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Entenda porque a Locaweb pagou R$ 524 milhões pela Bling

Entenda o apetite da empresa por M&As e a tendência que essas aquisições indicam.

Entenda porque a Locaweb pagou R$ 524 milhões pela Bling

Sede da Locaweb (foto: divulgação)

, Head de Conteúdo na Captable

5 min

23 abr 2021

Atualizado: 19 mai 2023

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Por Victor Marques

A Locaweb anunciou a aquisição da Bling por R$ 524,3 milhões. O movimento marca a entrada da Locaweb no segmento de gestão empresarial (ERP). Junto do anúncio, a empresa também reportou a compra da Pagcerto, uma startup que oferece plataforma whitelabel de banking as a service.

LOCAWEB COM JEITO DE BANCO?

A Bling foi fundada em 2009 e, desde 2020, oferece uma conta digital integrada ao ERP. Nos próximos meses, planeja aumentar os serviços oferecidos, com a inclusão de PIX, adquirência e antecipação de recebíveis. A aquisição da Pagcerto integrará o portfólio de produtos da startup à Bling.

Nos últimos 12 meses, a Bling aumentou em 62% o número de clientes pagantes e a receita anual recorrente (ARR) atingiu R$ 60 milhões, um crescimento de 79%. Com a aquisição da startup, a Locaweb pretende oferecer os serviços da Bling para seus mais de 400 mil clientes.

A Locaweb, de acordo com sua tese de aquisições, pretende manter a Bling funcionando de forma independente, além de manter o CEO e o time da empresa na operação. Após perder a disputa pelo RD Station para a Totvs, a compra marca a maior aquisição da Locaweb e reforça o ecossistema de serviços oferecidos pela companhia.

POR QUE IMPORTA?

As duas aquisições são só o começo dos planos da Locaweb. A empresa afirmou, na apresentação dos resultados de 2020, que possuía dez conversas avançadas para aquisições. Portanto, as duas anunciadas, marcam apenas o início da concretização dessas conversas.

Os movimentos de aquisição marcam uma tendência pós-IPO, onde as empresas utilizam o capital levantado para realizar fusões e aquisições (M&As) estratégicos, como uma forma de ampliar a oferta de produtos e solidificar sua posição em uma determinada área. 

Um exemplo disso foi o anúncio do PicPay, que protocolou o pedido de seu IPO e destacou em trecho do prospecto que pretende acelerar seu crescimento através de uma estratégia de fusões e aquisições. O objetivo, de acordo com a empresa, é expandir o portfólio de produtos, melhorar as competências e encurtar caminho para novos mercados.

A tendência pós-IPO de "ir às compras" também é positiva para quem escolhe investir em startups. Com mais empresas compradoras, como Magazine Luiza, B2W e BTG - aliadas às empresas que abriram seu capital recentemente, como a Locaweb e, em breve, o PicPay, as perspectivas de ter uma startup investida adquirida por outra companhia aumentam.

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Imagem de perfil do redator

Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

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