Entenda porque esse sistema é fundamental em qualquer negócio e como aplicá-lo da forma correta
3 pessoas batendo palmas para um colega de trabalho (Fonte: Getty Images)
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Por Ana Julia Guimarães
Muito se fala em meritocracia nos dias de hoje. Seja nas empresas, na carreira ou no desenvolvimento pessoal, é um conceito que cada vez mais pessoas querem entender e aplicar. Mas é fundamental entender exatamente o que isso significa.
A meritocracia nas empresas é a valorização dos funcionários conforme o seu nível de desempenho. Além de bonificar, a ideia é promover e valorizar o trabalho de quem está realmente dedicado e tem o que chamamos na nova economia de "senso de dono".
A expressão tem a ver não somente com a vontade do funcionário de superar as suas metas e trabalhar conforme o seu escopo, mas com o desenvolvimento de uma análise 360° dos negócios. Isso faz com que ele se torne completo e essencial para que o planejamento da empresa, além de estar conectado com todas as áreas.
A política de meritocracia nas empresas infere que todos partem de um mesmo princípio, ou seja, de um mesmo ambiente em que os colaboradores possuam de fato oportunidades iguais.
A partir disso, um sistema claro de acompanhamento deve existir. Por exemplo, uma avaliação feita a cada semestre (o tempo a depender da empresa) em que vários critérios pré-estabelecidos são avaliados por colegas do mesmo time, gestor e áreas conectadas. Os critérios podem ser prazos cumpridos, cultura, produtividade, pontualidade, etc.
Após esse processo, o funcionário recebe seu reconhecimento conforme a nota. Logo, mais interesse e vontade de se destacar! Algo extremamente benéfico para a empresa e desenvolvimento dos colaboradores.
Está nos dados: A FGV realizou uma pesquisa com 149 empresas e constatou que, dentre elas, as que investem em modelos de cumprimento de metas e que dividem melhor os seus ganhos conseguiram gerar maior valor e lucro.
A política de gestão de mérito já está em prática nos Estados Unidos, Europa e ganha força no Brasil dentro de grandes nomes como Ambev, Natura, Magazine Luiza, HP, Johnson & Johnson e Itaú.
A fintech Cora também é um dos nomes que valorizam a meritocracia no mercado de trabalho. Mais do que promover, a empresa tornou quase todos os seus funcionários sócios – e isso aconteceu após a notícia de captação de mais de 600 milhões, ou seja, após a dedicação interna de cada um para que o resultado esperado chegasse.
E, claro, a StartSe. Nós dividimos o lucro líquido em forma de PLR dentre todos os funcionários e também adotamos o método de partnership.
Assim como qualquer regra de cultura em uma empresa, é necessário que todos os funcionários estejam preparados para receber esse sistema de recompensas. Afinal, não será mais regra o funcionário de longa data receber mais que os mais jovens de casa; ou o gestor ganhar mais que o seu liderado como bonificação. Será uma visão horizontal em que todos estão suscetíveis ao destaque.
Portanto, para que o sistema não se torne apenas uma "fachada", é necessário seguir criteriosamente a mesma análise para todos. Além disso, nem precisamos mencionar que as gratificações baseadas em pontos extraprofissionais como parentesco e favoritismo podem trazer o efeito contrário para o planejamento.
Os funcionários precisam saber muito bem o que é esperado por eles através de uma comunicação clara e transparente.
Para isso, separamos algumas 4 dicas essenciais!
Sabemos que as empresas possuem um limite de aumento de salário ou promoções internas, portanto, antes de iniciar a política de meritocracia, estude quais são as possibilidades de "premiações" que os colaboradores podem ter e deixe isso super transparente para todos.
Já existem empresas que oferecem cupons de desconto em restaurantes ou viagens no fim do ano. Que tal? É importante que os acordos sejam cumpridos ou isso pode desmotivar os seus colaboradores.
Não basta cobrar o desempenho de todos da mesma maneira. É necessário identificar as condições e dificuldades de cada um para desenvolver a melhor estratégia para superá-los. A ideia não é punir a baixa performance, mas incentivar a evolução e recompensar pelos resultados.
Além de estimular os colaboradores com as comissões, é necessário criar estratégias de engajamento. Como por exemplo, através do reconhecimento mensal de um funcionário que está se destacando em uma reunião importante.
Ou mesmo com a construção de uma plataforma da empresa em que eles consigam desenhar o seu plano de carreira junto aos líderes.
Caso não tenha uma plataforma para acompanhamento de metas, é necessário que o líder de cada área seja responsável por isso. Afinal, ele que está convivendo com o seu time e com certeza sabe quem está tendo maior desempenho ou não.
Além disso, um líder pode escolher dar um aumento de salário para uma pessoa que está fazendo um trabalho incrível, mas por alguma razão não está batendo as metas - elas podem ser grandes demais ou dependem de outra área para funcionar.
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