O marketplace ultrapassou as vendas das lojas físicas do Magalu pela primeira vez e, agora, é uma peça-chave para reverter os resultados da empresa. Entenda
Logística Magazine Luiza (Foto: Divulgação Magazine Luiza)
, jornalista da StartSe
5 min
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19 mai 2023
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Você já comprou em um e-commerce e viu que aquele produto não era vendido pelo próprio varejista? Pois aquele produto era do marketplace. Ele possibilita que lojistas menores vendam seus produtos em grandes lojas online… E, agora, essa se tornou uma das grandes fontes de receita do Magalu.
De janeiro a março deste ano o Magazine Luiza teve o pior trimestre desde seu IPO, em 2011. Mas os números também revelaram que, pela primeira vez, as vendas do marketplace superaram as vendas em lojas físicas do Magalu. E não acaba por aqui: as lojas físicas estão sendo usadas como um apoio ao marketplace!
O e-commerce do Magalu atingiu R$ 11 bilhões de vendas entre janeiro e março de 2023, um aumento de 11% em comparação a 2022. Deste valor, mais de R$ 4 bilhões (quase a metade!) são do marketplace.
Atualmente, o marketplace do Magalu atingiu 281 mil vendedores e 100 milhões de ofertas disponíveis. A empresa afirma que, nos últimos 12 meses, a plataforma recebeu 111 mil novos vendedores – e muitos foram impulsionados pelas lojas físicas.
O Magalu possuía, ao fim do primeiro trimestre de 2023, 1.302 lojas (1.042 “convencionais”, 237 virtuais e 17 quiosques). Um diferencial é que a empresa utiliza o espaço da loja física também para incentivar o e-commerce (que, segundo a empresa, atingiu sua máxima histórica de participação de mercado).
Atualmente, o Magalu Entregas é o principal meio logístico dos vendedores do marketplace. Na prática, além de receber as compras em casa, os clientes podem retirá-las nas lojas físicas habilitadas. E isso tem gerado resultado: 22% dos pedidos do marketplace hoje são retirados em lojas físicas, em comparação a 13% do mesmo período em 2022.
O marketplace e o e-commerce são peças-chave para o Magalu reverter o pior trimestre desde o IPO. Mas, além disso, esse é um campo e momento importantíssimo para se posicionar frente aos concorrentes.
“Essa é uma batalha que o Magalu precisa vencer. O Mercado Livre, por exemplo, é um grande marketplace, mas não tem o peso/custo das lojas físicas. O Magazine Luiza, que há 2 anos chegou a valer R$ 160 bilhões, hoje está avaliado em R$ 22,6 bi. Enquanto isso, o Mercado Livre, seu maior concorrente, está avaliado em R$ 326 bilhões. Com a Americanas encostada nas cordas, esse é um momento bom para que o Magalu avance. Mas para isso, precisa musculatura e leveza das operações online”. analisa Junior Borneli, fundador da StartSe.
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, jornalista da StartSe
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.
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