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O mercado de anúncios digitais mudou: a sua empresa está preparada para esta mudança?

Saiba como se preparar para a nova realidade de anúncios digitais e como os principais rivais ameaçam a dominação de Google e Facebook!

O mercado de anúncios digitais mudou: a sua empresa está preparada para esta mudança?

Mulher trabalhando em home office (Foto: tolgart via Getty Images)

, Colunista

9 min

19 jan 2023

Atualizado: 25 mai 2023

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Não é nenhuma novidade que o grupo Alphabet (Google) e o grupo Meta (Facebook e Instagram) sempre dominaram o mercado de anúncios. E também não é novidade que os anúncios digitais vêm crescendo de forma exponencial nos últimos anos.

Antigamente, era muito difícil encontrar um concorrente que oferecesse real perigo ao domínio dessa dupla. Mas novos rivais começaram a ameaçar a soberania dessas empresas: Amazon, TikTok, Microsoft, Apple, Netflix.

E, assim, pela primeira vez desde 2014, a dupla deixou de dominar o mercado sozinha: os investimentos nestas plataformas fecharia 2022 em 48,4%, de acordo com estimativas do Insider Intelligence Inc. Após 2014, eles sempre tinham a maior concentração de investimentos em mídia digital do mercado, ou seja, sempre superavam, juntas, os 50% de investimentos.

Insider Intelligence ainda espera que esse número caia para 44.9% em 2023, apesar de os investimentos em anúncios nessas empresas ter subido um pouco.

Outro motivo que impactou os anúncios em redes sociais

Sempre houve uma forte pressão para a regulação dos dados usados na internet, para manter a privacidade das pessoas. E os anúncios eram muito mais bem-direcionados quando os dados estavam “ali”, prontos para segmentar os anúncios. 

Contudo, a partir da implementação da Lei Geral de Proteção de Dados, a LGPD, o jogo começou a mudar. 

A Apple fez uma atualização em 2021, em que o seu sistema operacional (iOS) começou a perguntar aos usuários se as suas atividades poderiam ser rastreadas entre os aplicativos. E aí… a maioria dos usuários de iPhone escolheu que não. Isso complicou bastante a vida da Meta, já que ficou mais difícil rastrear a jornada do cliente e, portanto, os seus hábitos. 

Outro fator foi a pandemia. Durante cerca de 2 anos, as pessoas ficaram parte do tempo "trancadas" em casa. Assim, sem opções de diversão externa, elas passavam muito tempo na internet. Ao diminuírem ou cessarem as restrições à pandemia, o tempo on-line acabou sendo reduzido e os anunciantes começaram a pagar mais para atingir a mesma quantidade de pessoas.


A subida da concorrência

Com tantas opções para diversão online nos dias de hoje, muitas pessoas não ficam mais tanto tempo nas redes sociais, pois jogam, assistem a filmes, séries.

Assim, o TikTok, que é focado em vídeos curtos, mexeu bastante com a audiência do Instagram, fazendo com que a Meta inserisse os Reels, para tentar enfrentá-lo.

Mas o TikTok cresce cada vez mais, principalmente entre o público jovem e, em 2019, começou a vender anúncios também. A plataforma utiliza inteligência artificial para segmentar os anúncios, atingindo um público mais relevante para os anúncios/campanhas criados. 

Já a Amazon criou o Amazon Ads em 2015. De acordo com a empresa, “o Amazon Ads permite criar anúncios extremamente segmentados, o que aumenta as chances de que eles sejam visto por seus clientes em potencial e, consequentemente, se converta em mais vendas.”

A empresa ainda afirma possuir dados valiosos sobre o comportamento de seus consumidores que, com o auxílio de algoritmos sofisticados, faz com que os anúncios sejam mais efetivos. 

E o melhor: além de poder fazer anúncios da sua empresa dentro do Marketplace da Amazon, você também pode anunciar produtos da Amazon no blog ou site da sua empresa e ganhar uma comissãozinha, quando alguém comprar pelo seu link.

Ícone do Facebook no celular (foto: Brett Jordan/Unsplash)

Migração para outras plataformas

Muitas empresas já começaram a dividir a sua verba de anúncios do Meta com o TikTok. Outras estão dividindo entre várias empresas, como as citadas acima. 

Qual deve ser a estratégia da minha empresa, então? Diversificação. É como a velha teoria de não colocar todos os ovos na mesma cesta, sabe?

E também a de não construir sua casa em terreno alugado. Pelo menos em um único, no caso.

Apesar de começar a existir uma tendência de pulverização, você não deve sair dividindo a sua verba de marketing entre todas as redes/plataformas que existem e as que venham a surgir.  

Você deve avaliar, estrategicamente, em que redes/plataformas/serviços de stream etc. a sua empresa deve estar presente e se faz sentido investir nelas ou se a empresa só vai surfar a onda, mesmo que os locais não sejam adequados para o seu público-alvo. 

Lembre-se: investir em algo que não faça sentido não é estratégia, é perda de tempo e de dinheiro, que poderiam ter uma utilização mais útil e rentável.

E aí? A sua empresa já está avaliando novas opções no mercado? Conta pra gente.

Leitura recomendada

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Executiva de Marketing, com mais de 20 anos de experiência, tanto online quanto offline; com atuação internacional em diversos países. Escreve na StartSe sobre as principais tendências do setor.

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