Nubank não é mais “banco” (graças a IA); entenda

Não é novidade: a inteligência artificial está invadindo todos os setores do mercado. Diariamente, surgem novas notícias de mais empresas e segmentos que passaram a adotar IA para otimizar processos. Ou seja, nessa altura, quase ninguém precisa ser convencido de que essa tecnologia veio para ficar - e que entendê-la é essencial para construir negócios que resistirão ao tempo. 

No setor das fintechs não é diferente. O Nubank, por exemplo, conseguiu uma melhoria de eficiência de 12x em horas e 20x de economia de custos usando inteligência artificial. O case é tão bom que foi até publicado no site da OpenAI, gigante da IA por trás do ChatGPT. Nesse cenário, o Nubank não é mais um banco, mas uma empresa AI first. 

E esse não é um caso isolado. De acordo com uma pesquisa na Nvidia, o número de instituições financeiras que utilizam IA nos seus processos aumentou em torno de 12 pontos percentuais desde a última pesquisa, em 2023. 

Além disso, o relatório, que entrevistou 600 profissionais do setor, também aponta que cerca de 52% dos gestores utilizam IA Generativa atualmente. Em 2023, esse percentual era de 40%. A tendência é que esses números não parem de crescer. 

Mas como as fintechs podem usar IA na prática? 

Ainda de acordo com a pesquisa da Nvidia, a maioria das empresas do setor financeiro estão utilizando IA nas áreas de experiência com o consumidor, relatórios e pesquisas de investimento e processamento de documentos. Mas há muitas formas de usar a tecnologia no dia a dia. Veja abaixo alguns exemplos.

• Personalização de serviços

A IA permite que as fintechs analisem grandes volumes de dados dos clientes em tempo real, oferecendo soluções financeiras personalizadas. Algoritmos avançados conseguem identificar padrões de comportamento e sugerir investimentos, linhas de crédito e produtos específicos para cada perfil de cliente.

• Prevenção de fraudes

Os sistemas de IA conseguem detectar atividades suspeitas de forma muito mais rápida e precisa do que os métodos tradicionais. Modelos de machine learning analisam transações em tempo real e identificam comportamentos incomuns, ajudando a evitar fraudes e a aumentar a segurança das operações.

• Atendimento ao cliente com chatbots inteligentes

Chatbots baseados em IA já são uma realidade em diversas fintechs, oferecendo suporte 24/7, respondendo dúvidas frequentes e resolvendo problemas sem a necessidade de interação humana. Além disso, com a evolução do Processamento de Linguagem Natural (PLN), esses chatbots estão cada vez mais humanizados e eficientes.

• Análise de crédito inteligente

A IA possibilita uma avaliação de risco de crédito mais precisa, indo além da análise tradicional de scores. Algoritmos consideram variáveis como hábitos de consumo, histórico de pagamentos e dados comportamentais, permitindo a concessão de crédito para um público maior e com menor risco de inadimplência.

• Otimização da gestão financeira

Ferramentas de IA ajudam tanto empresas quanto indivíduos a administrar melhor suas finanças. Aplicativos de gestão financeira baseados em IA categorizam despesas, fornecem insights sobre padrões de consumo e sugerem maneiras de economizar e investir com mais inteligência.

Porque importa? 

A inteligência artificial não é apenas uma inovação passageira, mas um fator determinante para a evolução do setor financeiro. A Nvidia prevê, inclusive, que a próxima grande transformação virá com os agentes de IA, um sistema capaz de executar tarefas e tomar decisões com pouca ou nenhuma interferência humana.

Essa tecnologia promete avanços significativos em áreas como segurança digital, suporte ao cliente e análise de investimentos, permitindo que fintechs tornem seus serviços ainda mais personalizados e eficientes. Empresas que adotarem essa inovação poderão oferecer experiências mais ágeis, seguras e sob medida para seus usuários, garantindo uma posição competitiva no mercado. 

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