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Mulheres são o segredo para mais oportunidades no mercado financeiro

A dinâmica de inclusão financeira está mudando, trazendo oportunidades aos mercados da América Latina, principalmente quando se trata de fintechs

Mulheres são o segredo para mais oportunidades no mercado financeiro

trilionários

, Jornalista

6 min

12 dez 2022

Atualizado: 19 mai 2023

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As transformações que marcam os negócios também pautam grandes oportunidades. “Acho que a tecnologia nos permite oferecer experiências melhores para os consumidores todos os dias. Então, no final das contas, trata-se de como trazemos soluções para melhorar a vida das pessoas”, disse Kiki Del Valle, vice-presidente de Mercado e Desenvolvimento para América Latina e Caribe da Mastercard, à StartSe.

Para ela, a América Latina é um campo aberto de oportunidades, pronto para o surgimento de bons negócios e espaço para que eles prosperarem. “Quando você olha a inclusão financeira, por exemplo, sim, o consumidor latino-americano ainda é mal atendido”, diz ela. 

E um dos públicos que está sendo desbloqueado e trazido como central a partir de iniciativas da Mastercard é o de mulheres. 

“Um banco entenderá as oportunidade de negócios para mulheres trazendo mulheres para o ecossistema financeiro.”

Oportunidade financeira

Em um levantamento feito pela empresa, o Gender Data That Matters, traz um dado impressionante: ao olhar para a inclusão da perspectiva de gênero, a Mastercard descobriu uma oportunidade de cerca de US $ 10 milhões.

Esse dado se relaciona ao Banco Pichincha, parceiro da Mastercard. Atuante no Equador, o banco percebeu que as empresas das mulheres têm necessidades de financiamento não atendidas de US$ 1,5 bilhão, representando US$ 10 milhões em potencial de receita anual adicional para o Banco Pichincha com base nas oportunidades de negócios descobertas pela análise de dados.

A Mastercard também tem focado no uso de dados fornecidos por mulheres de forma agregada para influenciar no resultado dos produtos, analisando a resposta do público e também o mercado.

O estudo aponta ainda que se mulheres e homens participassem igualmente como empreendedores, o PIB global poderia aumentar em até US$ 5 trilhões. Esse motor de crescimento, representado por mulheres em micro, pequenas e médias empresas, traduz para oportunidades de negócios significativas para provedores de serviços financeiros em todo o mundo.

“Isso é ESG? Eu te respondo que sim. É pensar em inclusão, é pensar em priorizar e ter um imperativo comercial, sabe? O que pode realmente ajudar a desbloquear uma nova oportunidade de negócio?”


De olho no futuro, Mastercard aposta em comunidade de mulheres na tecnologia

No Inovation Forum, realizado em Miami, a Mastercard lançou para a América Latina e Caribe o The Belle Block, uma iniciativa focada em educar e capacitar mulheres e indivíduos não binários em tecnologia Web3 e cripto. 

Reconhecemos que cerca de 90% do mercado cripto hoje é liderado por homens e infelizmente pagaremos por isso no futuro”, explica a executiva. Para ela, a indústria da tecnologia é uma das mais complexas para a entrada de mulheres, mas é preciso pensar em como abrir espaço e incentivar, engajando e desmistificando certas narrativas. 

“Sabemos que as mulheres, mesmo quando se trata de serviços financeiros, se saem melhor quando sentem que têm uma comunidade que as apoia, de indivíduos com ideias semelhantes e onde se sentem seguras para obviamente crescer nesse meio.”

Além do foco no fortalecimento deste grupo, é também um olhar para o potencial que ele tem. Como os ativos digitais têm o poder de transformar como os pagamentos funcionam, uma comunidade cripto garante que pessoas marginalizadas passem a ter um papel ativo no futuro dos pagamentos. 

Por que importa?

Outro estudo da Mastercard apontou o Brasil como líder no ranking de país que mais favoreceu mulheres a empreenderem em 2021. Por isso, Kiki Del Valle diz que o país ainda tem um grande espaço e potencial para o desenvolvimento na área de finanças, apostando em rapidez, segurança e facilidade para as pessoas usuárias. 

Ao olhar o gap de gênero, quais possibilidades se desenham para os negócios e podem disruptar ainda em 2023? A Mastercard está de olho e fazendo parcerias com empresas e fintechs que operam a partir de novos olhares. Abrir mercado para mulheres é um deles. 

Por isso, o que Kiki sugere é que as fintechs permaneçam ágeis e flexíveis para contar com os parceiros certos para desenvolver o setor. 

 

*Jornalista viajou a convite da Mastercard

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Imagem de perfil do redator

Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.

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