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Qual é a nova estratégia da Meta para bombar o WhatsApp?

Meta quer fazer de 2024 o “ano do WhatsApp” no mercado norte-americano por meio de parcerias

Qual é a nova estratégia da Meta para bombar o WhatsApp?

Whatsapp (foto: Getty)

, conteúdo exclusivo

5 min

29 abr 2024

Atualizado: 29 abr 2024

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No Brasil e em diversos outros mercados no mundo - o maior é a Índia - o WhatsApp já é praticamente uma unanimidade há um bom tempo, tanto que ele cada vez mais tem se fixado como uma plataforma para serviços e aplicações de startups. Porém, nos EUA o desafio de popularizar o WhatsApp é algo que a Meta enfrenta há anos.

Contudo, parece que as coisas estão mudando, e a companhia de Mark Zuckerberg tem um plano para acelerar esta transformação.

Segundo Auri Korva, manager da Meta para parcerias estratégicas do WhatsApp, os EUA se tornaram um dos mercados que mais cresceram para o app, baseado especialmente nas comunidades latinas que residem no país. "Nos últimos três anos, figuramos entre os apps mais baixados para iOS e Android no pais", destacou o executivo em uma conferência realizada em Miami na semana passada.

“Estamos crescendo muito rápido. Não estamos no mesmo nível de outros países do mundo, onde o WhatsApp é a principal forma de comunicação das pessoas através de mensagens, mas estamos chegando lá", destacou Auri. Só para fins de comparação, no Brasil o WhatsApp é o campeão absoluto de usuários neste tipo de plataforma, com cerca de 150 milhões de usuários.

Segundo dados da Doorfinder, atualmente cerca de 98 milhões de usuários tem o WhatsApp em seu telefone nos EUA. No ranking de apps de mensagem na terra do Tio Sam, é o quarto lugar, ficando atrás do Snapchat (116 milhões) e de dois outros apps da própria meta - Facebook Messenger (139 milhões) e Instagram Direct (170 milhões).

Entretanto, para o WhatsApp, os números tem o potencial de mudar rápido, especialmente na conversão de novos usuários e na adoção do app como ferramenta de marketing conversacional a partir de ferramentas de IA.

“No ano passado, lançamos pilotos para diferentes casos de uso”, revelou Korva. “Nosso objetivo era ver se o mercado dos EUA adotaria nossa plataforma de negócios com tanto sucesso quanto outros mercados. Envolvemos grandes nomes e já tivemos exemplos de sucesso. Portanto, tudo parece cheio de promessas”, completou.

É um movimento e tanto, ainda mais levando em consideração que antes da pandemia a penetração do WhatsApp no mercado norte-americano era relativamente baixa - em 2019, eram pouco mais de 50 milhões de usuários. Contudo, parece que a Meta quer mesmo botar o pé no acelerador - aliás, Mark Zuckerberg anunciou no último relatório trimestral da empresa que 2024 "será o ano do WhatsApp nos EUA".

O empurrão a partir de grandes empresas já começou, com nomes populares como DoorDash, Wendy’s, Domino's, e Volvo já fazendo campanhas e canais de relacionamento via WhatsApp. Alguns dos pilotos ainda estão em vigor e a Meta ainda não tem resultados finais. Mas “as campanhas correram melhor do que com os negócios normais”, sublinhou Auri. “A mudança não acontece por si só: precisamos estimular”, finalizou.

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