Nascido em 2011, o unicórnio tornou-se referência no mercado de loja virtual e conquistou micros, pequenos e médios empreendedores. Saiba como!
Caixas da Nuvemshop (foto: montagem/Mediamodifier/Unsplash)
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6 min
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14 out 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Sabrina Bezerra.
Em 2011, Santiago Sosa, Alejandro Vázquez e Martín Palombo resolveram embarcar no mercado de comércio eletrônico e fundaram uma startup que oferecia infraestrutura para a criação de lojas virtuais. Assim nasceu a Nuvemshop.
Os fundadores trabalharam alternadamente entre Argentina e Brasil. Até que, no ano seguinte, desembarcou oficialmente no país.
À época, com apenas 5 funcionários, a Nuvemshop pegava carona num setor que mostrava bons resultados. Em 2011, a receita do comércio eletrônico bateu cerca de R$ 18 bilhões, segundo dados da Ebit.
A empresa chamou a atenção de investidores-anjo e recebeu o primeiro aporte, no valor de US$ 300 mil. A equipe cresceu para 12 funcionários.
Agora, pulando para 2021, a companhia se tornou referência no ecossistema, ganhou o título de unicórnio (com valor de mercado a partir de US$ 1 bilhão) e conquistou mais de 90 mil lojas que usam a plataforma. Mas qual foi a receita para o sucesso?
Ao invés de ser uma loja virtual que vende produtos diretamente para os clientes, a Nuvemshop atua no modelo b2b: oferece toda a tecnologia necessária — desde infrestrutura, meios de pagamento e soluções de logística — para empreendedores colocarem suas lojas online em operação.
E como fatura? Cobrando de seus clientes uma mensalidade — uma espécie de aluguel por usar a plataforma — e taxas de comissão por cada venda feita.
O público-alvo são micros, pequenos e médios empreendedores. Apostar no negócio, portanto, fazia (e faz) sentido por alguns fatores. Dois deles: de um lado, o mercado de comércio eletrônico havia crescido 26% em 2011 em comparação com 2010. Do outro, em 2010, o país teve a maior taxa de empreendedorismo entre os países que integram o G20, segundo a Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor, divulgada pelo Sebrae.
Esses dados continuam crescendo. Para você ter uma ideia, no primeiro semestre deste ano, as vendas online alcançaram a marca de R$ 53,4 bilhões. Trata-se de um crescimento de 31% em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Ebit Nielsen, em parceria com o Bex Banco.
Mas não basta olhar apenas para os números. É preciso ter estratégia para fisgar a clientela. E a Nuvemshop fez isso. Em 2013, logo após receber outra injeção de capital. Desta vez, no valor de US$ 600 mil, do fundo de investimento brasileiro Trindade Investimentos, criou a equipe de “Sócios Comerciais” composto por designers e desenvolvedores. O objetivo era oferecer um serviço mais personalizado aos clientes.
Também lançou API (Application Programming Interface) para que os empreendedores pudessem integrar a plataforma com serviços externos. Como por exemplo, oferecer cupom de desconto de forma automática para os clientes que abandonam os carrinhos de compras; integrar com sistemas de emissão de nota fiscal; entre outros. O racional? Quanto mais facilidade no desenvolvimento de aplicativo de terceiros, maiores as chances de fisgar e fidelizar o consumidor.
Além disso, criou o “blog do e-commerce” com conteúdos sobre o mercado para educar os empreendedores. Certeiro. Por quê? Ora, aumenta as chances de se destacar em SEO e ensina a clientela a vender mais. Quanto mais vendas, mais saudáveis as empresas ficarão — gerando mais lucro para si e para a Nuvemshop.
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Agora, a plataforma de e-commerce mira uma tendência que tem se tornado comum no ecossistema de negócios: fusões e aquisições. Recentemente, fez a primeira compra, a da empresa de logística Mandaê. E deixou claro: é a primeira de muitas. A lógica de ir às compras é oferecer um leque de facilidades para os clientes. Mas por que começar pelo setor de logística? Pode ser uma boa estratégia, afinal, em tempos de varejo online, quem entrega melhor, sai na frente. Imagine só: quanto mais os empreendedores que fazem parte da Nuvemshop fidelizam os clientes, mais a Nuvemshop sai ganhando.
E quem vai falar mais sobre o assunto e trazer dicas é Guilherme Pedroso, country manager Brasil na Nuvemshop. Ele vai participar, no dia 27 de outubro, do SVWC, evento online e gratuito da StartSe. Faça a sua inscrição!
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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