Entenda como o evento sustenta a estratégia de um dos maiores e-commerce do mundo; confira os mais vendidos
Amazon Echo Dot Alexa (foto: Nicolas J Leclercq/Unsplash)
, jornalista
8 min
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11 jul 2023
•
Atualizado: 12 jul 2023
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Aumentar as vendas e, consequentemente, criar uma receita recorrente. Foi com essa estratégia que o Amazon Prime Day surgiu.
Isso porque, há uma década, julho não era um dos períodos mais fortes para o varejo. Faltavam meses para as festas de final de ano ― onde a movimentação seria, por tradição, maior. Assim, como suprir o gap de vendas do meio do ano?
A resposta: criar uma espécie de “feriado especial de vendas” para os assinantes, no mês do aniversário da Amazon, onde os produtos seriam vendidos com descontos e entrega rápida gratuita para o consumidor. O nome seria Amazon Prime Day.
E assim, no 20º aniversário da Amazon, mais precisamente no dia 15 de julho de 2015, a empresa lançou o evento de compras virtuais que oferecia aos membros do Amazon Prime ofertas exclusivas durante um período de 24 horas e em nove países.
“Oferecer um volume de negócios maior que a Black Friday, exclusivamente para membros Prime”, diz a empresa em comunicado. Analisando a estratégia, o objetivo da Amazon foi, basicamente, movimentar uma data fraca amarrando estratégias comuns no mercado, como:
As pessoas não querem perder vantagem em algo. Assim, quando se deparam com preços baixos, compram rapidamente ― mesmo que tenham de fazer alguma assinatura (entenda mais abaixo). Afinal, elas estão, de alguma forma, em vantagem.
Isso acontece por causa de um viés cognitivo que trabalha o poder de escassez. “Ou seja, faz com que a nossa decisão possa ser tomada de maneira rápida, pelo nosso inconsciente. Daí, nós sentimos medo de perder uma boa oportunidade”, diz nesta reportagem Paulo Crepaldi, especialista em marketing e neuropesquisa.
A empresa já tem no Prime Day o seu maior pico de vendas no ano. Em 2022, por exemplo, os consumidores compraram mais de US$3,1 bilhões em produtos, o equivalente a 100 mil itens por minuto, um recorde até então.
Segundo a Amazon, estes foram os produtos mais vendidos no Prime Day de 2022 do Brasil, por categoria:
Outra vantagem oferecida para membros do programa de assinatura Prime é a entrega gratuita e rápida. O que, principalmente do dia do Amazon prime Day, pode ser uma mão na roda para estimular a assinatura, já que vai ao encontro do comportamento do consumidor:
A neurociência explica: quando o cliente tem uma boa experiência, ele fica feliz e libera dopamina — o que provoca a sensação de prazer e aumenta a motivação. “Quanto mais libera, mais a pessoa vai repetir a ação”, explica Crepaldi Paulo.
Desta forma, do ponto de vista do Amazon Prime Day quando a pessoa entende quais são as vantagens, que vão ao encontro de suas preferências (frete gratuito e entrega rápida), ela não só assina, mas espera ansiosamente pelo “feriado da promoção” no próximo ano.
Por fim, mas não menos importante. A assinatura foi uma baita estratégia. Perceba que é ela que une os dois pontos listados acima. Vai na linha: “se você quer desconto estilo Black Friday no ‘feriado da Amazon’, fazer compras ao longo dos meses com entrega gratuita e rápida e outras vantagens como filmes e séries do Prime Video, música sem anúncios no Prime Music e outros, assine o Prime”.
Ou seja, muito mais do que apenas vender em uma época que era mais fraco em vendas, a Amazon mirou na fidelização de clientes e receita recorrente. Em outras palavras, mais importante do que o volume de vendas no Amazon Prime Day, é a receita recorrente que a empresa de tecnologia ganhou.
A Amazon consegue construir estratégias eficientes (como o Amazon Prime Day) porque DADOS é uma parte fundamental da estratégia. Seja para ter assinantes ou para recomendar produtos com mais assertividade. Se você quiser pensar e construir estratégias baseadas e dados para escalar seus resultados operacionais, confira aqui o curso Data for Leaders – o programa mais atual sobre o assunto disponível no Brasil. Saiba mais
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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.
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