Empresa encerrou o serviço de sua famosa linha de aparelhos antigos. Agora, os esforços serão concentrados em software de segurança. Entenda!
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5 min
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6 jan 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Sabrina Bezerra
Você já deve saber que a BlackBerry encerrou o serviço de sua linha de smartphones na última terça-feira (04/01). Sim, aquela mesma que ficou conhecida nos anos 2000, lembra? Era um sucesso — e, obviamente, refletia nos números: a companhia chegou a abocanhar mais de 50% do mercado de celulares nos Estados Unidos, em 2007.
A legião de fãs incluía executivos, sendo um deles Barack Obama, ex-presidente dos Estados Unidos. E como conquistou tanta gente? O segredo foi estar um passo à frente: oferecia um celular com tecnologia de envio de e-mails e mensagens instantâneas — a fórmula perfeita para o mundo corporativo, já que facilitava a rotina diária. Não à toa era o público-alvo.
Mas algo deu errado…
No mesmo ano as coisas começaram a desandar. A empresa não acompanhou as novas tecnologias, como o teclado touch screen, por exemplo; e perdeu espaço para celulares mais inteligentes como o iPhone e outros com sistema Android.
Perdeu praticamente todo o seu marketshare. Até que, em 2016, anunciou o ‘seu fim’ e a produção dos aparelhos passou a ser feita por uma empresa terceirizada, a TCL, com sistema Android e tela touch screen.
Há alguns anos, a estratégia mudou. “Hoje estamos focados em fornecer software e serviços de segurança inteligentes para empresas e governos em todo o mundo”, disse a empresa em comunicado. Boa sacada se analisarmos o mercado.
Por exemplo, a cibersegurança é uma das preocupações de empresas e governos em todo o mundo. Para você ter uma ideia, 57% delas são alvos de fraudes e ataques digitais com frequência. Não à toa, a Gartner prevê um crescimento no mercado de 12,4% – em dólares seria o valor de 150,4 bilhões. E o mercado de internet das coisas (IoT) também está a todo vapor. Até 2023 deve movimentar mais de US$ 30 bilhões na América Latina, segundo dados do GlobalData.
"Somos conhecidos pelos smartphones seguros que mudaram o mundo e a nossa forma de trabalhar. Hoje, estamos reimaginando a proteção, mais uma vez, com inteligência artificial e machine learning. Tornamos tudo mais seguro - e você, mais produtivo", conta a empresa em seu site.
Se a companhia será a nova queridinha tech do mercado corporativo, só o futuro vai dizer. Mas que ela quer ser uma organização infinita, isso é notável. Seguimos acompanhando…
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Os celulares sim. Segundo a empresa, os smartphones não funcionarão mais de forma confiável para fazer ligações, enviar SMS ou acessar a internet. Vale para os modelos: BlackBerry 7.1 OS e anteriores, BlackBerry 10, BlackBerry PlayBook OS 2.1 e versões anteriores. Os que têm sistema Android não serão impactados.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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