Acordo representa um marco no novo movimento de mercado sendo formado entre Big Techs e mercado de ações
Microsoft (Christophe Morin/IP3 / Colaborador via Getty Images)
, Produção de Conteúdo
6 min
•
23 dez 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Recentemente, a Microsoft anunciou a compra das ações do consórcio Blackstone/Thomson Reuters, resultando na participação de 4% na London Stock Exchange Group (LSEG), a bolsa de valores de Londres. Isso dá cerca de US$ 2,8 bilhões de dólares desembolsados pela empresa.
No acordo, a LSEG gastará o mesmo valor em serviços de nuvem da Microsoft pela próxima década. O acordo funciona quase como uma Joint Venture, onde ambos os lados interessados se unem em um projeto ou atividade comercial com viés de expansão, que acaba sendo lucrativo para todos os envolvidos.
Para a Microsoft, o acordo é muito benéfico, pois obriga todas as operações da bolsa de valores londrina migrar para seus serviços de armazenamento e nuvem do Microsoft 365 e Microsoft Teams. Além disso, a empresa garantiu trabalhar na criação de uma nova plataforma desenvolvida especificamente para atender às necessidades financeiras de análises e serviços da bolsa.
Para além do acordo com a LSEG, a parceria permitirá que a Microsoft tenha acesso a uma série de dados e infraestruturas presentes na grande maioria dos bancos e instituições financeiras do mundo, o que, segundo David Schwimmer, CEO da LSEG, pode gerar um lucro esperado de 5 bilhões para a Microsoft nos próximos anos.
Já para a bolsa de valores de Londres, é esperado um aumento significativo de receitas após 2 anos do acordo (2025), uma vez que a integração de sua plataforma com os serviços Microsoft visa aumentar a base de clientes, oferecendo-lhes o melhor custo-benefício.
Mesmo Microsoft e LSEG tendo um relacionamento longo, só agora que resolveram firmar um acordo, a partir de conversas e alinhamentos estratégicos que iniciaram-se há cerca de um ano.
O cenário é propício e convidativo para empresas de tecnologia que possuem serviços de armazenamento e nuvem, orientadas para dados. Falamos, mais do que nunca, em captar e analisar dados e informações de usuários e clientes que, atualmente, são essenciais para entender os padrões de consumo do público e oferecê-los o melhor serviço e produto possível, juntamente com sua experiência de cliente.
Na era dos dados então, nota-se o início de um movimento surgindo, em que empresas de tecnologia e bolsas de valores se unem em projetos de expansão. No ano de 2021, a Amazon anunciou uma parceria com a NASDAQ, uma das maiores bolsas de valores dos Estados Unidos e do mundo, onde integrou seus serviços de nuvem, AWS à bolsa. Desde então, a AWS não parou de crescer.
No mesmo período, a Alphabet, empresa controladora do Google, fez um acordo com a bolsa de Chicago. A Microsoft, certamente, não iria ficar de fora e ignorar os sinais da concorrência.
“Continuaremos a manter nossa estratégia multinuvem e a trabalhar com outros provedores”, disse Schwimmer, que também falou sobre a parceria ser interessante para se colher benefícios de preço baseados no consumo, além de trabalhar com os dados.
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Produtora de conteúdo na StartSe, roteirista e organizadora do Podcast Organizações Infinitas.
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