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Dívidas e mais: por que a Amaro quer vender parte do negócio?

Entenda por que a varejista renegocia suas dívidas e busca outros sócios para melhorar a situação financeira

Dívidas e mais: por que a Amaro quer vender parte do negócio?

, Jornalista

4 min

2 mar 2023

Atualizado: 19 mai 2023

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A Amaro, que viu um crescimento de 50% no faturamento total em 2021, durante a pandemia, anunciou que “está em negociações com potenciais investidores para reforçar sua base de capital”, conforme nota enviada à StartSe. A empresa renegocia suas dívidas e, para reestruturar o negócio, contratou a consultoria Alvarez & Marsal. Entenda:

  • A Amaro entrou no processo de renegociação de dívida, seguindo a movimentação de outras varejistas como Tok&Stok e Marisa
  • A varejista busca outros sócios para melhorar a situação financeira
  • Há rumores que a marca iria direto para a recuperação judicial

Como funciona a Amaro?

O negócio, que nasceu direct-to-consumer, criando, produzindo e vendendo os próprios produtos, viu a oportunidade de expandir como marketplace. Dessa forma, o vendedor parceiro repassa a mercadoria para a Amaro, que cuida de toda a logística, ficando com um percentual da venda realizada. 

“Vamos continuar crescendo no Brasil. Há muito espaço a ser conquistado no país” foi o que disse o CEO, Dominique Oliver, em entrevista à Exame em março de 2022. Em dezembro de 2022, a empresa projetava um aumento de 45% no faturamento em relação a 2021. 

No entanto, os planos, ao que parece, não seguiram como o esperado e isso tem a ver com o “efeito chicote”:

Efeito chicote: a Peloton, por exemplo, cresceu muito na pandemia, expandiu a área logística e acabou tendo que se dar 6 meses para se recuperar, já que a demanda esfriou e a operação seguiu grande e cara. O crescimento a qualquer custo não funciona mais. Será que foi isso que atingiu a Amaro?

O que aconteceu com a Amaro?


Cenário de juros altos: a empresa disse que precisa fortalecer sua estrutura de capital em um cenário de juros altos.

Faturamento do e-commerce: além disso, o varejo online teve um crescimento vertiginoso durante a pandemia, que esbarra agora na volta ao varejo físico e também nas mudanças de consumo. 

Mudança no consumo: Em recente pesquisa sobre percepção do consumidor, da PwC, a descoberta é que a maioria (96%) cogita adotar cortar gastos nos próximos seis meses, que incluem redução de viagens, mudança para marcas mais baratas e até mesmo renúncia a produtos adquiridos regularmente.

Por que importa?

Com 20 lojas espalhadas pelo Brasil, o ponto forte da Amaro ainda é o e-commerce. Inclusive, ela se destacou por ser pioneira no integração entre físico e digital. 

Agora, diferente de muitas lojas que não conseguiram se digitalizar para acompanhar o consumo na pandemia, a Amaro sofre como varejo e como empresa de tecnologia, com a baixa do consumo, afetada pela alta dos juros e baixa liquidez do mercado.

Mas ela não está sozinha. A Marisa também anunciou recentemente que trabalha em uma reestruturação das suas dívidas, assim como a Tok&Stok, enquanto a Americanas está em recuperação judicial e vive cenário incerto.

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Imagem de perfil do redator

Jornalista focada em empreendedorismo, inovação e tecnologia. É formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Antropologia Cultural pela mesma instituição. Tem passagem pela redação da Gazeta do Povo e atuou em projetos de inovação e educação com clientes como Itaú, Totvs e Sebrae.

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