O hype de NFT passou? Entenda as transformações deste mercado
Foto: VladSt/Getty Images
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5 min
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10 mai 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Tainá Freitas
NFT foi a palavra do ano de 2021, segundo o Dicionário Collins. Mas, mais do que a palavra do ano, os tokens não fungíveis viraram manchetes por conta das cifras milionárias. O meme Nyan Cat – do gato com arco-irís – foi vendido pelo equivalente a US$ 590 mil, por exemplo.
Agora, passada a euforia, especialistas estão analisando o presente e futuro deste mercado. Os jogos online, como o Axie Infinity, continuarão movimentando o setor de NFTs? Artistas seguirão criando artes digitais em forma de NFT?
Grandes mudanças aconteceram no último trimestre de 2021 para o primeiro trimestre deste ano. De acordo com um relatório do NonFungible, o número de vendas de NFTs caiu quase pela metade: de 14.040.708 para 7.447.473 – uma queda de 46,96%.
De janeiro até março de 2022, diminuiu também o número de compradores e vendedores de NFTs. A queda de compradores foi de 30,91%; e a de vendedores, 15,61%.
Ao mesmo tempo, o preço médio de cada NFT saiu de US$ 587 para US$ 1.057. Aparentemente, este é um momento de estabilização após o hype do ano passado.
Não é novidade: a volatilidade faz parte da natureza das criptomoedas, as mesmas criptomoedas que são usadas na compra e venda de NFTs. No entanto, segundo o relatório, o mercado de NFTs tem sido mais estável do que o Ether, moeda popularmente utilizada.
A maior fatia de uso de NFT continua sendo nos jogos, seguindo pelas coleções (como Bored Ape, CryptoPunks, entre outras). O metaverso, uma das grandes apostas deste setor, deteve apenas 1% do uso no primeiro trimestre de 2021.
No entanto, não é ali onde está o dinheiro. Atualmente, os NFTs colecionáveis são responsáveis por 76% da receita, seguidos pela arte e os jogos, com 8%.
Nós já te adiantamos antes: Neymar, Post Malone, Mark Cuban, Snoop Dogg, Paris Hilton e outras celebridades estão apostando neste mercado. O Neymar, por exemplo, utiliza um avatar da coleção Bored Ape Yatch Club em suas redes sociais.
A Bored Ape Yatch Club é uma das coleções mais populares de NFT, junto à CryptoPunks. Ambas possuem a quantidade limitada de 10 mil unidades exclusivas – e cada arte possui um visual diferente dos personagens.
Agora, a expectativa é que a compra dos NFTs colecionáveis continue crescendo. Isso porque o Twitter e outras redes sociais agora estão fomentando que os usuários exibam suas artes digitais.
No Twitter, assinantes do Twitter Blue podem integrar suas carteiras digitais dos marketplaces de NFT Open Sea e Coinbase e usar NFTs como avatares. Eles aparecem em formato de hexágono, enquanto as fotos convencionais são redondas.
Já no Instagram, os testes começam nesta segunda (9), com alguns usuários dos Estados Unidos. Adam Mosseri, líder do Instagram, anunciou a novidade no Twitter.
“Nesta semana, nós começaremos a testar colecionáveis digitais com alguns criadores e colecionadores dos Estados Unidos, que poderão compartilhar seus NFTs no Instagram. Não haverá nenhuma taxa ao postar ou compartilhar seus colecionáveis digitais no IG”, escreveu Mosseri. A mudança é interessantíssima para o mercado, pois uma das maiores redes sociais do mundo agora poderá ser uma vitrine de NFTs.
As vendas de NFTs continuam, sim, milionárias. Na maior venda do primeiro trimestre de 2022, o lucro foi de 1.413.008%. Isso porque o usuário havia pago US$ 1.684 pela arte e a vendeu por US$ 23.799.920. O NFT é da coleção Cryptopunk – assim como o terceiro colocado da lista.
Confira as vendas mais lucrativas:
O seu negócio pode ter afinidade com NFT, mesmo que de forma indireta. A Samsung, por exemplo, está trazendo a exibição das artes digitais para suas televisões. Já o Starbucks terá produtos exclusivos em NFT.
Conheça outras cinco marcas que estão usando NFT em seu modelo de negócios e como dar os primeiros passos para comprar e vender.
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Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.
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