Ao invés de cabines de pedágio, o sistema faz a cobrança através de antenas instaladas em pórticos e viadutos
Pedágio Free Flow (Divulgação CCR)
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5 min
•
4 jan 2023
•
Atualizado: 5 jun 2023
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Fim das longas filas de trânsito e desespero por moedas para pagar o pedágio. A partir de agora, Rio de Janeiro e São Paulo receberão uma tecnologia chamada de “Free Flow” — que é, basicamente, uma versão sem cabines ou qualquer barreira física para efetuar esse pagamento. Interessante, né?
Em três pontos da BR-101: no Km 414, em Itaguaí, no Km 447, em Mangaratiba, e no Km 538, em Paraty, no Rio de Janeiro.
O novo sistema de pedágio foi criado pela companhia Kapsch TrafficCom em parceria com a CCR e foi aprovado pelo Contran, em dezembro de 2022. Veja o comunicado de Eduardo Camargo, presidente da CCR Rodovias, sobre a aplicação da tecnologia:
“A Rio-Santos será a primeira rodovia do Brasil a contar com este inovador método de cobrança eletrônica de tarifas. A partir da experiência acumulada neste trecho, será possível expandir esse tipo de tecnologia para as demais rodovias e concessionárias”, diz Eduardo Camargo, presidente da CCR Rodovias.
O Free Flow é um sistema de livre passagem (sem praças de pedágio) em rodovias e vias urbanas. O que significa que, ao invés de cabines, ele faz a cobrança através de antenas que são instaladas em pórticos e viadutos.
Seu funcionamento é bastante simples: ele utiliza uma TAG - assim como no Sem Parar - mas sem a cancela, o que facilita a fluidez do trânsito e dispensa a redução de velocidade dos veículos. Em um trecho com 10 praças, a novidade promete reduzir em uma hora de viagem.
A tecnologia é novidade para o Brasil (após a criação da nova lei 14.157/21), mas já é realidade em mais de 20 países, inclusive no Chile - que é o único da América Latina que possui o pedágio de passagem livre como oficial.
Existem duas formas: através do escaneamento da TAG instalada no para-brisa e pela leitura da placa do veículo. Caso o motorista esteja utilizando a primeira opção, o pagamento já é debitado diretamente no cartão de crédito - e com 70% de desconto; caso ele esteja utilizando a segunda, deverá pagar manualmente através do app ou portal da concessionária.
1- Cobrança mais justa. O preço do novo modelo deverá ser estabelecido a partir da quilometragem e distância percorrida e não em pontos fixos pré-estabelecidos.
2- Eficiência de recursos. A partir do momento que a construção da infraestrutura da praça de pedágio deixa de existir, o dinheiro das rodovias passa a ser destinado para outros projetos.
3- Agilidade e fluidez. Além de diminuir - significativamente - o tempo de viagem, o novo sistema reduz os acidentes nas filas.
4- Redução de custos de logística. Os veículos terão menos gastos com itens como freio e óleo, que se desgastam mais rapidamente com as paradas constantes.
A novidade parece incrível, mas deve ser analisada com alguns critérios durante os testes no Rio de Janeiro e em São Paulo. Isto porque, além de garantir que essa infraestrutura tecnológica de fato funcione - e calcule corretamente o novo modelo de cobrança de quilometragem; será necessário convencer mais de 50% dos brasileiros - que ainda não utilizam a cobrança automática - à adotar o novo sistema.
O novo modelo de pagamento de pedágio tem tudo a ver com a eficiência e redução de custos, tanto para as logtechs - que terão mais agilidade no transporte e maior garantia dos seus veículos; quanto para o e-commerce e varejo, que terão o prazo de entrega de seus produtos e mercadorias reduzido e, assim, conseguirão atrair ainda mais consumidores e parceiros pelo Brasil.
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Jornalista. Possui experiência no mercado financeiro, social media e customer experience. Passou pela XP Inc.
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