Depois da Tesla e da SpaceX, Musk tem mais um unicórnio para a conta. A The Boring Company é a nova companhia com avaliação bilionária do executivo. Entenda o que a empresa faz.
o-novo-unicornio-de-elon-musk (Foto: GettyImages).
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8 min
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25 abr 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Victor Marques, da CapTable Brasil.
Depois de conquistar um unicórnio no espaço, a SpaceX e um nas ruas, a Tesla, Elon Musk agora conquistou mais um nível: a The Boring Company, que explora o mercado de túneis, é o mais novo unicórnio do empresário. Na semana passada, a Boring Company conquistou uma rodada de investimento de R$ 3,1 bilhões, liderada por Vy Capital e pela Sequoia Capital, catapultando o valor da empresa para mais de US$ 5,7 bilhões.
Quem acompanha o universo das startups pode achar estranho uma empresa de túneis ser considerada uma. Mas, como tudo que Elon faz, a The Boring Company não é uma empresa de túneis comuns. Tudo começou com a frustração de Elon que por mais que entregasse experiências únicas com os carros de sua outra companhia, a Tesla, os motoristas continuariam enfrentando uma situação desagradável quase que diariamente: os congestionamentos de trânsito.
Claro, Elon vislumbra que, eventualmente, com todos os carros sendo autônomos, os processadores dos carros possam se intercomunicar e tomar decisões estratégicas que evitem, ao máximo, as vias congestionadas. Nesse futuro, ainda distante, semáforos e limites de velocidade, por exemplo, não precisariam existir, já que os carros estariam cientes de outros veículos.
Foi assim que surgiu a ideia da The Boring Company: ao invés de ceder ao imaginário comum e desenvolver carros voadores para evitar o trânsito, Elon seguiu para outra direção: o subterrâneo. Unindo uma rede de túneis, construídos com tecnologia que permite obras mais baratas, e seus carros autônomos, da Tesla, Elon propôs que bastaria que uma cidade acreditasse em seu projeto e construísse um número mínimo de estações de entrada para a rede, que o problema dos congestionamentos seria coisa do passado.
O investimento anunciado recentemente servirá para criar uma nova máquina de tunelamento de última geração – o principal impeditivo para que redes de túneis extensivas fossem construídas antes da The Boring Company era o custo, a tecnologia de tunelamento da companhia tem a ambição de tornar os projetos viáveis. As máquinas, chamadas de Prufrock, escavam grandes projetos de infraestrutura em semanas, com custo muito inferior e, como de praxe para as empresas de Elon, operam remotamente e de forma autônoma.
No longo prazo, as máquinas de tunelamento mais poderosas que estão sendo desenvolvidas, devem tornar realidade a visão de Musk de túneis subterrâneos evacuados, com cápsulas de alta velocidade que transportam os passageiros entre cidades – batizado de Hyperloop. Ou seja, depois de resolver os problemas de tráfego dentro das cidades, Elon planeja utilizar o barateamento da tecnologia de túneis para conectar os loops internos com os Hyperloops – tornando as viagens intermunicipais mais rápidas, eficientes e econômicas.
A visão completa de Elon para a The Boring Company ainda parece distante – o primeiro grande projeto é uma rede de túneis de 46km, conectando 51 estações, em Las Vegas: o maior projeto de transporte subterrâneo do mundo.
Ainda que grandioso, o projeto ainda deve entregar apenas túneis intramunicipais, sem conseguir, por enquanto, entregar a proposta completa, com viagens megarrápidas – o objetivo é transportar passageiros a uma velocidade de 240 km/h, mas os testes realizados com o Tesla Model X atingiram velocidade máxima de 80 km/h – e sem oferecer Hyperloops que conectem cidades diferentes.
Como tudo que Elon se propõe a fazer, no início tudo parece uma grande loucura de um magnata megalomaníaco. Mas, não é preciso de muito tempo para Musk provar – embora em um prazo maior que o prometido, geralmente – que sua visão fazia sentido, mesmo que ajustes sejam necessários no caminho. Resta aguardar para ver se – e em quanto tempo – a visão do executivo se tornará realidade.
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Victor Marques é Head de Conteúdo na Captable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que conecta seus mais de 7000 investidores a empreendedores com negócios inovadores. Escreve há mais de dois anos sobre inovação. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
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