Em um mundo obcecado por performance e inovação, a inteligência emocional pode ser a chave para uma marca pessoal forte e um impacto duradouro.
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, Professora e colunista da StartSe
6 min
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14 mar 2025
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Atualizado: 14 mar 2025
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No mundo acelerado da inovação e dos negócios, especialmente no Vale do Silício, falar sobre inteligência emocional pode parecer um luxo ou até uma distração dos números, métricas e estratégias. Mas e se eu te dissesse que um dos cursos mais concorridos de Stanford não é sobre tecnologia, finanças ou IA, e sim sobre relacionamentos profundos?
David Bradford e Carole Robin, renomados professores do MBA de Stanford, ministram Interpersonal Dynamics – uma das disciplinas mais concorridas da universidade, conhecida pelos alunos como Touchy Feely. Em seu livro Como Criar Relações Mais Profundas, eles exploram de forma poderosa os fundamentos das conexões genuínas e como esses laços impactam tanto a vida pessoal quanto o sucesso profissional.
Recentemente, passei por uma situação que me fez refletir profundamente sobre a importância da conexão genuína e como isso impacta nossa marca pessoal.
Em uma conversa com um cliente executivo, ele compartilhou comigo sua frustração: apesar de ter uma carreira brilhante e ser um líder respeitado, sentia que não conseguia se conectar verdadeiramente com sua equipe – e, pior, com sua própria família. Ele me confessou que, muitas vezes, se pegava tentando resolver tudo com lógica e estratégia, mas percebia que isso não era suficiente para criar laços sólidos.
Isso me fez pensar sobre quantas vezes profissionais altamente qualificados, no Vale do Silício e em qualquer outro mercado competitivo, caem na armadilha de acreditar que performance e entregas são suficientes para construir relacionamentos fortes. Mas a verdade é que, sem inteligência emocional, a marca pessoal se torna apenas uma fachada – sem profundidade, sem impacto real.
Aqui no Vale, onde relações muitas vezes são transacionais e impulsionadas por interesses estratégicos, há um perigo silencioso: confundir networking com conexão genuína. Ter milhares de conexões no LinkedIn ou estar nos eventos certos não significa que você construiu uma marca pessoal forte – apenas que você está presente. Mas presença sem profundidade não gera impacto duradouro.
O que faz uma marca pessoal realmente poderosa? A autenticidade e a habilidade de criar conexões significativas. Líderes que dominam inteligência emocional, como os professores de Stanford ensinam, são aqueles que conseguem construir confiança e influência sustentáveis. No final das contas, não são apenas os hard skills que elevam um profissional no Vale do Silício – são os soft skills que criam legado.
No final do dia, relacionamentos – sejam familiares, profissionais ou sociais – são o que moldam nossa trajetória. No Vale do Silício, onde inovação e disrupção são palavras de ordem, talvez a maior revolução que um líder pode fazer seja priorizar algo antigo, mas essencial: conexões autênticas. Afinal, ninguém constrói uma marca pessoal memorável sozinho.
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, Professora e colunista da StartSe
Atuou como executiva em Marketing e Branding, com mais de 25 anos de experiência construindo marcas corporativas como Natura Cosméticos, Havaianas entre outras. É Co-founder da BetaFly especializada Marcas Pessoais, professora de MBA e pós-graduação, palestrante e autora do best-seller "Sua Marca Pessoal" .
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