Entenda como mercado de construção civil e imobiliário passou por uma transformação que só foi possível graças à tecnologia.
Construção (Foto: Getty Images)
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7 min
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1 jul 2021
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Por Sabrina Bezerra
O mercado de construção civil e imobiliário, por muito tempo, usava métodos tradicionais com pouca inovação e tecnologia. Mas nos últimos anos, principalmente com a chegada das construtechs e proptechs (entenda mais abaixo), o cenário mudou. Elas têm ajudado no desenvolvimento tecnológico dos setores. “As parcerias com essas startups são mais do que necessárias para evoluir para uma indústria 4.0 e 5.0”, diz em entrevista à StartSe Diozyzio Klavdianos, presidente da comissão de materiais, tecnologia, qualidade e produtividade da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).
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Construtechs são as startups que oferecem soluções para os setores de construção civil (dentro e fora do canteiro de obras). “Ou seja, envolve desde a construção pesada até startups que ajudam, por exemplo, a encontrar materiais de construção e conectar clientes aos profissionais que atuam no segmento”, diz Ingrid Barth, vice-presidente da Abstartups.
Essas startups são fundamentais para ajudar construtoras, empreiteiras, empresas de arquitetura, indústria de materiais, imobiliárias, mineradoras e governos a reduzirem custos, duração do projeto, mão de obra e desperdício de materiais. Como? Por meio de biomimética, construção sustentável (principalmente em tempos de ESG), impressão 3D, tecnologias digitais, entre outros.
Se de um lado as construtechs atuam no mercado da construção civil; do outro, as proptechs são as startups que atuam no mercado imobiliário e usam tecnologias como blockchain, internet das coisas e inteligência artificial para oferecer serviços e soluções inovadoras.
Alguns exemplos são imobiliárias digitais, como o QuintoAndar, Loft e Viva Real. “No caso dessa última, trata-se de uma proptech porque oferece plataforma digital que usa a tecnologia para simplificar a venda e compra de imóveis, mas também é uma construtech — já que faz a reforma de apartamentos”, conta Ingrid. Serviços de tours de realidade virtual, fotos de terrenos tiradas por drones e dispositivos inteligentes também entram na lista das soluções das startups do setor. Vale ressaltar que, "diferente das construtechs, elas não atuam diretamente em obras”, diz Ingrid.
A título de comparação, as proptechs são as fintechs do mercado imobiliário, que surgiram para transformar o modelo tradicional do negócio.
No ano passado, o setor de construtechs e proptechs cresceu 23% em comparação com 2019, de acordo com o Mapa das Construtechs & Proptechs Brasil 2021, realizado pela Terracotta Ventures, gestora de investimentos em empresas de tecnologia.
Para este ano, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC), o setor de construção civil deve crescer. "A projeção de PIB para 2021 é 2,5%. Mas vamos revisar, agora no meio do ano, e pode ser maior”, diz Klavdianos. Já o mercado imobiliário, segundo projeção da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) estima o crescimento de 35% em 2021.
Quando o assunto é startups, atualmente, o mercado brasileiro conta com cerca de 13.856 startups distribuídas em 693 cidades. Dessas, 1,61% atuam no segmento de construção civil e 1,37% atuam no imobiliário, segundo dados da Startupbase.
São Paulo é o maior polo de startups no país, contando com mais de 339 ativas no segmento; Santa Catarina ocupa o segundo lugar, com 95 empresas; e Paraná assume a terceira posição, em que detém mais de 87 construtechs e proptechs, de acordo com o Mapa das Construtechs & Proptechs Brasil 2021.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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