Os números indicam que 2023 pode ser o retorno dos NFTs. Rihanna, Snoop Dog e Muse já estão apostando na tecnologia
Mercado de NFT (Divulgação)
, jornalista da StartSe
6 min
•
15 fev 2023
•
Atualizado: 19 mai 2023
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2021 foi considerado o ano dos NFTs e… o que veio depois foi uma grande queda. Agora, os números recentes indicam que este pode ser um ano de recuperação dos tokens não fungíveis.
Segundo a Binance Research, US$ 24,7 bilhões em NFTs foram movimentados em plataformas e mercados de blockchain em 2022, um incremento de 10% em relação ao ano anterior.
E, para 2023, a expectativa também tem sido positiva: o número total de vendas de NFT em blockchains Ethereum foi de US$ 780,2 milhões – um grande aumento frente aos US$ 546,9 milhões vendidos em dezembro do ano passado. Os dados são da CryptoSlam.
Sim, há uma grande diferença entre os bilhões de 2021/início de 2022 e os milhões de 2023. A efeito de comparação, em janeiro de 2022, foram negociados US$ 5 bilhões; agora, em janeiro de 2023, US$ 24,7 bilhões. E por que estamos falando em retorno?
Porque os US$ 24,7 bilhões podem ser considerados um bom número. O setor de NFTs não vê “bilhões” de dólares deste maio de 2022, quando a queda avassaladora iniciou no mercado cripto (e sim, nem as criptomoedas passaram ilesas).
Mas, após altos e baixos, é seguro dizer que o mercado de NFTs está mais maduro. O auge, em 2021, ficou marcado por cifras milionárias (quiçá bilionárias), mas que muitos temiam ser apenas uma bolha.
Na época, os NFTs eram usados comumente para resguardar a propriedade digital e intelectual de cada peça digital. Agora, artistas estão descobrindo funcionalidades que vão além dos clubes (tipo o Bored Ape Yatch Club, os famosos macaquinhos que conquistaram de Neymar à Justin Bieber e Post Malone).
O retorno da cantora pop Rihanna aos palcos (no Super Bowl 2023) também trouxe uma novidade: a disponibilização de royalties de sua música “Bitch Better Have My Money” em formato de NFT. Fãs podem comprar fatias do sucesso e serem recompensados financeiramente a cada reprodução.
Além de Rihanna, Snoop Dog comprou uma mansão no metaverso Sandbox e ela foi usada como locação de seu clipe “House I Built”. Já a banda de rock Muse lançou o álbum “Will Of The People” em formato de NFT e assinaram digitalmente todas as cópias. Este foi o primeiro álbum com NFT que figurou nas paradas de sucesso nos Estados Unidos.
É tempo de renovação no setor. A OpenSea, uma das plataformas mais famosas de compra e venda de NFTs, agora possui uma nova e forte concorrente: a Blur.
Ela foi lançada no fim do ano passado e ganhou popularidade ao doar moedas digitais como estratégia de marketing. Isso foi o suficiente para elas concorrerem de forma muito próxima: recentemente, a Blur movimentou US$ 101,2 milhões em vendas, ultrapassando os US$ 100,4 milhões do OpenSea, segundo o DappRadar.
Os NFTs são uma vertical forte dentro do setor de blockchain e web3. Além dos itens colecionáveis, o mercado está testando o uso na venda de música, CDs completos e até mesmo ingressos de shows.
Há quem aposte nos NFTs para combater a venda por cambistas e que, na revenda, os vendedores originais ainda possam ganhar uma comissão. Talvez este mercado não retorne ao sucesso de 2021 e início de 2022, mas os números e as possibilidades de uso mostram que, sim, os NFTs vieram para ficar.
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, jornalista da StartSe
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Apresenta o podcast Agora em 10 na StartSe e também atua na área de Comunidades na empresa. É especialista em inovação, tecnologia e negócios.
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