A saúde está entrando na era digital. Muitas empresas estão surgindo, e empresas consolidadas em outros setores, apostam agora no healthtech.
Foto: Getty Images
, Produção de Conteúdo
7 min
•
6 out 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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As maiores empresas de saúde provavelmente serão empresas de tecnologia no futuro. Mais do que esperar ficar doente para esperar um diagnóstico e um tratamento/cura, a medicina está se transformando em “alguém” que nos conhece muito bem 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Através de dispositivos e serviços de monitoramento de saúde, comportamentos e hábitos serão analisados, como um padrão de sono, alimentação, nível de atividade física, respiração, batimentos cardíacos etc. Dessa forma, pequenas alterações, muitas vezes imperceptíveis pelo usuário, podem ser detectadas e analisadas como um possível problema de saúde iminente.
Dispositivos como smartwatches ou implantes subcutâneos podem alertar seus usuários sobre o surgimento precoce de um ataque cardíaco, por exemplo, a tempo suficiente para dar entrada em um hospital, antes mesmo de algum estrago maior ocorrer. Há também a possibilidade de alertarem para quando um paciente precisa praticar mais atividades físicas, ou avisar precocemente quando os níveis de cálcio e músculos estarão enfraquecidos, a ponto de ocasionar possíveis quedas ao usuário dentro de x anos.
E esse tipo de tecnologia não está tão longe de se tornar realidade, não. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) desenvolveu para a Copa do Mundo de 2022 um anel inteligente, em parceria com a startup finlandesa Oura, capaz de detectar hábitos e comportamentos dos jogadores da seleção brasileira, como frequência cardíaca e qualidade e tempo de sono, que tem um impacto direto no desempenho do atleta.
A quantidade de dados capturada por um dispositivo como esse é enorme, possibilitando a predição de doenças, complicações de saúde, ou até mesmo passes de jogo. Se der certo, o anel inteligente utilizado na copa pode identificar e melhorar habilidades em campo para os jogadores.
Fato é, estamos vivendo na era dos dados. Não há segmento no mercado que não seja contemplado pela análise de informações dos clientes e usuários, e alguns são mais fortes do que outros. A medicina é, sem sombra de dúvidas, um protagonista neste meio.
Muitas Big Techs estão adentrando no ramo da saúde pela primeira vez, como é o caso da Apple, que já adentrou diversas vezes no mercado, como quando anunciou o Attain, aplicativo de saúde em parceria com a empresa estadunidense Atena especializada em planos de saúde, para usuários do Apple Watch.
Anteriormente, a Apple já havia adquirido a startup Gliimpse em 2016, com a intenção de colocar a saúde do usuário dentro de um smartphone. Em 2018, a empresa da maçã deu continuidade a um projeto abandonado pelo Google e criou o Health Records, permitindo ao usuário arquivar todo seu histórico de informações médicas.
E mesmo para quem não escolhe assinar e participar de nenhum dos serviços de saúde da empresa, os usuários de iPhone “ganham” o aplicativo Saúde instalado automaticamente quando adquirem um smartphone da Apple. O Saúde da Apple é, provavelmente, um dos maiores captadores de dados de saúde da atualidade, em um único app.
Para além de grandes empresas de tecnologia se transformando em empresas de saúde, temos um grande crescimento e surgimento de startups no setor. Aqui no Brasil, o LinkedIn fez um levantamento das 15 startups em alta no ano de 2022, das quais 4 oferecem serviços e seguros na área de saúde. A busca por consultas médicas online disparou na pandemia, e parece ter vindo para ficar, além do agendamento e outros serviços que uma healthtech pode oferecer digitalmente.
No novo episódio do Podcast Organizações Infinitas, explicamos o case do anel da CBF detalhadamente e seus desdobramentos, bem como a nova tendência de healthtech. Entenda tudo assistindo ao episódio:
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Produtora de conteúdo na StartSe, roteirista e organizadora do Podcast Organizações Infinitas.
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