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Luxo as a Service: conheça a nova tendência no mundo dos negócios

Tem revenda de artigos de luxo, aluguel de barcos e até carros blindados para tornar estilo de vida high society mais acessível

Luxo as a Service: conheça a nova tendência no mundo dos negócios

Homem e mulher com malas de viagem em frente ao mar (Foto: Pexels)

, conteúdo exclusivo

9 min

20 mai 2024

Atualizado: 20 mai 2024

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Antes de sair de casa, pego minha bolsa Chanel e entro no meu carro blindado até o Iate Clube, onde encontro meus amigos para um passeio de lancha. Essa não é a minha rotina, infelizmente, mas um novo nicho de startups tem surgido para ajudar a tornar esses hábitos mais "acessíveis" à população de alta renda. 

São empresas que usam a tecnologia para oferecer aluguéis de produtos e serviços de luxo a quem não está disposto a investir um valor tão alto para levar uma vida de high society.

Uma dessas startups é a Front Row, plataforma de revenda de artigos de luxo criada em 2017 pela administradora e especialista em moda Lilian Marques. A fashiontech trabalha com grifes como Hermès, Cartier, Chanel, Tiffany, Rolex e Bvlgari, e anunciou recentemente sua expansão para Miami, nos Estados Unidos. No início da operação, o ticket médio inicial era R$ 2.500. Hoje, o valor está acima de R$ 25 mil.

Segundo a CEO e fundadora da startup, com a chegada em Miami, a expectativa da empresa é crescer de 12% a 15% no primeiro ano. "O nosso público-alvo são pessoas de alto poder aquisitivo, que viajam o mundo e acompanham as tendências em moda, mas preferem comprar no Brasil pelo menor custo e opção de parcelamento. A expansão mira em clientes brasileiros residentes lá fora que procuram melhores formas de pagamento e curadoria, com atendimento personalizado na compra de artigos de luxo. Inicialmente, nossas vendas vão se concentrar nas marcas mais procuradas do site, Hermès e Chanel, para conseguir suprir a alta demanda das grifes e alavancar nossa presença internacional", afirma.

O site da marca usa inteligência artificial para fazer recomendações personalizadas aos clientes, conforme as preferências de compras e histórico. 

Já com a realidade aumentada, é possível observar os produtos por todos os ângulos, em diferentes dimensões, misturando o mundo real com o virtual.

"Uber" dos blindados

Fundada em 2023 pelos empreendedores russos Daniil Sergunin (CEO) e Aleksandr Karbankov (CPO), a Rhino surgiu para atender a uma demanda por mais segurança nas viagens urbanas pela capital paulista. 

A startup funciona como uma plataforma de carros por aplicativo, mas oferece a experiência de deslocamento premium aos passageiros, com carros blindados e motoristas treinados.

“A Rhino surgiu porque eu senti necessidade de ter mais segurança em minhas viagens dentro da cidade de São Paulo. Não existia uma forma segura de me locomover, a não ser dirigindo um carro blindado, e mesmo assim, para quem tem seu próprio blindado, há restrições como rodízio, consumo de álcool ou idas ao aeroporto”, aponta Daniil.

Desde fevereiro, a startup já registrou um aumento de 30% no número de novos clientes. No total, são 67 mil usuários cadastrados no aplicativo, com ticket médio de R$ 65. O plano agora é expandir para outras regiões da cidade de São Paulo, além de capitais como Rio de Janeiro e Brasília, no futuro. A previsão é de um crescimento exponencial e chegar ao fim de 2024 com 40 vezes o tamanho da operação atual.

Além da questão da segurança, a empresa quer se destacar pelo atendimento diferenciado aos passageiros, com uma equipe de motoristas selecionados através de um processo rigoroso e treinados para garantir o profissionalismo e oferecer a melhor experiência aos clientes.

“Nosso propósito é que as viagens tenham o máximo de segurança e conforto para passageiros e motoristas. Não se trata apenas de um carro blindado, é um serviço premium, com um tempo mínimo de espera para localizar um veículo e garantia de ser bem atendido”, finaliza Daniil.

Luxo em alto mar

 

Já para quem quer ser o seu próprio "velho da lancha", a startup brasileira de locação de iates Voguer tem a solução. A plataforma funciona como uma espécie de Airbnb de barcos e já tem mais de 300 embarcações disponíveis no trecho entre Rio de Janeiro e Santa Catarina. A meta para 2024 é ampliar a sua presença no Brasil, expandindo o catálogo de embarcações e iniciar a expansão para outros países da América Latina.

 

Voguer oferece três opções para atender diferentes perfis de usuários. A principal é a locação de barcos, lanchas e jet skis para diversas ocasiões, com preços que variam entre R$ 3 mil e R$ 70 mil a diária. O ticket médio gira em torno de R$ 7.500. Há ainda a possibilidade de contratar experiências exclusivas, com a locação de parte ou totalidade dos mais luxuosos Super Yachts do mundo, e também o Club Voguer, um formato inédito de Yacht Club para assinantes com atendimento diferenciado, experiências exclusivas e vantagens especiais, como cashback.

 

A ideia da startup surgiu em 2022, quando o fundador Heverton Rodrigues participava de eventos de aviação pela Flapper, empresa de aviação executiva. O aplicativo foi desenvolvido ao longo de 2023 e lançado em dezembro do ano passado. "Como eu venho do mercado de aviação, que é super exclusivo, quando olho para a Voguer e vejo o tamanho do mercado, a impressão é que todo mundo pode ser cliente. O que nos dá escala são as pequenas lanchas, em que estamos falando de uma diária de R$ 300 por pessoa, se forem 10 pessoas, por exemplo. É algo super acessível", diz.

 

Segundo ele, hoje o mercado de locação de barcos é dominado por pequenos players em cada região. O uso de tecnologia e a abrangência nacional do aplicativo são os principais diferenciais competitivos da Voguer. Para este primeiro ano de atuação, a meta é faturar R$ 10 milhões.

 

"Pelo tamanho do mercado, a gente vê um potencial muito grande. Também estamos expandindo a operação de oferta para México e Espanha. A gente acredita que o brasileiro que sai de férias no verão da América do Sul na maioria das vezes busca calor e quer ter uma experiência com um app brasileiro que ele já conhece ou já ouviu falar", afirma Heverton.

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