Para atingir patamar similar ao mercado de startups dos EUA, seria preciso multiplicar por 15 o volume investido em early-stage no Brasil.
Pedro Carneiro, sócio e diretor da ACE Ventures, afirma: "o primeiro estágio é, normalmente, o mais punitivo. A maioria das empresas fica no early-stage". (Foto: ACE Ventures/Divulgação).
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12 out 2023
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Atualizado: 12 out 2023
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O Brasil perde, de longe, para os EUA quando o assunto é investimento em startups. Os norte-americanos levantaram US$ 245 bilhões para startups em 2022, comparado a US$ 4 bilhões no Brasil.
Por isso, há uma diferença no perfil dos investidores dos dois países, na maturidade dos negócios e nas oportunidades de saída para investidores.
De acordo com o estudo “Venture Capital – Master Guide” produzido pela ACE Ventures, Softbank e Emerging VC Fellows, para atingir patamar similar ao mercado de startups dos EUA, seria preciso multiplicar por 15 o volume investido em early-stage no Brasil.
Essa previsão dos analistas levou em conta o número de startups fundadas, deals no valor de até US$ 1 milhão e o número de IPOs realizados nos dois mercados.
Outro fator relevante revelado pelo estudo é que há menor atratividade em noticiar rodadas menores e dar destaque para esses deals. Em geral, Pedro Carneiro, diretor de investimentos da ACE Ventures afirma:
“Os empreendedores nos estágios iniciais são os menos representados na mídia e nos estudos. É muito mais comum encontrar notícias das super rodadas. Todo mundo fica sabendo de quem levantou US$ 200 milhões. Quase ninguém sabe dos que captaram US$ 500 mil, porque o nível de exposição é muito diferente.”
Apesar do momento de ajustes enfrentado pelo segmento de mercado, a expectativa é positiva quando observada uma janela de três a cinco anos. Os empreendedores terão passado por momentos de alta volatilidade e negócios com maior potencial de retorno são criados justamente nos momentos de dificuldades.
No mesmo estudo, foi identificado que quase 50% das startups são auto-financiadas. Segundo Pedro:
“Metade das empresas nunca vai receber dinheiro do mercado venture capital, o que não só mostra um pouco de como é o perfil empreendedor brasileiro, como também indica que o primeiro estágio é, normalmente, o mais punitivo. A maioria das empresas fica no early-stage.”
Sobre os investidores, 66% afirmou ter mantido a média no número de investimentos; 20% disse ter aumentado o valor aportado por negócio; e 14% disseram ter reduzido os valores investidos por startup. Para receber uma rodada, da primeira conversa ao dinheiro na conta, o menor período reportado foi de 10 dias e o mais longo 2 anos – a média ficou em 4 meses.
Independentemente do momento da startup, os VCs afirmam que a avaliação de perfil dos fundadores é o ponto de partida para qualquer investimento. E também são citadas a experiência dos founders no mercado (70%), fit do produto (20%) e potencial de mercado (10%) como critérios de prioridade para investimento.
Na Captable, qualquer um pode investir em startups com os diferentes tipos de veículos de investimento e potencializar as chances de ver a investida crescer. A validação dada pelos players externos também reforça a imagem dos deals frente ao mercado e alarga a avenida de captação disponível para empreendedores com o sonho de construir um grande negócio. Conheça as oportunidades disponíveis e cadastre-se.
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Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
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