Após receber o aporte de US$ 200 milhões do SoftBank, a bolsa de criptoativos brasileira atingiu o valuation de US$ 2,1 bilhões e se tornou o primeiro unicórnio cripto na América Latina.
Mercado Bitcoin (Foto: divulgação Mercado Bitcoin)
, jornalista
9 min
•
1 jul 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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A holding 2TM, dona do Mercado Bitcoin, recebeu o aporte de US$ 200 milhões do SoftBank, que avaliou a plataforma de negociação de bitcoins e criptomoedas em US$ 2,1 bilhões. O investimento a torna o primeiro unicórnio cripto na América Latina.
O objetivo é usar os recursos para ampliar a oferta de produtos, “investindo em infraestrutura para atender a crescente demanda por criptoativos na região", disse a empresa em comunicado. Além disso, vai permitir acelerar o crescimento das outras empresas do conglomerado (veja no tópico abaixo).
No início deste ano, a companhia recebeu a injeção — valor não divulgado — da rodada Série A, que foi liderada pelo G2D/GP Investments e Parallax Ventures, com a participação da HS Investimentos, Gear Ventures, Évora, Genial, JPMorgan e DealMake.
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Este é o maior investimento feito pelo conglomerado japonês em uma empresa de cripto da América Latina. “As criptomoedas têm um potencial incrível na região e estamos ansiosos para fazer parte dessa jornada”, disse em nota Marcelo Claure, CEO do SoftBank Group International e COO do SoftBank Group.
E não é à toa: a companhia brasileira tem apresentado bons resultados nos últimos tempos. Apenas no ano passado, por exemplo, teve crescimento e atingiu a marca de 2,8 milhões de clientes — o equivalente a 70% do número de investidores pessoa física na bolsa de valores brasileira, segundo o Grupo 2TM.
Já entre janeiro e maio de 2021, foram conquistados 700 mil novos clientes. Além disso, “durante o mesmo período, a plataforma alcançou R$ 25 bilhões em volume transacionado, mais do que todo o valor registrado nos sete primeiros anos do negócio”, diz a empresa em nota.
"Nós ficamos impressionados pela compreensão que o Grupo 2TM tem do ecossistema brasileiro e da contribuição para a discussão em curso, sobre o ambiente regulatório no Brasil. Esses elementos colocaram a empresa não só como líder no país, mas como um player fundamental para atender essa revolução do Blockchain em toda a América Latina”, afirma Claure.
“Essa rodada Série B é fundamental para o Grupo seguir investindo na sua infraestrutura, atendendo a crescente demanda do mercado financeiro por soluções baseadas no uso do Blockchain. Ter o Softbank Latin American Fund conosco será fundamental para concretizar essa ambição", diz Roberto Dagnoni, Executive Chairman e CEO do Grupo 2TM.
O Mercado Bitcoin foi a primeira empresa de cripto no Brasil. Foi fundado, em 2013, pelos irmãos Gustavo e Mauricio Chamati. A companhia faz parte da holding Grupo 2TM, controladora de uma série de empresas focadas em serviços baseados em ativos digitais. No entanto, o Mercado Bitcoin é a principal empresa do grupo.
Também fazem parte do conglomerado, o Meubank, conta de pagamentos e carteira digital — em processo de autorização de licença pelo Banco Central —; a Bitrust, custodiante digital qualificada — aguardando aprovação da CVM —; a Clearbook, plataforma de equity crowdfunding; o MBDA, tokenizadora de ativos; a Mezapro, provedora de serviços para investidores institucionais, e a Blockchain Academy, braço educacional do Grupo.
“O Mercado Bitcoin e as empresas do Grupo 2TM já demonstraram a capacidade de inovar e liderar a indústria. Nós desenvolvemos uma infraestrutura de mercado absolutamente escalável e nos tornamos a empresa mais relevante do setor. Essa posição privilegiada nos permitiu capturar e aproveitar o interesse em cripto que estamos vendo no Brasil e na América Latina. E é esse interesse que permitiu a expansão de nossa presença de mercado ao longo do último ano criando uma avenida relevante de crescimento para o futuro”, diz Gustavo Chamati, co-fundador do Mercado Bitcoin e membro do Conselho do Grupo 2TM.
Trata-se de uma estratégia ousada do SoftBank. Isso porque, apesar dos resultados promissores do Mercado Bitcoin (veja no tópico acima), regiões como a China, a Grã-Bretanha e o Japão lançaram uma série de restrições regulatórias às criptomoedas — o que levou a saída de fundos e produtos de investimento em cripto nas últimas semanas e trouxe a incerteza do negócio.
O Bitcoin, por exemplo, vale cerca de menos 50% do que há três meses, quando atingiu a sua máxima histórica de US$ 64,8 mil em abril deste ano. Essa queda assustou os investidores e trouxe pessimismo em relação ao futuro.
Em termos de empresas do mesmo segmento, a Coinbase, maior exchange americana de criptomoedas, se destaca. Atualmente é avaliada em US$ 52 bilhões e fez seu IPO na Nasdaq em abril deste ano.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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