Com a aquisição, fintech entra em transferência internacionais que trabalham para empresas de fora
Sócio da Husky e Nomad. Foto: Divulgação
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5 min
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7 nov 2022
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Atualizado: 19 mai 2023
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A Nomad, fintech que chamou a atenção do mercado nos últimos anos graças à sua solução de conta digital em dólar nos Estados Unidos, anunciou a compra de 100% da Husky, startup de transferências internacionais que facilita o pagamento de brasileiros que trabalham para o exterior.
O valor do negócio não foi aberto pela fintech, mas a transação será efetuada em duas partes: uma em dinheiro e outra em ações. Dinheiro no caixa a Nomad levantou há pouco tempo: em maio, a companhia levantou R$ 160 milhões (US$ 32 milhões) em uma rodada liderada pelo fundo norte-americano Stripes, com a participação da Spark Capital, monashees, Propel, Globo Ventures e Abstract. Na captação, a companhia foi avaliada em mais de R$ 1 bilhão.
Além de trazer uma nova fonte de receita, a compra da Husky será utilizada pela Nomad como um acelerador na proposta de valor da startup, escalando o negócio em termos de pagamentos e transferências de qualquer país do mundo. Segundo destacou a fintech em nota, a aquisição deverá dobrar o volume mensal de transferências internacionais da Nomad.
“Com a aquisição da Husky, aumentamos a nossa oferta de soluções e atingimos novos públicos, consolidando cada vez mais a Nomad como a melhor e mais completa opção para uma vida financeira global. Com a aquisição, ganhamos escala e consolidamos parte do mercado”, afirma Lucas Vargas, CEO da Nomad.
Para o fundador da Husky, Tiago Santos, a empresa chega adicionando ao fluxo da Nomad bilhões de reais movimentados por ano. “É um volume que cresceu 20 vezes nos últimos 2 anos, acompanhado de receita e clientes ativos. São dezenas de milhares de pessoas que usam a Husky todos os meses. E a confiança da Nomad no nosso trabalho nos motiva a seguir acelerando mais e mais o nosso negócio”, pontua.
De acordo com o CEO da Nomad, ter a Husky em seu ecossistema permitirá que a empresa aumente o relacionamento com o público da startup – no caso profissionais que precisam receber pagamentos de empresas no exterior – e que também usam o serviço da Nomad.
“A Husky está desenvolvendo um produto financeiro que permite que profissionais movimentem dinheiro lá fora, algo que a Nomad já oferece. A ideia é acelerar esse passo que a Husky planejava dar, utilizando nossos recursos. Além disso, vemos a transação como uma estratégia importante para ajudar a companhia a alcançar uma base de clientes e um patamar de transferências de outra ordem de grandeza”, finaliza Lucas.
Além disso, o movimento de expansão inorgânica pode melhorar os indicadores da fintech para futuras captações, no caso de um reaquecimento do mercado de VC. “Estamos bem posicionados para considerar novas captações de investidores institucionais em um futuro não tão distante”, afirma o CEO da Nomad.
Apesar da aquisição, a Nomad teve que corrigir seu curso neste segundo semestre, e não escapou da onda de demissões que diversas startups tiveram para reduzir custos. No começo de agosto, a companhia demitiu aproximadamente 70 pessoas, cerca de 20% a 30% de sua força de trabalho.
Para 2022 a meta do banco digital é registrar um crescimento de dez vezes na sua receita, em relação a 2021. Em entrevista ao Startups em maio, o CEO da empresa Lucas Vargas mostrou empolgação com o avanço da empresa no primeiro semestre, o que a fez inclusive rever suas metas. Inicialmente o plano era fechar 2022 com 500 mil usuários, e mudou para 1 milhão.
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