Inovar segue sendo palavra de ordem nas companhias e tem potencial quando construída junto com a Indústria 4,0. Mas tem espaço para a Inovação Aberta também?
, Palestrante e Mentor de Vendas B2B
11 min
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10 ago 2023
•
Atualizado: 10 ago 2023
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Falar em uma empresa moderna é saber que ela está em conexão com o mundo, pronta para abrir o seu mindset e embarcar em novas experiências. No meio corporativo, isso tem tudo a ver com disrupção e inovação aberta, presentes na Indústria 4.0.
É algo em que as grandes empresas já estão ligadas, num caminho que agrega parceiros, em busca de maior eficiência e competitividade.
A inovação aberta precisa fazer parte da Indústria 4.0. É um processo em que novas tecnologias garantem empresas bem posicionadas para o futuro. E tudo a partir de uma visão colaborativa que faz toda a diferença para enfrentar momentos de crise, como o da pandemia.
A inovação aberta (open innovation) nada mais é do que uma das formas mais eficientes de transformar os processos de uma empresa, muitas vezes até criando um novo modelo de negócio. Tudo isso a partir da conexão com parceiros externos, sem depender apenas de uma equipe interna.
A estratégia foi apresentada pelo pesquisador Henry Chesbrough, da Harvard Business School. O ex-executivo do Vale do Silício lançou um livro, no ano de 2003, trazendo essa proposta de inovação colaborativa, a partir do envolvimento do ecossistema de stakeholders, englobando clientes, fornecedores, institutos de pesquisa, órgãos públicos, startups e empresas parceiras.
Em seu artigo "Everything You Need to Know About Open Innovation", publicado na Forbes , o economista e professor universitário falou que nenhuma inovação acontece isoladamente:
“Conceitualmente, [a inovação aberta] é uma abordagem mais distribuída, mais participativa, mais descentralizada da inovação, baseada no fato observado de que o conhecimento útil hoje é amplamente distribuído, e nenhuma empresa, não importa quão capaz ou grande, poderia inovar efetivamente por conta própria.”
É um contraponto ao modelo de inovação fechada, empregado até então. A ideia é somar forças, gerando benefícios para todas as partes envolvidas. E existem diversas estratégias de inovação aberta que a sua empresa pode adotar.
A inovação pode ser usada de formas diferentes dentro de um negócio, seja para criar e desenvolver produtos e serviços, gerar resultados e até mesmo compartilhar conhecimento.
Enquanto as empresas e indústrias que trabalham com uma inovação fechada usam recursos e pessoas internas, da própria empresa; as empresas e indústrias que trabalham com uma inovação aberta contam com fontes externas de conhecimento para uma gestão de inovação mais colaborativa e eficiente.
A inovação fechada segue o conceito de que a inovação depende exclusivamente da equipe interna do negócio, responsável por realizar todas as etapas do processo criativo. Todo o projeto é idealizado e executado dentro da empresa. Além disso, toda a propriedade intelectual, tecnologia e maquinário pertencem à empresa.
Esse é um estilo de inovação antigo, porém, ainda adotado pela maioria das empresas no mercado. E, caso o projeto seja bem-sucedido, pode representar mais trabalho interno para os colaboradores e a necessidade de aumentar seu pessoal.
Seguindo o caminho contrário, as empresas e indústrias que trabalham com inovação aberta trabalham com suas inovações além dos limites da empresa. Ideias, tecnologias, canais de vendas, estratégias internas e externas são combinadas para criar produtos e serviços inovadores.
Propostas internas e externas são levadas em consideração durante o processo de criação, inclusive as informações dos clientes, fornecedores, concorrentes e colaboradores.
A inovação aberta vem conquistando mais empresas e indústrias em todo o mundo, especialmente com o avanço tecnológico e novos modelos de negócios que estão surgindo. Tudo o que esse tipo de inovação valoriza é o conhecimento colaborativo, que proporciona melhorias na estrutura e processos de uma empresa.
Não existe certo ou errado quando o assunto é inovação. Tudo vai depender da sua cultura de negócio e dos planos futuros do negócio.
A inovação aberta traz alguns riscos, especialmente quando existe uma tecnologia envolvida. Um exemplo clássico é a possibilidade de outras empresas copiarem seu produto/serviço. Negócios que atuam em mercados competitivos preferem a inovação fechada para reduzir segredos vazados.
Por outro lado, a inovação aberta pode ser adotada em processos contínuos e pode causar um impacto positivo no mercado.
Henry Chesbrough, e outros especialistas no assunto, recomendam que as empresas combinem as duas estratégias para melhor desenvolvimento.
De acordo com uma pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), as empresas que investiram na adaptação ao cenário da Indústria 4.0 se mostram mais resilientes aos impactos da crise. Das que integraram até três tecnologias aos processos produtivos, 54% registraram lucro igual ou maior que o período pré-pandemia. E o índice cai para 47% nos negócios que não se adequaram à modernidade.
Ou seja, quem adere à inovação aberta, tem mais facilidade em colher alguns dos benefícios abaixo:
No final, a inovação aberta vale a pena? Sim, ainda mais quando os modelos de negócios estão mudando junto com as novas tecnologias e especialmente com a indústria 4.0.
É possível um negócio trabalhar com a inovação aberta e fechada para ser bem-sucedida, sem correr o risco de ter tecnologias e know-how vazados e roubados pela concorrência.
O que você acha sobre esse assunto? Está aberto ao novo jeito de inovar?
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Executivo e autor de 2 e-books sobre indústria 4.0: "Como a indústria 4.0 tem revolucionado o século XXI" e "Como desmistificar a indústria 4.0 e aplicá-la ao seu negócio".
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