Saiba por que a varejista entrou para o mercado de usados.
(Foto: divulgação Repassa)
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5 min
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16 jul 2021
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Atualizado: 8 ago 2023
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Por Sabrina Bezerra
De olho na digitalização, ESG e inovação, a Lojas Renner anunciou a compra de 100% da operação da Repassa. Trata-se de uma plataforma online de revenda de acessórios, calçados e roupas. O objetivo é potencializar a marca e torná-la líder e referência na América Latina.
“Esta aquisição é o primeiro movimento inorgânico para a consolidação do nosso ecossistema de moda e lifestyle", diz em comunicado enviado à StartSe Fabio Faccio, diretor presidente da empresa. O negócio precisa ser aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelos acionistas da companhia.
Foi em 2015 que a Repassa, startup nativa digital de revenda de moda, foi fundada por Tadeu Almeida. A missão? “Aumentar o ciclo de vida de 70% das roupas das pessoas que não são mais usadas, gerando impacto ambiental e social nesse processo", diz a empresa. A marca atua em todo o território brasileiro e tem como público-alvo o feminino das classes B e C+. Atualmente, conta com cerca de 300 colaboradores.
Diferente das plataformas de revenda peer to peer — que tem a negociação direta entre os usuários —, a Repassa opera no modelo gerenciado. Ou seja, faz a curadoria e controle de qualidade das peças e toda a jornada do consumidor durante as transações. Seu principal rival é o Enjoei (que no ano passado levantou R$ 1,3 bilhão em IPO), mas diferente da Repassa, atua em outros nichos além da moda.
A Renner e a Repassa fizeram parceria — que foi um sucesso — no ano passado. Algumas lojas da varejista passaram a fornecer as chamadas Sacolas do Bem que serviam para os usuários colocar e enviar peças usadas que seriam vendidas no Repassa. “A receptividade dos clientes foi decisiva para a evolução do processo de aquisição”, conta a varejista.
Segundo a marca, a compra traz grandes potenciais de negócios a serem explorados, como, por exemplo: “utilização da base de clientes para captação e redução de CAC (Custo de aquisição de clientes); potencialização de tráfego no site; aproveitamento dos canais físicos [que poderão ser usados como ponto de coleta, entrega e retirada e troca e devolução dos itens]; e otimização de soluções para os clientes [como: conteúdo, logística e serviços financeiros].”
Uma série de empresas estão na corrida para seguir os pilares de ESG. Não é diferente com a Renner — e a empresa deixou isso claro com a aquisição da Repassa. “É uma combinação clara dos pilares: digital, inovação e ESG”, disse a companhia em comunicado. A empresa também se comprometeu a usar 80% de produtos menos impactantes ao meio ambiente, com 100% de algodão certificado. E não é à toa. Pesquisas mostram que, cada vez mais, empresas que atuam nas frentes do termo têm melhores resultados e maior probabilidade de fidelizar o cliente.
No caso da Renner, a mira foi para o mercado de usados. Trata-se de uma estratégia bem pensada, visto que, o mercado mundial de revenda cresce 25x mais rápido do que o mercado de moda. No Brasil, até 2025 deve crescer 4,4x, aproximadamente R$ 31 bilhões. Os millennials (30%) e a Geração Z (40%) são os maiores consumidores. O fato é: a varejista que atracar os pilares de ESG e tudo indica que a estratégia adotada está no caminho certo. Vamos acompanhar.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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