Nubank passará a oferecer produtos da Creditas aos seus clientes e deve se tornar sócio minoritário da fintech de crédito. Entenda as sinergias e por que o Nubank encorpa cada vez mais sua operação na busca de um IPO recorde.
nubank-e-creditas-se-unem-em-parceria (Foto: Nubank e Creditas/Divulgação).
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6 min
•
13 set 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Victor Marques
Depois da aquisição da Easyinvest, agora o Nubank dá um passo para ampliar a oferta de produtos de crédito aos seus clientes. O roxinho anunciou hoje uma parceria com a Creditas - startup líder em oferta de produtos de crédito - que possibilitará oferecer as opções da Creditas aos seus mais de 40 milhões de clientes. A parceria, inclusive, prevê ainda investimento do Nubank na Creditas, passando a ser acionista minoritário da fintech de crédito.
A Creditas é uma startup que oferece soluções de crédito e seguros - residenciais, automotivos e trabalhistas. A fintech cresce aceleradamente desde 2019, tendo multiplicado sua receita em 11 vezes. Com o crescimento, a Creditas passou a financiar reformas residenciais e entrou de vez no mercado de carros com a marca Creditas Auto - a vertical ganhou reforço com a aquisição da Volanty e investimento na Voltz, de motos elétricas.
Com a parceria, a Creditas passará a ter a oportunidade de oferecer seus produtos variados aos mais de 40 milhões de clientes do Nubank na América Latina - embora a parceria inicialmente seja exclusiva para o Brasil.
Na busca de aumentar seu portfólio de oferta de crédito e seguros - que já conta com seguro de vida - o Nubank buscou a parceria com a Creditas, uma das fintechs mais populares desse segmento no Brasil. O acordo, inclusive, prevê que o Nubank terá a oportunidade de comprar até 7,7% de participação na Creditas, uma forma de potencializar a parceria e alinhar os objetivos das duas fintechs.
O planejamento da disponibilização dos produtos da Creditas aos usuários do Nubank define como até o final de 2021 o prazo para que as soluções da Creditas sejam integradas ao app do Nubank. A parceria ainda prevê o financiamento de linhas de crédito da Creditas pelo Nubank.
Em mais um passo na consolidação de ofertas das fintechs, o Nubank toma mais uma decisão para complementar seu portfólio - oferecendo mais serviços que, se não adicionados, poderiam significar a necessidade dos clientes buscarem essa solução fora do seu aplicativo. A Creditas ainda ressalta que planejava oferecer uma conta digital para complementar suas ofertas de crédito, mas que com a parceria essa lacuna já vai ser solucionada.
Em um momento de alta demanda de produtos de crédito, especialmente pelo maior endividamento da população por conta de fatores econômicos exacerbados pela pandemia, a parceria chega em momento oportuno para o Nubank. Com a possibilidade de ampliar - de forma rápida - sua oferta de produtos de crédito aos seus clientes.
Outro fator que contribui para a relevância do movimento é a chegada do Open Banking, que deve permitir maior compartilhamento do histórico de relacionamento dos clientes de um banco/fintech com outros. Atendendo a mais necessidades dos clientes dentro do seu próprio app, o Nubank reduz a probabilidade dos clientes buscarem por essas soluções em outros players do mercado financeiro.
Na esteira do investimento de US$ 500 milhões da Berkshire Hathaway, o Nubank foi avaliado em US$ 30 bilhões segundo o Wall Street Journal. O próximo passo do roxinho deve ser o aguardado IPO - a abertura de capital - que deve ocorrer na Nasdaq. A expectativa é que o valor de mercado do roxinho alcance valor bilionário, como ocorre com as big techs americanas.
Na preparação para o IPO, o Nubank encorpa sua operação com o acordo com a Creditas, a aquisição da Easyinvest e o anúncio da presença da Anitta em seu board - o que aumenta a penetração nas classes C e D. A expectativa agora não é mais se ocorrerá o IPO, mas quando esse movimento deve ocorrer.
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Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
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