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O que está por trás do 'fenômeno da impostora'?

Para muitas mulheres, sentir-se excluída não é uma ilusão – é o resultado de preconceitos e de exclusão.

O que está por trás do 'fenômeno da impostora'?

(Foto: Pexels)

, jornalista

4 min

24 out 2023

Atualizado: 24 out 2023

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A maioria das vezes em que converso com mulheres sobre carreira, a afirmação “eu tenho a síndrome da impostora” aparece.

Trata-se de um termo psicológico que “descreve um padrão de comportamento ou de pensamento em que você constantemente duvida das suas realizações. E isso te gera medo e insegurança”, me explicou Tais Targa, psicóloga e especialista em carreira.

Parei para refletir sobre isso. Quem é que não sente medo e insegurança? Claro que alguns escondem mais, outros menos. Mas por que isso acontece com mais frequência com nós mulheres?

Seria pelos fatores externos? Em um artigo de Harvard, as escritoras Ruchika Tulshyan e Jodi Ann Burey defendem que para muitas mulheres, sentir-se excluída não é uma ilusão – é o resultado de preconceitos e de exclusão.

Por exemplo, “mesmo que as mulheres demonstrem força, ambição e resiliência, as nossas batalhas diárias contra as micro agressões, especialmente as expectativas e suposições formadas por estereótipos, empurram-nos para baixo”, escrevem.

Diferente dos homens, por exemplo, que a insegurança vai diminuindo à medida que o seu trabalho e inteligência são validados ao longo do tempo.

Afinal, raramente as pessoas questionam sua competência, contribuições ou estilo de liderança. Já as mulheres experimentam o oposto.

“Raramente somos convidadas para uma conferência sobre desenvolvimento de carreira de mulheres onde o tema ‘superação da síndrome da impostora’ não esteja na agenda”, destacam as escritoras.

O que fazer?

As empresas precisam reconhecer que a síndrome do impostora pode estar na cultura da organização e criar iniciativas, como programas, mentorias e treinamentos.

“É importante que as empresas reconheçam os projetos de sucesso das lideranças femininas, ressaltando ainda mais o papel positivo delas na companhia”, diz Ana Machado, sócia e head de educação da StartSe.

*Este conteúdo foi publicado primeiro na newsletter Mulheres do Agora, que traz toda segunda-feira, às 17h assuntos sobre empreendedorismo, gestão e liderança. Assine gratuitamente aqui para receber as novidades primeiro. Assim, estará sempre um passo à frente.


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Sabrina Bezerra, head de conteúdo na StartSe, possui mais de 13 anos de experiência em comunicação, com passagem por veículos como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Época Negócios, ambos da Editora Globo.

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