Neste movimento, profissionais ficam cerca de três meses em um trabalho, depois mudam de emprego. O objetivo é encontrar novos desafios. Entenda!
Empresário indo para casa depois de um dia de trabalho no escritório (Foto: alvarez via Getty Images)
, jornalista
5 min
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24 nov 2022
•
Atualizado: 19 mai 2023
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Job hopping ou pular de emprego (na tradução) é um movimento que está ganhando força no mercado de trabalho. Na prática, é quando profissionais mudam de empresa com bastante frequência e de forma voluntária.
O objetivo, de forma geral, é buscar por novos desafios e salário melhor do que o atual. A lógica é simples: eles só permanecem em uma empresa se for oferecida a possibilidade de crescimento. Isso mesmo, uma carreira cheia de experiências. Ficou estagnado? Muda de emprego.
Neste movimento, os profissionais ficam cerca de três meses em um trabalho, depois mudam de emprego. É comum em pessoas com perfis inquietos, inconformados e ambiciosos. Elas buscam por aceleração na carreira e aprendizado contínuo; ou simplesmente pelo sentimento de liberdade — por não se sentir amarrado à uma empresa.
Na maioria das vezes, as pessoas que fazem parte do movimento têm perfil digital e são muito procurados pelo mercado, como trabalhadores da área de TI, por exemplo. São pessoas movidas à liberdade, que não gostam da sensação de se sentirem presas a uma empresa.
A desvantagem, no entanto, está na experiência inconsistente. Assim, é possível que não adquira habilidades essenciais em cada função antes de mudar para a próxima.
O movimento é mais comum em profissionais da Geração Z e Millennials. Dados do Ministério do Trabalho e da Previdência de 2020 mostram que pessoas de 18 a 24 anos (2,47 milhões dos 9,96 milhões de jovens consultados pela pesquisa) são as que ficam menos de três meses no mesmo trabalho.
Mas não apenas. Cerca de 2,40 milhões de trabalhadores de 30 a 39 anos também mudam de trabalho no curto espaço de tempo.
Já as pessoas de 50 a 64 anos (4,26 milhões) são as que continuam no mesmo emprego por cerca de dez anos. Percebeu a diferença do comportamento entre as gerações?
Mas não é à toa. Antes, mudar de empresa com frequência — e de forma voluntária —, não era comum. As companhias, muitas vezes, enxergavam essa rotatividade como um risco.
Agora, se de um lado pode ser ruim, do outro o job hopping está atrelado ao movimento Great Resignation (demissão voluntária) em que mostra para as empresas a necessidade de rever a cultura organizacional para não apenas atrair esses talentos, como também retê-los.
Diferente da Great Resignation, o comportamento dos trabalhadores do job hopping é mudar de emprego em um curto espaço de tempo para buscar novos desafios. Já a Grande Renúncia não se limita ao período, mas sim à cultura corporativa da companhia. Entenda mais aqui!
A rotatividade nas empresas mostra que o comportamento dos trabalhadores da Geração Z é diferente da Geração X (nascidos entre 1960 e 1980), por exemplo. Se antes, era comum pessoas trabalharem por anos em uma única empresa, hoje não mais. A Geração Z e os Millennials buscam trabalhos que tenham propósito e mais qualidade de vida. Assim, fica a reflexão: o que fazer para evitar o job hopping? A transparência e o alinhamento das expectativas entre funcionário e empresa e vice e versa, com certeza, são as melhores opções. O desdobramento dessa história, fica para outro artigo.
Cada vez mais carreiras estão sendo impactadas por esses movimentos. Se capacitar para essas transformações com agilidade pode ser a diferença entre você ser um profissional de destaque e bem remunerado, ou ficar fora do jogo. Se você quer dominar assuntos para se destacar e chegar ao topo da sua carreira mais rápido, aqui está uma solução rápida que fará a diferença na sua carreira já nos próximos meses. Veja tudo aqui.
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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