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MadeiraMadeira compra Casatema e mais que dobra participação no setor

A MadeiraMadeira fechou a compra da marca de móveis infantis Casatema

MadeiraMadeira compra Casatema e mais que dobra participação no setor

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A operação é o 3º M&A da companhia, e o 1º investimento na ampliação de sua oferta de marca própria. Hoje ela opera com a CabeCasa, lançada em 2021.

De acordo com Carlos Eduardo Baron, mais conhecido como Cadu, diretor financeiro da MadeiraMadeira, ao incorporar a Casatema, a companhia mais que dobra sua participação na categoria de móveis infantis, chegando a cerca de 10% do mercado. A ideia é que, ao plugar a operação, ela ganhe mais escala e se torne mais eficiente, e se consolide como a principal marca do país no segmento.

Além de usar a logística da MadeiraMadeira e mais espaço no site (que recebe 20 milhões de visitas todos os meses), os produtos da marca poderão ser exibidos nas mais de 100 lojas físicas (guide shops) da Casatema. De acordo com Cadu, hoje 40% das vendas das lojas são de produtos de marca própria.

Em termos de receita para o negócio como um todo, o impacto imediato da aquisição não é tão significativo porque a operação ainda era pequena, mas, a expectativa é que os frutos venham no longo prazo. “Não fazemos aquisições para atingir objetivos mais imediatos, de curto prazo. A estratégia é trazer conhecimento e transformar em algo maior”, diz Cadu.  

Casatema

Quem tem filho pequeno, provavelmente já viu algum produto da Casatema nas suas buscas por móveis. A marca foi fundada há 11 anos por Leandro Varela, Marcelo Gejer, Jorge Diego e Nádia Varela com presença apenas no mundo digital – ou seja, uma DNVB antes mesmo da sigla ser inventada. Ela desenha os produtos e os fabrica com parceiros. Atualmente são mais de 1,4 mil produtos vendidos nos principais marketplaces, incluindo a MadeiraMadeira, que é seu 2º maior canal de venda depois do seu próprio site.

Desde 2019 ela tem uma operação nos EUA com a marca Themes and Rooms, que está disponível na Amazon, Wayfair e Overstock. De acordo com Cadu, essa operação internacional é bem pequena, ma foi uma “grata surpresa” da negociação, e pode servir como base para o lançamento de novas iniciativas no futuro.    

A compra da operação não teve o valor revelado e será pago em dinheiro em ações. Os 4 fundadores, que eram os únicos investidores do negócio, ser tornarão sócios e executivos da MadeiraMadeira. De acordo com Cadu, por ter sido criada e operado todos esses anos apenas com o dinheiro de seus criadores e seu caixa, a Casatema é uma empresa que gera caixa e tem lucro.  

MadeiraMadeira: O one stop shop da casa

Depois de incoporar a iTrack, IguanaFix e agora, a Casatema, a MadeiraMadeira segue com seus planos de fazer nova aquisições. No alvo estão negócios nas áreas de serviços, serviços financieros e até conteúdo. O plano, segundo Cadu, é criar um ecossistema que transforme a companhia em um one stop shop para a acasa.

Para fazer isso, ela também está ampliando sua atuação no segmento de material de construção. A categorai, que foi a sua origem, está ganhando reforço com produtos como revestimento, piso, portas e janelas e metais sanitários.

Cenário atual

Mesmo com o cenário macro conturbado, que afeta as intenções de compra do consumidor, Cadu afirma que a MadeiraMadeira tem tido um bom desempenho em 2022. O crescimento acumulado no ano é de 30%, menor que seu ritmo histórico, mas bem acima de outros concorrentes.

O desempenho não livrou a companhia de ter que fazer ajustes. Recentemente ela fez um corte de 3% de seu quadro, que pelas contas do Startups, representou 60 pessoas. Cadu confirma o percentual, mas não comenta o número exato de pessoas despensadas. Segundo ele, a redução foi necessária para priorizar inicitaivas e ganhar eficiência em negócios que não estavam fazendo sentido. O executivo diz que continua otimista com o longo prazo e que, de longe, 2022 não tem sido um ano ruim para a companhia. “Estamos ganhando market share”, comenta.

Até o fim do ano, a MadeiraMadeira vai retomar o plano de expansão de sua rede de lojas físicas. A estratégia, que ficou dormente no 1º semestre, será feita em um ritmo menos acelerado do que o ano passado, quando foram abertas 100 lojas.

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