Entenda como marcas dos mais variados segmentos usam a estratégia para chamar a atenção de consumidores
Ken, personagem do filme da Barbie (Foto: divulgação Facebook Barbie)
, jornalista
9 min
•
11 abr 2023
•
Atualizado: 17 jul 2023
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Nostalgia, tecnologia e muito marketing. Esse é o combo da Warner Bros. Pictures ao lançar o filme Barbie. Para você ter uma noção, o termo “Barbie Filme 2023” dobrou em volume de buscas no Google nos últimos dias. Nas redes sociais, pôster online ― feito por inteligência artificial ― inspirado no filme virou até trend. Você, com certeza, deve ter visto alguns deles passando pela sua timeline.
O longa-metragem será lançado no Brasil em 20 de julho de 2023. Mas, antes veio com um show de marketing envolvendo:
Falando em nostalgia, o mesmo acontece com o filme Super Mario Bros., lançado no início de abril, superou as expectativas, tornando-se a segunda maior bilheteria de 2023.
E o assunto não está limitado ao cinema. A Nokia, empresa de tecnologia, também resolveu surfar a onda do retrô e relançou o famoso celular tijolão ― e com direito ao clássico jogo da cobrinha, famoso nos anos 2000.
Quer mais exemplos? a Kodak (que não morreu) tem lançado novos produtos com o logo vermelhinho famoso das câmeras analógicas; e a Sega anunciou um novo Mega Drive (como era conhecido em 1998 no Brasil).
Qual é a estratégia? Tocar o emocional das pessoas. No plural mesmo. Isso porque, não é algo individual, a nostalgia no mundo dos negócios está virando uma tendência de mercado para abocanhar em cheio toda uma geração.
Trata-se de uma estratégia de marketing que usa elementos do passado para despertar emoções positivas e criar uma conexão com o público-alvo. Na prática, o método traz de volta designs, músicas, personagens, slogans, entre outros produtos e serviços que eram populares no passado para criar uma sensação de familiaridade e conforto para as pessoas.
Por exemplo, alguma vez você já procurou uma música que fez sucesso no passado, certo? Ao ouvi-la, você “matou a saudade” daquele tempo. De alguma forma, mexeu com a sua emoção.
O mesmo acontece com filmes, séries, serviços e produtos. O Spotify, por exemplo, fez uma pesquisa para entender melhor o assunto e descobriu:
É essa lógica que está acontecendo com os filmes Barbie e Mario, por exemplo.
No caso do primeiro, a Warner Bros. lançou a Barbie Selfie Generator ― Inteligência Artificial que gera pôsteres do longa-metragem ―, para fazer o marketing de nostalgia.
A lógica: os fãs postam, os seguidores (provavelmente um percentual da mesma geração) visualizam e respostam usando o filtro. Assim, o número de compartilhamentos tende a aumentar cada vez mais.
“O objetivo é aumentar o número de vendas na bilheteria (estreia)”, diz em rede social a empreendedora Camila Farani.
Uma propaganda viral ― de comerciais de TV, campanhas na internet a panfletos offline ― do Super Mario Bros. O Filme aconteceu antes do lançamento. O resultado foi positivo: já tem a segunda maior bilheteria de 2023 e arrecadou US$ 377,6 milhões no final de semana de abertura.
Para as empresas, é uma oportunidade para atrair consumidores. Afinal, mexe com a emoção das pessoas trazendo elementos do passado que, de alguma forma, marcaram a vida delas. Além disso, pode reforçar a imagem da marca, criando uma sensação de tradição e autenticidade.
POR QUE O MARKETING DE NOSTALGIA TAMBÉM É IMPORTANTE PARA A GERAÇÃO Z?
A Geração Z tem feito barulho nas redes sociais sobre produtos e serviços nostálgicos. Nativa digital, que busca autenticidade e transparência das empresas, está buscando conexão e experiências passadas nas redes sociais.
Para você ter uma noção, a hashtag nostalgia tem mais de 81 bilhões de visualizações no TikTok, rede social que tem como público-alvo a Geração Z. Os vídeos tem milhares de curtidas e vão de produtos a filmes nostálgicos dos anos 1990 e 2000.
Para lançar ou relançar produtos nostálgicos, você deve primeiro conhecer o seu público: qual tema eles procuram? Qual mexeria com as emoções a ponto de fazê-lo consumir?
Além disso, a ideia é sempre pensar em uma releitura. Algo do passado, mas que de alguma forma seja útil nos dias atuais. Por exemplo, a Nokia relançou o “tijolão”, certo? Mas a nova versão tem câmera e conexão à internet, algo que não tinha no anterior. Ou seja, vai agregar valor.
Por fim, use as redes sociais para fazer o marketing do seu serviço ou seu produto. Selecionei 3 links para inspirar você. Confira:
O marketing de nostalgia virou mais do que hype, e sim um comportamento de se conectar com tempos antigos. Aproveite a tendência para entender como a sua marca pode surfar essa onda.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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