A Liv Up, foodtech que faz marmitas saudáveis congeladas, recebeu investimento de R$ 230 milhões após a extensão da rodada que adicionou mais R$ 50 milhões da Globo Ventures. Entenda os diferenciais da startup e as novas verticais do negócio.
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6 min
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17 jun 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Victor Marques
A comida pode até ser congelada, mas o negócio é quentíssimo. A Liv Up, foodtech especializada em oferecer comida saudável congelada, conquistou mais de 150 mil clientes com sua opção de alimentação prática e rápida. Com isso, anunciou o recebimento de uma rodada de investimento Série D de R$ 180 milhões, liderada pela Lofoten Capital, com Rob Citrone, Luiz Otavio Campos, Cadonau, Milton Seligman, Ricardo Rolim ,Christian Egan, ThornTree Capital Partners e a Kaszek Ventures, completando a rodada.
Em 21 de setembro foi anunciada a extensão da rodada, com mais um aporte de R$ 50 milhões da Globo Ventures. A rodada agora totaliza R$ 230 milhões em investimentos. O objetivo do aporte adicional é mais a conexão com o Grupo Globo do que necessidade de capital. A intenção é continuar apostando na expansão do portfólio, mas agora contando com o apoio do Grupo Globo na estratégia de mídia - alavancando a comunicação.
A Liv Up surgiu com a proposta de resolver um problema antigo: como consumir alimentos saudáveis de forma prática? A resposta da startup foi desenvolver um menu - em parceria com chefs e nutricionistas - e fazer o ultracongelamento em porções que podem ser aquecidas e consumidas rapidamente.
A ideia foi transformar a marmita - que tradicionalmente era composta de alimentos gordurosos ou com baixo índice nutricional - em algo saudável e prático. Na busca por oferecer produtos nutritivos e saborosos, a startup desenvolveu o ultracongelamento como uma maneira de manter o sabor, textura e nutrientes dos alimentos, mesmo que congelados.
A startup ainda foi além na busca pelos melhores ingredientes, selecionando pequenos produtores orgânicos para fornecer os ingredientes necessários, com alto nível de qualidade e ingredientes frescos. Com isso, a startup reduziu a distância entre o produtor e consumidor, além de fazer com que o preço dos alimentos orgânicos se tornasse mais competitivo.
Durante a pandemia, a LivUp percebeu que, com mais pessoas cozinhando em casa, havia uma demanda por produtos frescos, como hortifruti, carnes e peixes. Com isso, lançou uma nova vertical - Mercado - para venda desses produtos, inicialmente testada em São Paulo, mas com sucesso já planeja levar para o Rio de Janeiro e, em seguida, para todas as cidades em que opera.
Toda a venda dos produtos ocorre através de site e app próprios - abordagem típica das DNVBs. Hoje, a startup conta com 14 darkstores, locais onde os pratos congelados são preparados, no Brasil. Com o lançamento de novas operações, como o Mercado, a Liv Up já planeja a expansão ou substituição das darkstores por centros de distribuição mais amplos - para comportar o estoque de mais produtos.
O investimento será utilizado para acelerar o crescimento. Os custos com estrutura para expandir ainda mais o portfólio de produtos - desde as opções de comida congelada, mercado, até os snacks saudáveis - são cobertos por meio da emissão de dívidas com bancos.
O mercado de foodtechs surpreende em suas projeções de crescimento: até 2022 o mercado deve movimentar US$ 250,4 bilhões, segundo a Research and Markets, no Brasil já havia mais de 300 foodtechs em operação em 2019, segundo relatório da Liga Insights.
As definições do termo Food Techs não são unânimes: algumas consideram apenas startups do mercado de alimentação que utilizam tecnologia para aprimorar a cadeia como um todo, desde a produção até o pós-consumo dos alimentos. Outras, consideram inovações que permitem consumir alimentos mais saudáveis de forma acessível.
De forma mais ampla, é possível entender as foodtechs como novas tecnologias que renovam e otimizam processos na cadeia de alimentação ou que oferecem novas maneiras, produtos e inovação diretamente ao consumidor final. Recentemente, as foodtechs vem chamando a atenção especialmente no segmento de alimentação saudável.
O mercado de alimentação saudável é amplo no Brasil: somos o quinto país que mais consome alimentos saudáveis no mundo. Startups como a Not Co, The New Butchers e Future Farm apostam na recriação de alimentos que tradicionalmente possuem origem animal. Já a Liv Up aposta na entrega de alimentos saudáveis e práticos, utilizando tecnologia para manter o sabor e a textura dos alimentos.
A Liv Up chamou a atenção dos investidores ao conseguir transformar um negócio tradicional - venda de marmitas - em uma startup. Através do uso da tecnologia e estrutura vertical - controlando desde a produção até a venda - a startup encontrou um mercado lucrativo e solucionou uma grande dor do consumidor: encontrar opções de alimentos saudáveis e práticos de consumir.
Além disso, a Liv Up demonstrou com sua flexibilidade e rapidez em adaptar seu negócio criando nova vertical - o segmento Mercado - resiliência para lidar com flutuações do mercado, crises ou imprevistos.
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Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
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