De felicidade no trabalho à Inteligência Artificial: confira os movimentos do mercado corporativo

Por Ana Guimarães, Camila Petry e Sabrina Bezerra 

O que você faz para potencializar a sua carreira ou o seu negócio? Ou mesmo para engajar o seu time? “Se eu pudesse dar alguns conselhos: tenha responsabilidade, seja uma pessoa proativa e não espere que as coisas vão cair do céu”, diz Doron Gavish, criador do Iron Dome, sistema de defesa israelense contra mísseis.

“Além disso, não pense apenas em dinheiro. Quando é só ganhar dinheiro, não faz sentido. Claro que grana é importante, mas mantenha os seus valores”, completa. “E, por fim, [quando a Síndrome do Impostor bater], acredite em você mesmo”, finaliza.

Mas afinal, quando o assunto é carreira, liderança e gestão de pessoas, quais são os principais movimentos que estão acontecendo no mercado de trabalho e que você precisa ficar de olho? Agora, confira a curadoria do SVWC:

Novo cargo: Head of People Future

Focados em fundir a parte de Analytics com people e ter um time trabalhando junto desde a concepção e origem do dado até a parte de análises e insights, o iFood criou o cargo de Head of People Future. A proposta é “resolver os problemas por meio de dados, tecnologia e inovação”, explicou Eduardo Corazzin, Head of People Future do iFood. 

Eles uniram people tech, people innovation e people analytics, trabalhando com fusion teams (que são times multidisciplinares) orientados ao cliente e com ambidestria. 

E como isso tem funcionado na prática? O futuro do RH está sendo construído e tendências se desdobram o tempo todo. Como o ChatGPT (LLMs no geral) está no foco, eles criaram uma formação interna e saíram com 31 ideias de como usar IA no RH.

Eles destacaram na palestra a necessidade de atenção aos vieses produzidos pela IA. Em avaliações de desempenho, “um homem branco tinha 32% mais chances de ser bem avaliado do que uma mulher negra”, explica Eduardo. Hoje, os vieses são identificados e ajustados para não serem replicados.

Inteligência Artificial e felicidade no trabalho

Muita gente tem medo do futuro distópico que a Inteligência Artificial está criando, inclusive por tornar as relações mais superficiais. Mas e se a gente usar a tecnologia em prol das pessoas? É isso que Renato Barbosa, fundador da Gria, tem feito. 

Depois de chegar na carreira dos sonhos, o burnout veio junto e ele entendeu que estava incompleto. Pesquisando o tema a fundo, percebeu que as pessoas estão tristes no trabalho (é o que as pesquisas mostram), transformando em happy hour apenas o momento pós-expediente. Ninguém aguenta, né?

Por isso, ele diz que 1 em cada 4 pessoas já teve ou terá um burnout em breve. Com a Gria, é possível detectar as características; comportamentos e conhecimentos técnicos dos seus candidatos e time através da análise de dados que indicam os melhores caminhos para obter resultados de alto desempenho. 

Employer branding se torna prioridade em todas as áreas

“Cada vez mais, olhar para a marca do empregador se torna uma prioridade de todas as áreas da empresa. Não apenas do RH”, diz Caio Infante, um dos maiores especialistas de Employer Branding no Brasil.

Lembre-se: “experiência importa em um restaurante, certo? O mesmo vale para os colaboradores. Você precisa oferecer uma boa experiência de trabalho. (...) E isso não é sobre piscina de bolinhas”, completa.

Menos comando e controle

“O modelo do comando e controle sai e entra ‘autocomando e autocontrole’. [O chefe] não abre mão de tomar decisões, mas começa a dialogar, a conversar mais. (...) Tem mais ambidestria”, conta Sandro Magaldi, fundador do meusucesso.com e autor do livro Gestão do Amanhã.

Por que importa?

Para se tornar relevante na carreira e ser uma liderança inspiradora e que engaja, é necessário estar por dentro dos movimentos do mundo corporativo que estão fazendo a diferença. Agora, se questione: como você tem unido o aprendizado em tecnologia e liderança humanizada? Pois o segredo é a ambidestria.

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