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O poder do propósito: como o empreendedorismo social transforma negócios e a sociedade

Entenda como o empreendedorismo social pode ajudar você a encontrar o propósito e construir um negócio mais sustentável e rentável.

O poder do propósito: como o empreendedorismo social transforma negócios e a sociedade

Foto: Pexels

, produtora de conteúdo

7 min

24 out 2024

Atualizado: 24 out 2024

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O empreendedorismo social muda a vida de muitas pessoas ao redor do mundo. Para ser mais exata, nos últimos 20 anos, os empreendedores sociais melhoraram a vida de 622 milhões de pessoas, segundo o relatório Duas Décadas de Impacto, publicado pela Fundação Schwab. O Brasil está entre os 10 países com os empreendedores sociais são mais ativos, ao lado de países como África do Sul, Estados Unidos e Índia. 

Mas o que é empreendedorismo social? 

O empreendedorismo social é um modelo de negócio que busca resolver ou minimizar problemas socioambientais. Ou seja, o objetivo principal desse tipo de negócio não é o lucro, mas sim o impacto positivo na comunidade, diferente do empreendedorismo tradicional.

E qual é a função dos modelos de negócios tradicionais nisso?

Muitas empresas, com modelos de negócios tradicionais, têm investido em negócios sociais, como a Natura, com seus projetos Amazônia Viva e Mais beleza, menos lixo, ou a Ambev, com seu projeto VOA, principalmente porque essa é uma responsabilidade cobrada pelos consumidores e clientes.

  • Uma pesquisa realizada em parceria com a Inpress Porter Novelli e Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD) apontou que 88% das pessoas preferem empresas que defendem algo maior que seus produtos e serviços.
     
  • Propósito, cuidado com as comunidades e meio ambiente foram apontados como os atributos mais relevantes pelos entrevistados.

“Muitas vezes a pessoa prefere pagar mais caro numa marca que é amiga do meio ambiente, uma marca que não tem nada de analogia a trabalho escravo, do que uma marca cobre mais barato, mas não se conecta com seus valores de vida”, comenta Beatriz Martins, fundadora da ONG Olhar de Bia, com quem conversamos sobre o assunto.

Além disso, quando você tem um propósito definido, atua em causas sociais e consegue comunicar isso de forma genuína, o impacto é ainda maior. “Hoje nós temos o Índice de Sustentabilidade Empresarial na Bolsa de Valores, que comprova quantas empresas estão fazendo práticas socioambientais, e as que já comprovaram apresentam mais retorno pros acionistas, menos volatilidade, mais perenidade pra quem tá investindo”, finaliza Beatriz.

Beatriz Martins, fundadora da ONG Olhar de Bia, é envolvida com projetos sociais desde a infância

A falta de propósito na estrutura interna

A falta de propósito, por sua vez, acaba abalando também as estruturas internas do negócio. “Hoje o grande desafio das empresas é contratar gente boa e reter gente boa. Não só reter, mas engajar essas pessoas, e muito por essa falta de propósito”, comenta a empreendedora.

“A falta de engajamento das empresas é o que faz o resultado cair, porque as pessoas não veem sentido no próprio trabalho, não vê projeção de futuro. Esse trabalho não está conectado com o meu propósito de vida”, finaliza Beatriz.

Para ela, ser uma empresa consciente e definir um propósito claro são fatores imprescindíveis, em que todos saem ganhando. “A gente fala do movimento Win-Six, que são seis beneficiários: o ganhador, o cliente, o investidor, o dono da empresa, o meio ambiente e a comunidade”.

E por onde eu começo?

Existem muitas formas de apoiar projetos socioambientais. Primeiro, entendendo qual tipo de ONG faz sentido dentro da sua área de atuação e que se alinhem com a cultura do seu negócio.

  • Patrocínio: apoiar financeiramente projetos de organizações sociais.
  • Investimento de impacto: invista em empresas sociais que gerem retorno financeiro e social.
  • Voluntariado corporativo: incentivar seus colaboradores a dedicarem parte do seu tempo a causas sociais.
  • Pro bono: ofereça serviços especializados da sua empresa para organizações do terceiro setor.
  • Doações de produtos ou serviços: doe produtos ou serviços para instituições que precisam.

Para Beatriz Martins, o começo de tudo está em outro ponto: na genuinidade. “Se você fizer isso com o grande objetivo de ‘marketar’, não vai ter retorno. Mas se você fizer o objetivo entendendo o seu papel social perante toda a sociedade que você está inserido, aí vai ter um retorno.”

Ou seja, não faça isso se o seu objetivo for apenas mostrar que faz. Faça isso porque todos estamos inseridos em uma sociedade com lacunas socioambientais dilacerantes e temos a chance de fazer a diferença. Faça isso para trazer uma nova camada de significado para você, seu negócio, seus clientes e seu time.

“Chegou o momento de a gente colocar essa pauta em primeiro lugar. Acho que o meu pedido é meio que de súplica, sabe? Não estou falando só do Olhar de Bia, mas do mundo. Não dá mais tempo. A gente não sabe como vai ser daqui um ano, porque o nível que a gente está crescendo de desafios ambientais e sociais, é gigantesco. E se a gente não parar agora pra mudar e atacar o mal pela raiz, a gente não vai ter mais pessoas boas pra contratar e não vai ter mais um mundo onde a gente possa viver e fomentar nossas empresas”, finaliza Beatriz Martins.

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Produtora de conteúdo multimidia que escreve sobre carreira, negócios e tecnologia na StartSe.

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