual’: a capacidade de criar objetos mentais que não são meramente representações do mundo exterior.”
“O design organizacional até agora tem sido principalmente sobre a coordenação da execução. Mas existe um novo campo emergente, denominado “algoritmo organizacional”, que trata a organização como um algoritmo: um script ou sequência de instruções que é implementado em algum sistema.”
“A liderança e o gerenciamento tendem a ser centrados na maximização do desempenho, mas mesmo as empresas de alto desempenho precisam ser reinventadas para reter a vitalidade em face de desafios complexos e imprevisíveis.”
Uma jornada que enfrenta mitos sobre as futuras máquinas inteligentes sem deixar de reconhecer as incertezas e os riscos. Um livro que descreve situações de transformação de negócios fornecendo as explicações sobre as tecnologias por detrás da magia.
“Muitos futuristas previram robôs malignos e computadores assassinos - sistemas de IA que desenvolvem o livre arbítrio e se voltam contra nós... Esse tipo de exagero que induz ao medo é um exagero das capacidades da IA.
“Em 1994, uma equipe liderada por Ernst Dickmanns, um professor da Bundeswehr University Munich, demonstrou uma van Mercedes-Benz equipada com capacidades de direção autônoma dirigindo pelas ruas movimentadas de Paris que atingia velocidades de até 60 Km/h. Um ano depois, a van dirigiu 1.200 milhas a velocidades de até 80 milhas por hora em uma rodovia Autobahn vazia. Em ambos os casos, um motorista estava ao volante e assumiu quando necessário.”
“Um carro sem motorista pode, pelo menos teoricamente, fazer várias coisas melhor do que pessoas. Ele pode perceber vários objetos simultaneamente no ambiente (pedestres, sinais de pare, pássaros e perigos na estrada). Ele nunca ficará cansado, bêbado ou distraído. Ele pode reagir muito mais rápido do que os humanos para evitar acidentes.”
Dizem que se a capa de um livro possuir uma expressão matemática ele será um fracasso de vendas. Mas a matemática é fundamento para tudo, para entender dados e comportamentos humanos. Então é bom recomeçar a aprender matemática para entender como é fácil persuadir ou até se enganar com os números. Talvez este livro ajude a desenvolver a habilidade que todos precisamos desenvolver: letramento em dados.
“Um dos segredos para fazer cálculos rápidos no verso do envelope é ser capaz de fazer os cálculos o mais simples possível.”
“Quando se trata do uso de números para interpretar o mundo, a exatidão (acuracy) é mais importante do que a precisão (precision). Afinal, uma medição que possui acurácia, mas não é precisa, ainda pode ser útil. Mas uma medição que é precisa, mas não possui acurácia, não é apenas inútil, mas às vezes pode ser perigosa.”
“Em 10 de setembro de 2009, a Loteria da Bulgária virou notícia no mundo. Quatro dias antes, seis números foram sorteados: 4, 15, 23, 24, 35 e 42. Agora, no sorteio seguinte, exatamente os mesmos seis números foram sorteados novamente. ‘Quais são as chances?’ Perguntou quase todo mundo (ao que a resposta relatada na mídia foi ‘cerca de uma em cinco milhões’.” (É isto mesmo?)
Um dos livros que endereça o que talvez seja um dos maiores desafios da gestão moderna, e o desafio de todo profissional de sucesso que entende que precisará lidar com cada vez mais ambiguidades.
“Gestão (management) significa garantir que os trens operem no horário; liderança (leadership) significa garantir que eles estão indo para o destino certo. A gestão é sobre a execução; liderança é estratégia e mudança.”
“Basicamente, ‘exploitation’ significa ficar melhorando e melhorando o negócio atual... Fazer experiências com novos negócios, e modelos de negócios, costuma ser visto como uma distração ou algo que não gera receitas e as margens como o negócio existente. Diante disto, a tendência é investir demais na ‘exploitação’ (exploitation) e pouco investir na exploração (exploration).”
“De uma perspectiva organizacional, a exploração é fundamentalmente uma tarefa de liderança, enquanto a exploitação (exploitation) é sobre gerenciamento.”
“A capacidade de uma empresa de ser ambidestra - de competir no antigo negócio de ‘exploitação’ (com vendas por catálogo), bem como no novo negócio de exploração (com lojas independentes) - é o que permite a uma organização sobreviver em face das mudanças.”
Um livro excepcional para conselheiros, investidores e donos de empresa. As narrativas demoradas sobre as diversas pessoas e os eventos de fracasso que levaram ao sucesso (que agora é sempre temporário) demonstram porque precisamos (re)imaginar como criar e desenvolver negócios.
“Em 2002, Musk fundou a SpaceX com a intenção de construir naves espaciais que levariam centenas, e depois milhares, de colonos humanos a Marte... chegar a Marte era uma meta difícil e louca. Quase impossível. Mas não impossível."
