Na coluna de estreia, Tiago Forjaz analisa como as empresas e as lideranças não devem medir o seu sucesso pelo número de pessoas que têm, pela antiguidade, nem mesmo pelas taxas de promoção. Entenda!
Pessoas em reunião (Foto: Canva)
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5 min
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25 out 2023
•
Atualizado: 25 out 2023
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Por Tiago Forjaz*
Lembro-me de ter lido o livro "A Guerra pelo Talento". Para mim, marcou uma era de estratégias agressivas que os líderes e as empresas usavam para contratar os melhores.
Todas as empresas jogavam o jogo de “acumulação” de talentos. Os CEOs ostentavam a quantidade de talentos valorizados e reconhecidos nas suas equipes, como se fosse uma coleção de cartões de beisebol.
Embora não haja um limite para o potencial humano, acredito que essas empresas tinham menos capacidade de "explorá-los" (aos limites), e por isso naturalmente não conseguiam retê-los a todos.
Até hoje (acredito que por razões diferentes), a retenção de talentos é uma das preocupações mais comuns das lideranças. Eu gosto de dizer: não se pode reter o talento, só se pode entretê-lo.
Não é apenas um jogo de palavras. Desde que o ser humano interage com telas que o entretenimento esteve sempre presente.
Por isso, agora que vivemos numa nova era de trabalho (remoto), em que as pessoas precisam de se sentir desafiadas e trabalhar num ambiente digital, onde é fácil ficar entediado, as nossas interações online estão longe de serem material "Netflix".
Essa pode ser uma das razões pelas quais as pessoas também fazem mudar de empresas com tanta facilidade, mas na minha opinião, o que aconteceu é um pouco mais profundo.
As pessoas não querem sentir-se propriedade das empresas, não querem ser tratadas como mercadorias ociosas, sentadas num armazém à espera que o departamento de RH ou o CEO se lembre delas para fazer um projeto, com se de um passeio de domingo se tratasse.
Eu acredito que o paradigma mudou. As empresas e os líderes não devem medir o seu sucesso pelo número de pessoas que têm, pela antiguidade, nem mesmo pelas taxas de promoção.
Mas sim pela capacidade de abraçarem e integrarem rapidamente os talentos que aprendem mais, melhor e com mais prazer.
É preciso aceitar que nunca temos a equipe perfeita. Até os treinadores das grandes equipes de futebol aceitam o fluxo permanente de jogadores.
Algumas empresas já perceberam que só devem recrutar e tentar entreter pessoas que tenham boa “agilidade de aprendizagem”.
Essas acabam por ser melhores líderes. Por outro lado devem “alugar” os especialistas conforme sejam necessários, e por períodos curtos e intensos. Como é que seria gerir a tua empresa se aceitasses que o talento está em fluxo permanente?
*Este artigo não representa a opinião da StartSe; a responsabilidade é do autor.
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