A Juul foi dos milhões ao fiasco em uma proposta de negócio que acabou saindo do controle e virando questão de saúde pública.
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5 min
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13 out 2023
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Atualizado: 13 out 2023
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A StartSe contou quando a fabricante de cigarros eletrônicos Juul Labs foi impedida de vender seus produtos de nicotina nos Estados Unidos. À época, assistimos à derrocada de uma empresa que viu rápido crescimento e tinha se proposto a mudar a forma como as pessoas se relacionavam com o cigarro. Agora, a série Big Vape traz os bastidores da Juul, desde o começo.
A empresa de cigarros eletrônicos foi fundada por Adam Bowen e James Monsees, dois ex-fumantes que se conheceram enquanto eram estudantes de pós-graduação em design de produtos na Universidade de Stanford. Bowen e Monsees estavam determinados a criar um cigarro eletrônico elegante que não se parecesse em nada com seus antecessores de aparência ruim.
O problema é que eles não contavam que ao focar em reduzir os fumantes de cigarro, eles acabariam atingindo os mais jovens.
Dirigido por RJ Cutler, “Big Vape: The Rise and Fall of Juul” mostra como o design de produto atraente, o marketing influenciador e poderoso e a tomada de decisões corporativas duvidosas fizeram a popularidade do produto disparar também entre usuários menores de idade, antes do eventual colapso de sua empresa.
A campanha de marketing de Juul recrutou pessoas descoladas, bonitas, que posavam e dançavam enquanto davam tragadas em seus cigarros eletrônicos. Os anúncios resultantes eram sofisticados, chamativos e atraentes, o que fazia o produto parecer uma espécie de brinquedo ou acessório de estilo de vida, em vez de um dispositivo benéfico para a saúde.
Criada para acabar com o cigarro, mas manter a sensação e convívio que ele propicia, a empresa não colocou todos os riscos na ponta do lápis. Querendo disruptar toda uma indústria, a Juul acabou se juntando a ela em mais um fracasso que vale ser visto e analisado.
O documentário traz o olhar de funcionários, a análise de como o marketing foi construído e o impacto do conselho nisso tudo. No fim, a empresa cria um problema ainda maior de saúde pública e sua marca está atrelada a isso.
Em entrevista ao Time, o diretor diz: “o que me prendeu, e até hoje não me largou, é que esta história é uma forma perfeita de explorar as consequências não intencionais da Big Tech.” Que sirva de lição para as outras empresas!
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Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.
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