“(Elon Musk): ‘Comecei a entender por que as coisas eram tão caras ... Eu olhei para os cavalos que a NASA tinha no estábulo. E com cavalos como Boeing e Lockheed, você está ferrado. Esses cavalos são mancos.”
“Existem basicamente duas abordagens para construir sistemas complexos como foguetes: design linear e design iterativo.”
“Com o design linear, anos são gastos desenvolvendo um projeto antes que o desenvolvimento comece. Isso ocorre porque é difícil, demorado e caro modificar um projeto e seus requisitos depois de começar a construir o hardware.”
“A abordagem iterativa começa com um objetivo e quase imediatamente salta para projetos de conceito, testes de bancada e protótipos. O mantra dessa abordagem é construir e testar antecipadamente, encontrar falhas e se adaptar.”
O autor, famoso empreendedor e investidor chinês, ex-presidente do Google China e especialista em Artificial Intelligence (AI) utiliza neste livro contos de ficção científica (do co-autor Chen Qiufan) para propor uma visão realista da Inteligência Artificial (IA). Ele defende isto descrevendo tecnologias e casos que já existem ou que podemos razoavelmente esperar que amadureçam nos próximos 20 anos (motivo do livro se chamar AI 2041).
“Essas empresas fintech baseadas em IA estão bem posicionadas para superar as corporações financeiras tradicionais porque oferecem melhores resultados financeiros (menor taxa de inadimplência ou fraude), transações instantâneas (usando IA e aplicativos) e custos mais baixos (menores custos humanos no processo). As empresas financeiras tradicionais também estão correndo para implementar IA em seus produtos e processos existentes. A corrida começou.”
“Finalmente, podemos precisar aprender a viver em um novo mundo (até que a solução blockchain funcione e resolva), onde o conteúdo online deve sempre ser questionado, não importa o quão real pareça.”
“Conhecemos as falhas da educação de hoje - é o modelo um para todos (one-size-fits-all), mas sabemos que cada aluno é diferente, e uma proporção mais razoável de aluno-professor é cara e não pode ser escalada para países e regiões mais pobres. A IA pode desempenhar um papel importante na correção dessas falhas e transformar a educação.”
Neste livro, Adam Grant, traz fundamentos e reforça uma tese que venho cultivando a décadas e a cada dia parece que ela faz mais sentido. Seja para o desafio profissional de qualquer indivíduo, seja para perpetuidade de qualquer organização, é preciso mudar a forma de pensar, e não apenas saber mais coisas.
“Um padre, um promotor, um político e um cientista entram na sua cabaça”.
“...ser cientista não é apenas uma profissão. É um estado de espírito - um modo de pensar que difere de pregar, processar e fazer política. Passamos para o modo de cientista quando procuramos a verdade: fazemos experimentos para testar hipóteses e descobrir o conhecimento.”
“(Estudante de Harvard escreveu: ‘A Revolução Industrial e suas consequências foram um desastre para a raça humana. Eles aumentaram muito a expectativa de vida daqueles de nós que vivemos em países “avançados”, mas desestabilizaram a sociedade, tornaram a vida insatisfatória, sujeitaram os seres humanos a indignidades... ao sofrimento físico também... e infligiu graves danos ao mundo natural.'” (Este estudante ficou conhecido anos depois como o Unabomber).
E aqui está nossa singela recomendação de uma reflexão que nós mesmos fizemos sobre estes tantos temas, e o novo conhecimento do agora (que chamamos de NOWledge. Como somos três autores, segue abaixo lista como 33 insights escondidos dentro do nosso livro.
1. Simples é a Navalha de Occam (pg 36(
2. Entenda e reinvente qualquer coisa com First Principles (Pg 38)
3. Pense como um Cientista de Foguetes (pg 42)
4. Inovar é… (pg 43(
5. Não tenha o medo da atychiphobia (Pg 70)
6. Permaneça sempre no primeiro dia (pg 72)
7. Seja uma quimera (pg 77)
8. Invista no longo prazo (pg 80)
9. Jogos finitos tem pouco valor (pg 83)
10. Tenha sonhos antes de ter planos (pg 124)
11. A explicação está no flywheel (pg 126)
12. Ligue as luzes (pg 133)
13. Precisamos de gestão com mais “E” e menos “OU” (pg 135)
14. Lembre sempre de dar a descarga (pg 137)
15. Faça reuniões importantes com uma cadeira vazia (pg 157)
16. Busque o resultado final ideal (pg 161)
17. Empreender é… (pg 163)
18. Incerteza é progresso! (pg 166)
19. Organizações em rede são muito poderosas (pg 167)
20. Organogramas são os negativos de imagens coloridas (pg 187)
21. Tecnologias não pode ser sinônimo de um departamento (pg 196)
22. Qual a estratégia do seu rei? (pg 201)
23. Muito shoshin para todo mundo (pg 219)
24. Aprenda experimentar (pg 221)
25. Experimentação precede a inovação (pg 225)
26. Todos seremos escolas (pg 229)
27. KAL é agora (pg 244)
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