O metaverso deve alcançar US$ 800 bilhões até 2024, segundo a Bloomberg Intelligence. Saiba como a tecnologia pode trazer potenciais para o marketing da sua empresa
Metaverso (foto: imaginima via Getty Images)
, jornalista
10 min
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3 mai 2022
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Atualizado: 19 mai 2023
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Por Sabrina Bezerra
A previsão da consultoria Gartner é que, até 2026, 25% das pessoas passarão pelo menos uma hora por dia no metaverso — seja estudando, trabalhando, se divertindo ou visitando lojas.
Isso significa que, assim como as redes sociais trouxeram potencial para o marketing digital, o metaverso deve fazer o mesmo (entenda mais abaixo).
Embora ainda seja cedo para falar como será a tecnologia daqui alguns anos e quais serão as melhores metodologias, desde o ano passado, algumas marcas — dos mais variados segmentos — começaram, de alguma forma, a marcar presença no metaverso.
“O metaverso é um espaço virtual aprimorado que proporciona experiências imersivas. O objetivo é unir a realidade física e a digital em um só lugar”, diz a Gartner. Em outras palavras, trata-se de um ambiente onde a vida acontece.
E como funciona a economia? De acordo com a consultoria, a previsão é que o metaverso tenha a própria economia virtual, descentralizada e impulsionada por moedas digitais.
“Esperamos que o metaverso tenha uma economia virtual por meio de moedas digitais e tokens não fungíveis (NFTs)”, afirma a Gartner.
O metaverso — assim como aconteceu com as redes sociais — oferece uma nova fase de desenvolvimento para o marketing.
E não à toa. Basta observar como a Web1 — primórdio da internet — e a Web2 — era das redes sociais e produção de conteúdo, a etapa em que vivemos hoje — se tornaram importantíssimas para o marketing digital. E agora, o mesmo deve acontecer dentro do metaverso, principalmente com a chegada da Web3.
Por quê? “Existem muitos bons motivos para as empresas fazerem marketing no metaverso, entre os mais importantes estão o branding engagement para os millennials e a Geração Z”, diz Clara Franco, professora especialista em marketing.
Para você ter uma noção em termos de número, espera-se que o metaverso alcance US$ 800 bilhões até 2024, segundo a Bloomberg Intelligence.
E o que muda? “Para os consumidores, o metaverso cria experiências de consumo virtuais. Já para as marcas, elas podem oferecer aos consumidores mais do que produtos. Isso porque, o metaverso permite interação com a cultura, a experiência e a percepção por trás dos produtos”, conta Clara.
Exemplificando: hoje, ao criar um evento de marketing ou outra ação no espaço físico, exige deslocamento das pessoas e limitação da capacidade, certo? No metaverso não. Todos poderão participar — e de qualquer lugar do mundo, sem precisar de um deslocamento longo.
“No metaverso, as marcas poderão (algumas até já o fazem) oferecer promoções ou acessos, em primeira mão, às novidades, por exemplo. Talvez a página da empresa numa rede social acabe se transformando em uma loja no metaverso, em que você entra, se senta e experimenta as maquiagens que fiquem perfeitas em sua pele, já vendo o resultado em tempo real”, conta Erica Queiroz, especialista em marketing.
Por onde começar? Primeiro, avalie como você poderia reproduzir a sua marca no metaverso, qual plataforma faz mais sentido e como seria a interação com o público. Uma dica é criar o avatar: “Ele é um cartão de entrada para o metaverso”, disse nessa reportagem Ricardo Tavares, CEO da Biobots, em entrevista à StartSe.
Outra dica é explorar o NFT. “É uma forma de monetizar e medir a interação da marca”, diz Clara.
Qual é o desafio? Um dos desafios é medir as métricas no metaverso. “Já que ainda não estão estabelecidas e o retorno sobre o investimento fica incerto”, afirma.
Ficar de olho nas tendências, como o metaverso é uma forma de aproximar a sua marca do público. É o famoso “estar um passo à frente”, sabe? Isso porque, se as pessoas estiverem no metaverso — como mostraram os dados citados ao longo deste texto — é preciso preparar a sua marca.
A título de comparação, as redes sociais — uma etapa anterior ao metaverso — se tornaram um motor para o marketing digital. Em 2019, por exemplo, o Instagram contava com cerca de 25 milhões de perfis corporativos em todo o mundo. Facebook, Twitter e TikTok também são usados por marcas para conversar com os internautas.
Quem soube e sabe surfar a onda sai na frente. É o caso, por exemplo, do Magazine Luiza, que levou seu avatar para as redes para interagir com o público no mundo online. A estratégia deu tão certo que a Magalu — nome da influenciadora digital do Magazine Luiza — ultrapassou a Barbie e ganhou o título de mais seguida do mundo no Instagram.
Outro case de sucesso é a Netflix. O marketing da empresa de streaming engaja as pessoas por meio das obras publicadas na plataforma. “A marca tem um forte trabalho de branding e de presença digital nas redes sociais, misturando conteúdos das séries com fatos reais que ocupam os noticiários”, diz uma pesquisa feita pela Opinion Box. Como resultado, esse tipo de estratégia atrai e fideliza clientes.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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