São Paulo será a primeira cidade a receber os veículos. Saiba por que a empresa mira a região e o que você pode aprender com a estratégia da montadora.
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4 min
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26 ago 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Sabrina Bezerra
O objetivo é que a partir de 2022, os ônibus elétricos que serão fabricados pela Mercedes-Benz no Brasil comecem a rodar pelas vias de São Paulo. Chamados de eO500U, o primeiro chassi de ônibus elétrico, será feito na unidade de São Bernardo do Campo (SP), e é fruto de um investimento milionário. Isso mesmo. A empresa investiu cerca de R$ 100 milhões no projeto.
Os engenheiros da Daimler — dona da marca na Alemanha onde os testes estão avançados — vão apoiar e dar suporte para as equipes brasileiras. No entanto, Karl Deppen, presidente da operação brasileira da Mercedes-Benz, disse durante o anúncio que para a tecnologia ganhar tração, é preciso investimento em infraestrutura também no país.
"Para que os benefícios tecnológicos aplicados à mobilidade urbana sejam agregados ao desenvolvimento social e econômico das cidades, é imprescindível que o Brasil e a América Latina também preparem a sua infraestrutura para a operação dos veículos elétricos", conta o executivo.
O veículo — considerado como o primeiro ônibus urbano a ser produzido e vendido no país — terá cerca de 13,2 metros de comprimento, 29 assentos e capacidade para 83 passageiros.
O sistema de recarga das baterias será do tipo plug-in e poderá ser carregada em três horas. Sua autonomia chegará a 250 km, segundo a companhia, é a maior entre ônibus elétricos no Brasil.
“O painel de instrumentos é totalmente novo para se adequar às novas necessidades de controle e traz informações específicas do motor elétrico, das baterias e dos demais sistemas eletrônicos”, diz a empresa em comunicado.
“O eO500U é uma […] alternativa sustentável para a mobilidade urbana aliada à eficiência tecnológica e econômica para as empresas de ônibus e gestores do transporte coletivo”, diz Walter Barbosa, diretor de Vendas e Marketing Ônibus da Mercedes-Benz do Brasil.
Além disso, a montadora vai oferecer consultoria especializada para as empresas de ônibus e aos gestores do transporte coletivo urbano “no que se refere ao funcionamento do veículo, à infraestrutura de abastecimento de energia e de recarga das baterias e à gestão de frota com ônibus elétricos.”
O objetivo é exportar também para outros continentes.
Os veículos elétricos estão ganhando, cada vez mais, espaço na mobilidade. Essa crescente vai ao encontro da Agenda 2030 e da pauta ESG. Não é à toa que a Mercedes-Benz está desembolsando um baita investimento para eletrificar os veículos — solução mais sustentável para o meio ambiente.
Mas você deve estar questionando por que apostar em ônibus, e a resposta é simples: a legislação 16.802, de 2017, da cidade de São Paulo, — região que é foco da companhia — determina que os ônibus que circulam pela cidade deverão poluir 50% menos até 2027 e 100% até 2037.
Quando olhamos para este cenário, é possível observar que, com a lei, a troca dos veículos tradicionais por menos poluentes representa um volume significativo.
O que podemos aprender com isso? A sacada da Mercedes. Veja: a empresa está enxergando novos possíveis negócios a partir de uma legislação. Eis a importância em ficar de olho nas tendências e regulamentações das regiões.
Além disso, embora a cidade em geral não tenha (ao menos por enquanto) infraestrutura tecnológica (como citado no início deste texto), como por exemplo, postos de recarga das baterias, no caso dos ônibus não seria um problema. Visto que os equipamentos poderiam ser instalados nos próprios pátios e garagem dos veículos.
Outro ponto para observar é que as marcas de mobilidade vão focar apenas em carros elétricos a partir de 2030. Seria o fim dos carros a combustão? Saiba mais sobre essa história aqui. E seguimos acompanhando as novidades.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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